A presidente da Academia das Ciências e Artes Cinematográficas, que atribui os Óscares, disse esta quarta-feira que os dois funcionários da consultora responsáveis pelo erro na atribuição do Óscar para Melhor Filme nunca mais vão participar na cerimónia.
A presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, afirmou que Brian Cullinan, representante da PriceWaterhouseCooper (PwC) responsável por entregar no domingo passado o envelope que levou a que o filme “La La Land” fosse, erradamente, anunciado como Melhor Filme em vez de “Moonlight”, estava distraído nos bastidores.
Cullinan enviou um ‘tweet’ (e depois apagou-o) com uma foto de Emma Stone nas laterais do palco dos Óscares com a estatueta nas mãos, ou seja minutos antes de ter dado aos apresentadores Warren Beatty e Faye Dunaway o envelope errado para o prémio de Melhor Filme.
Cullinan e a sua colega, Martha Ruiz, foram afastados, em definitivo, de qualquer assunto relacionado com a academia do cinema, disse Boone Isaacs.
A presidente da Academia norte-americana quebrou o silêncio quatro dias depois da maior trapalhada nos 89 anos de história dos Óscares. Boone Isaacs disse à Associated Press que o relacionamento da Academia com a PwC, encarregada da contagem dos votos e de revelar os vencedores dos Óscares há 83 anos, permanece sob avaliação.
A PwC divulgou um comunicado no final da noite de domingo e outro na segunda-feira (ambos na segunda-feira em Lisboa) nos quais assumia “toda a responsabilidade pela série de erros e quebras dos protocolos estabelecidos” durante a cerimónia dos Óscares.
A Academia das Ciências e Artes Cinematográficas emitiu um comunicado na segunda-feira com um pedido de desculpas aos artistas de “Moonlight” e “La La Land”. Boone Isaacs disse que só agora decidiu falar sobre o tema porque decidiu esperar até que a sua equipa tivesse um melhor entendimento sobre o que se passou.
A presidente enalteceu os apresentadores Beatty e Dunaway, e o anfitrião Jimmy Kimmel, por terem tomado conta da situação de forma tão airosa. Também aplaudiu o produtor de “La La Land”, Jordan Horowitz, por ter passado de “nomeado a vencedor e depois a apresentador em questão de minutos”.
Horowitz, ainda com o Óscar que pensava ter ganhado nas mãos, foi o primeiro a anunciar que “Moonlight” foi o verdadeiro vencedor.
Boone Isaacs lamentou que “os últimos 90 segundos” da transmissão tenham ofuscado o que descreveu como “um espetáculo brilhante“.
Também esta quarta-feira a Academia teve de lidar com outro embaraço relacionado com a cerimónia de domingo, ao pedir desculpa à produtora australiana cuja foto foi incorretamente mostrada durante um segmento “in memoriam“.
A Academia pediu “as mais sentidas desculpas” à produtora Jan Chapman, cuja foto foi usada por erro no tributo à falecida produtora Janet Patterson. Chapman, que era colega e amiga de Janet Patterson, disse que ficou “arrasada” com o erro.
// Lusa
Só umas questões que não foram levantadas e que considero de extrema gravidade; “Como é possível que um grupo de turistas que efetuam um roteiro por por Los Angeles e no final do tour, vão visitar Dolby Theatre, local onde se estava a realizar um evento à escala planetária, por espanto de tantos ilustres e mesmo dos turistas que foram visitar aquele espaço e nas circunstâncias do momento? E se fosse terroristas? que consequências poderiam advir por esta falha de segurança. Como é possível e onde estava a segurança naquele momento”. Tanta preocupação dos Americanos pela segurança… “No more comments”…
Então, um bando de turistas pode entrar num mercado cheio de pessoas normais, mas não pode entrar num teatro cheio de riquinhos famosos? merecem as “estrelas” mais seguranças do que as pessoas comuns?