El Realengo é o palco da primeira comunidade local de energia na Europa. Os seus habitantes agradecem e poupam dinheiro.
Guerra na Ucrânia, inflação, crise energética, preços de energia a subirem como nunca…
Isto não passa ao lado dos habitantes de El Realengo, mas estes espanhóis superam melhor esses problemas do que a maioria das outras pessoas.
Naquela pequena localidade, com cerca de 300 pessoas, foi criada a primeira comunidade local de energia na Europa.
Ali, perto de Alicante, os próprios moradores passaram a ser produtores de energia solar, escreve o El Diario.
Terrenos que estavam abandonados serviram para a construção de 300 painéis solares. Esses painéis fornecem metade da energia que a vila precisa.
Uma cooperativa local começou a instalar painéis solares sem custos para os residentes, explica o Euronews.
Um processo pioneiro, inédito na Europa, e que surge agora nas notícias mas que já começou a funcionar enquanto comunidade há pouco mais de um ano, em Setembro de 2021 – financiada pela União Europeia.
É um auto-consumo colectivo: os habitantes consomem a electricidade que produzem. Numa instalação comunitária e com ajuda fundamental do Sol, pois. Desde que a sua casa esteja, no máximo, a 500 metros de um painel.
O modelo de consumo também marca a diferença noutro aspecto: é uma distribuição solidária – diferentes coeficientes de participação, de acordo com o consumo de cada família. Tem em conta que quem passa o dia inteiro em casa não gasta o mesmo de que quem fica fora o dia todo.
“A um vizinho que está em casa durante o dia, que é quando o sol brilha, é atribuído um coeficiente de participação mais elevado do que a um vizinho que está em casa à noite. Contudo, a um vizinho que está em casa durante a noite pode ser atribuído um coeficiente mais elevado nos fins-de-semana, quando ele ou ela pode consumir mais”, disse Joaquín Mas, director-geral da empresa que promove este modelo, a Enercoop.
65 famílias poupam entre 15% e 20% nos custos. E os painéis solares ainda abastecem os pontos de recarga dos veículos eléctricos.
E as coisas têm corrido bem – ao ponto de, agora, o objectivo ser expandir o projecto para todo o município local, Crevillente.
Por cá isso também seria possível se todos os pequenos produtores (famílias e empresas) de energia não dessem de borla os excedentes de produção às energéticas.
Dão de borla porque não querem autoconsumo com baterias. Fui microgerador para venda. Agora consumo o que produzo, utilizando baterias. Sim, é possível, anulando o contrato com SU energia. Mas não chega… O melhor é não desligar da rede.
Faça as contas e depois volte cá novamente para ver quanto é que lhe compensou comprar as baterias.
Calma, as baterias custam só ….. 5000 … 10000 . E se o tempo for como tem sido agora, 1 dia de sol de quando em vez., toca a pedalar ou a soprar que a electricidade é um luxo.
Não é preciso ser do setor para saber que não é rentável adquirir baterias para uma pequena UPAC familiar. Atendendo ao período de vida útil destas e ao valor de investimento nas baterias é impossível recuperar o investimento. Quem pensar o contrário está a enganar-se.
Admitindo UPAC (painéis + baterias = 15.000 euros) e um consumo de energia normal de 60 euros/ mês, em 20 anos não tinha recuperado o investimento. E nessa altura já teria de ter reinvestido em novas baterias, se calhar em alguns painéis, e seguramente em inversores que só têm garantia de 5 anos.
Totalmente de acordo. Até poderia ter aumentado o valor da fatura mensal de energia para 75 ou 90 euros e admitir uma taxa de atualização de 2%/ano. Não é rentável.