Conguito propõe compensação para resolver situação no Villa — mas deixa jogadores e treinadores de fora

@oconguito / Instagram

Fábio Lopes, mais conhecido por Conguito.

Na proposta apresentada por Conguito para “resolver as coisas amigavelmente” no Villa, apenas são pagos os salários dos jogadores que recebiam menos.

Em pouco mais de quatro meses de existência, o Villa Athletic Club que é presidido pelo apresentador de televisão e radialista Fábio Lopes, mais conhecido por Conguito, tem salários em atraso, falta de equipamentos e atletas despejados.

Sediado em Ponte de Sor e inscrito na Associação de Futebol de Portalegre (AFP), o Villa Athletic Club tem no plantel o antigo internacional português Edinho que jogou no Vitória de Setúbal e no Sporting de Braga, e é treinado por Meyong, antigo internacional camaronês e avançado com carreira na Primeira Liga portuguesa.

No passado dia 16 de outubro, jogadores e equipa técnica realizaram o seu último jogo em representação do Villa. Ainda antes disso, não conseguiam contactar Conguito, que não respondia a chamadas nem mensagens.

Depois de mais de um mês de silêncio, o youtuber, influencer e radialista da MegaHits apresentou uma proposta de compensação para os atletas ao Sindicato dos Jogadores Profissionais, avança o Observador.

No entanto, a proposta apresentada por Conguito é apenas parcial. Inclui apenas aqueles que ganham menos, deixa de fora todas as despesas além dos salários e não inclui treinador e equipa técnica. Os salários dos atletas variavam entre os 200 e os 2.000 euros.

A proposta foi enviada na semana passada pelo advogado que representa o clube, Marco Pinto Moreira, e está neste momento a ser analisada pelos jogadores do Villa, escreve o Observador. A decisão final deverá ser conhecida esta quarta-feira, após uma reunião entre o sindicato e os jogadores.

Para já, sabe-se que na proposta de Conguito, não está previsto o pagamento de salários em atraso às duas estrelas da equipa: Edinho e André Carvalhas. Esta particularidade já tinha sido dada a conhecer, há poucos dias, através das redes sociais do próprio Edinho.

“Esqueceu-se que me foi buscar com um sonho, um projeto, que eu seria a cara do projeto para atrair outros jogadores, como aconteceu. Jogadores que tinham outras propostas, mas que foram confrontados com esse sonho, consoante aqueles patrocinadores que ele disse que tinha. Era tudo da cabecinha dele, na fantasia dele” atirou o avançado, que diz ter recebido um email de Fábio Lopes a explicar a proposta.

“Não responde aos emails, não responde às mensagens. Está no seu buraco. Como rato que ele é, só podia estar num buraco. Os ratos também se apanham de maneira cordeira. Pode estar muito escondido, mas algum dia terás de sair. Acima de tudo, terás de responder pelas tuas atitudes, não é com esses atos de cobardia. Tiveste a coragem de ser desumano, com crianças. Inclusivamente, foste a casa desses menores com cinco pessoas para intimidá-los. És vergonhoso. Tudo o que é teu está guardado. O homem lá de cima não esquece. Fiquem a aguardar os próximos capítulos porque tenho a certeza que será hilariante. Tem tudo a ver com ele, é uma comédia”, acrescentou.

 

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Segundo fonte do plantel do Villa, o valor proposto não chegará a um terço da dívida a jogadores, direção e equipa técnica.

Segundo Marco Pinto Moreira, advogado que representa o clube, “a proposta foi enviada para resolver as coisas amigavelmente, para tentar que as coisas fiquem resolvidas”. Contudo, o advogado admite que “não parece que haja grande interesse” da parte dos jogadores, apesar de ainda não haver resposta oficial.

“A proposta consistia em pagar alguns montantes aos jogadores que auferiam valores mais baixos e que faziam bandeira de passar mais dificuldades”, explicou Marco Pinto Moreira ao Observador.

Sobre o facto de a equipa técnica e direção não estarem incluídas na proposta, o advogado explicou que “o sindicato dos jogadores só representa os jogadores”, pelo que os restantes não estão englobados na proposta de Conguito.

Daniel Costa, ZAP //

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