Conselho Metropolitano do Porto quer Eurovisão no Europarque

Sergey Dolzhenko / EPA

Salvador Sobral com a irmã Luísa Sobral, autora da música que venceu o Festival da Eurovisão 2017

Salvador Sobral com a irmã Luísa Sobral, autora da música que venceu o Festival da Eurovisão 2017

O presidente do Conselho Metropolitano do Porto defendeu este sábado que o Europarque, em Santa Maria da Feira, deve ser considerado no processo de escolha do local para a realização do Festival Eurovisão da Canção de 2018.

“A Área Metropolitana do Porto, tendo um equipamento de excelência como o Europarque, localizado em Santa Maria da Feira, poderia vir a receber o festival da Eurovisão. Penso que com uma verba, talvez, inferior a 10 milhões de euros, seria possível realizar o evento”, afirmou Emídio Sousa, em declarações à Lusa.

Emídio Sousa, que é também presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, salientou que o Centro de Congressos Europarque não só reúne as condições necessárias para acolher eventos de grande dimensão como o Festival Eurovisão da Canção, como, num raio de 30 quilómetros, dispõe de “mais de oito mil quartos, fica próximo do aeroporto e das grandes linhas ferroviárias”.

“Julgo que, neste momento, há duas zonas do país que têm condições para receber o festival Eurovisão: Lisboa e a Área Metropolitana do Porto. Estamos em igualdade, mas penso que é a altura de não ficar tudo centralizado em Lisboa”, frisou.

O autarca considera que em relação ao Meo Arena, em Lisboa, que tem sido apontado como o provável local para a realização da próxima edição do Festival Eurovisão, o Europarque tem a vantagem de dispor de mais espaço de trabalho para acolher os diferentes grupos.

“O Meo Arena, em termos de condições de espetáculo, tem excelentes condições, mas em termos de restantes espaços, nós estaremos tão bem ou até melhor do que o Meo Arena”, frisou.

Emídio Sousa entende “que o país não precisa de gastar 30, 40 ou 50 milhões de euros” e que “se o orçamento da RTP for de 10 milhões como já se falou, pode perfeitamente fazer o festival da Eurovisão no Europarque”.

“Faremos chegar à RTP a nossa disponibilidade”, acrescentou.

Na passada terça-feira, o presidente da RTP, Gonçalo Reis, afirmou que a estação pública vai “encontrar condições para fazer a Eurovisão [o festival]”, que se realiza em Portugal em 2018, “sem excessos”.

Portugal ganhou no passado sábado, pela primeira vez, o Festival Eurovisão da Canção, com “Amar pelos dois”, interpretada por Salvador Sobral, e vai organizar no próximo ano o evento.

O Festival Eurovisão da Canção “vai ser uma grande oportunidade”, acrescentou, na ocasião, Gonçalo Reis aos jornalistas, à margem da inauguração do parque fotovoltaico da RTP.

“Estou entusiasmado”, disse o gestor, salientando que esta é uma oportunidade não só para Portugal como também para o turismo, entretenimento e para a RTP.

Sem falar em valores, já que o dossiê ainda está a ser estudado, o presidente do Conselho de Administração da RTP disse esperar que o valor envolvido esteja “dentro do razoável”.

“Já nos passaram o caderno de encargos, com requisições técnicas muito específicas”, o que vai ser “trabalhado nas próximas semanas e meses”, acrescentou, apontando que ainda está a ser definida a equipa que vai acompanhar o tema.

Para já, está agendada uma reunião com os responsáveis da Eurovisão para 13 de junho.

Sobre os custos do evento, que os media têm apontado entre os 30 e os 50 milhões de euros, tendo como referência a realização do mesmo evento em outros países, Gonçalo Reis apontou que há casos em que foi necessário construir pavilhões de raiz, o que não acontece em Portugal, que tem “infraestruturas excelentes”.

Gonçalo Reis disse que o local do evento ainda não está definido.

// Lusa

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