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Nunca se registaram tantas contratações nas autarquias (e 84% entraram nos quadros)

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António Cotrim / Lusa

A três meses das eleições autárquicas, verifica-se um aumento relevante de mais 4400 postos de trabalho criados nas autarquias neste último ano. É o valor mais elevado desde que há registos.

Estes dados são divulgados na Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), publicação trimestral da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) sobre a evolução do emprego público.

Os cálculos do Dinheiro Vivo, com base nesse documento, indicam que 84% dos novos empregos criados no âmbito autárquico assumiu a forma de contratos sem termo, ou seja, com entrada directa para os quadros da Função Pública.

Em comparação, a nível nacional, o número de vínculos contratuais sem termo no sector público ficou-se pelos 36% no período entre Junho de 2020 a Junho de 2021. Portanto, mais de 60% dos novos empregos criados foram com contratos a prazo.

Nas empresas municipais, o emprego aumentou mais de 60%.

Actualmente, contando Câmaras, Juntas de Freguesia, empresas, associações, fundações municipais e comunidades intermunicipais, as autarquias empregam 126.780 pessoas. Trata-se de mais 4400 do que há um ano, o que constitui o valor “mais elevado” desde que há registos, isto é, 2011, como nota o Dinheiro Vivo.

DGAEP

Variação acumulada do emprego nas administrações públicas.

Os dados da DGAEP indicam que trabalhavam para o Estado, no final de Junho de 2021, 731.258 pessoas. Um número que revela um aumento de 25,7 mil funcionários públicos em apenas um ano.

O ritmo de criação de emprego no Estado situa-se, assim, nos 3,7% no período em análise, sendo também o mais alto da série iniciada em 2011, de acordo com as mesmas fontes.

ZAP //

14 Comments

  1. A ser verdade e eu tenho como certo, mais uma vez a irresponsabilidade de quem dirige não tem limites. As derrapagens nas contas publicas por efeito das eleições que se aproximam, comprovarão isto que afirmo!

  2. Por causa do sars-cov2 este trabalho do PS ficou atrasado. Assim, há que repôr a normalidade até às eleições. Dizem as más linguas!

  3. O orçamento de estado devia basear se nas “receitas” de dois anos anteriores e nunca pode passar este valor. Assim se houve “receitas” de EUR 100 M em 2019 , não seria permitido gastar mais do que EUR 100 M em 2021. Na constituição deve ser anotado a proibição de gastar mais do que a soma obtida 2 anos antes.
    Assim , não pode existir divida pública e o país seria um sonho de viver. Qualquer empresário aplica o mesmo às contas da sua empresa, se não dentro de alguns anos vai a vida.
    Os mesmos principios de empresas , principios basicos que não pode gastar mais do que recebe devia ser aplicada às contas publicas.
    Muito simples.

  4. Sempre que se aproximam eleições autárquicas, o partido no Poder, com medo de perder as ditas, aproveita para “empregar” os seus acólitos, não como “operadores” ou ” auxiliares” mas como Técnicos Superiores que é para manterem as mordomias.
    Como se verifica pelo excelente gráfico que ilustra a notícia o ” monstro” até já engordou em relação a 2011.
    Aliado ao agravamento do défice ( em 2015 cerca de 215 mil milhões e no final de 2020 próximo dos 275 mil milhões) quer dizer que continuámos a engordar os paises agiotas.
    Continuamos num país sem solução para os verdadeiros problemas dos portugueses.
    Só servimos para enriquecer as multinacionais.

  5. Que surpresa… Tal como a notícia de hoje do jornal de negócios a respeito da dívida do país (excluido o sector financeiro) que ultrapassou os 762 mil milhões de euros. Só o sector público (Estado e empresas públicas) contribuem com 350 mil milhões, i.e., 35 mil euros per capita. Uma surpresa de facto!

  6. O governo nao me deixa trabalhar desde Fevereiro 2020, nunca me deu 1 centimo este tempo todo.
    Estou em falas com uns canais estrangeiros com milhoes de espetadores para expor o que realmente se passa aqui em Portugal, tenho montes de videos e fotografias para mostrar a vergonha nacional, ninguem me cala.

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