Rio propõe “solução de instabilidade”. Cordeiro diz que é preciso um “Governo que arregace as mangas”

Mário Cruz / Lusa

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro

Em entrevista à CNN Portugal, Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, falou sobre as novas medidas de combate à pandemia e defendeu que o país precisa de um Governo com “capacidade e experiência”, numa altura em que se aproximam as eleições legislativas.

As novas medidas de combate à pandemia de covid-19 foram anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, esta terça-feira e dominaram a entrevista de Duarte Cordeiro à CNN Portugal.

A semana de contenção vai começar às 00h00 do dia 25 de dezembro, tendo sido antecipada uma semana. Questionado sobre a possibilidade de poder vir a ser prolongada, o governante rejeitou especulações.

“Não vale a pena especular sobre uma terceira semana de contenção. O que faz sentido é procurarmos ir acompanhado as medidas com os especialistas e percebendo se estão a ter o impacto desejado”, respondeu.

Já sobre o encerramento dos bares e das discotecas, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares justificou a medida, que foi alvo de algumas críticas, com o facto de se tratar de locais onde existe um “maior risco de propagação” do vírus.

“As discotecas não pressupõem o nível de proteção que existe nos restaurantes”, referiu Cordeiro, numa tentativa de explicar a diferenciação das restrições aplicadas aos diferentes setores.

A um mês das eleições legislativas, Duarte Cordeiro não deixou de reforçar o pedido de maioria absoluta para o PS. “O país precisa de um Governo que arregace as mangas e faça, não que repense tudo o que está a planear, e que tenha capacidade e experiência”, sublinhou.

O governante considera que os portugueses têm uma oportunidade de pensar sobre um cenário estável para os próximos quatro anos, que passa pela escolha do Partido Socialista – até porque o líder do PSD, Rui Rio, propõe “uma solução de instabilidade”, atirou.

Rejeitando que a crise política tenha sido desejada pelos socialistas, afirmou, durante a entrevista, que resultou do chumbo do Orçamento do Estado (OE2022), que aconteceu num “momento bastante inoportuno“.

ZAP //

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