Rússia espera por sinal da Ucrânia. Coreia do Norte assume participação na guerra

EPA / Kristina Kormilitsyna / Sputnik / Kremlin

Vladimir Putin cumprimenta Steve Witkoff

Kremlin refere que Kiev deve apresentar “algumas ações” para terminar com a guerra – mas, até agora, nada (segundo Peskov).

Na semana passada, e pela primeira vez em mais de dois anos, Vladimir Putin deu a entender que está aberto a conversações de paz diretas com a Ucrânia.

“Temos uma atitude positiva face a qualquer iniciativa de paz. Esperamos o mesmo do regime de Kiev”, disse o presidente da Rússia.

Nesta segunda-feira, o Kremlin foi questionado sobre o primeiro sinal para essas conversações de paz diretas entre Rússia e Ucrânia.

Esse primeiro sinal deveria vir da Ucrânia ou dos EUA? “Bem, de Kiev. Pelo menos, Kiev deveria tomar algumas ações nesse sentido. Estão proibidos legalmente de o fazer (decreto presidencial que proíbe conversas com o Kremlin). Mas até agora não vemos nada”, respondeu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado na agência Reuters.

Os EUA têm estado mais envolvidos nessa possibilidade de conversas diretas entre russos e ucranianos (que não acontecem há mais de três anos): Vladimir Putin esteve com Steve Witkoff, enviado dos EUA, na sexta-feira passada – e o Kremlin disse que o presidente da Rússia afirmou que a Rússia está pronta para negociar com a Ucrânia sem qualquer exigência prévia.

No dia seguinte, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, esteve com o presidente dos EUA, Donald Trump – e disse que a Ucrânia estará pronta para falar com a Rússia assim que houver acordo de cessar-fogo e fim dos combates.

Coreia do Norte assume

A Coreia do Norte declarou hoje, pela primeira vez, que enviou tropas para a Rússia, para apoiar a ofensiva russa contra a Ucrânia, ao abrigo do tratado de parceria estratégica assinado com Moscovo em junho de 2024.

A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que “subunidades das forças armadas” do país “participaram nas operações para libertar as áreas ocupadas de Kursk”, na sequência de uma ordem direta do líder Kim Jong-un.

De acordo com a KCNA, o esforço de guerra dos soldados “foi concluído vitoriosamente”.

“Aqueles que lutaram pela justiça são todos heróis e representantes da honra da pátria”, disse o líder norte-coreano, Kim Jong-un, citado pela agência.

Kim justificou a participação militar como uma “missão sagrada” para fortalecer a amizade com a Rússia e defender a honra da Coreia do Norte.

Vladimir Putin agradeceu. Num comunicado emitido pelo Kremlin, Putin elogiou o heroísmo e a dedicação dos combatentes norte-coreanos: “Ombro a ombro com os combatentes russos, defenderam a nossa Pátria como se fosse deles”, disse.

O porta-voz Koo Byoungsam disse que o envio de tropas norte-coreanas era um “ato contra a humanidade” que sacrificou jovens soldados em nome do seu Governo.

ZAP // Lusa

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