Consumo em Portugal: bem-estar emocional é (muito) mais importante do que as finanças

Inquérito tentou perceber hábitos de consumo e as percepções sobre as lojas de retalho e roupa, em Portugal.

O bem-estar emocional é a prioridade de quase metade dos consumidores portugueses, de acordo com um estudo da Center for Consumer Well-Being and Retail Inovation, da Católica Lisbon School of Business & Economics.

O inquérito, cujos resultados foram divulgados nesta segunda-feira, demonstra que 45,1% dos consumidores apontam como principal prioridade o bem-estar emocional.

21,7% dos participantes têm como prioridade o bem-estar físico. 8,8% dos consumidores dão prioridade à dimensão financeira.

Seguem-se a dimensão profissional (7,3%), intelectual (6,8%), espiritual (6,3%), social (3,2%) e ambiental (0,9%).

No entanto, a produção sustentável está nos pensamentos dos consumidores: os inquiridos disseram que, em média, estão prontos para pagar mais 15,3% por um produto com produção sustentável. A percentagem mais alta neste contexto (19,7%) surge nos produtos alimentares.

Na alimentação, praticamente metade (47,5%) não tem preferência por qualquer tipo de produtos alimentares. 21% dão preferência a produtos sustentáveis, 18,6% são vegan e apenas 7,7% dão preferência a produtos biológicos. Os vegetarianos representam 1,9% dos participantes.

Nas lojas de retalho, a característica mais valorizada é ser sustentável (23,6%), à frente das promoções personalizadas (22,6%).

Em relação a possíveis investimentos, uma percentagem considerável (41,7%) assegurou que está disponível para investir entre 10% e 30% do seu rendimento em bem-estar.

O estudo foi realizado em parceria com a Behavioral Insights Unit da CATÓLICA-LISBON, entre 29 de novembro e 9 de dezembro do ano passado. Participaram 1.001 pessoas.

A análise quis averiguar os níveis de bem-estar, os hábitos de consumo e as percepções sobre as lojas de retalho e roupa na sociedade portuguesa.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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