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O mapa da Europa de Churchill seria muito diferente: uma Alemanha da França à Ucrânia

O mapa da Europa teria sido muito diferente se a ideia “louca” de Winston Churchill tivesse avançado – mas havia um motivo.

As fronteiras na Europa não eram um assunto tão frequente há décadas.

A guerra na Ucrânia originou muita discussão sobre a Crimeia, sobre as fronteiras entre Rússia e Ucrânia e, além disso, sobre as fronteiras da Rússia com outros países da NATO – que aumentaram há um mês, com a adesão da Finlândia à organização do Atlântico Norte.

Mas as fronteiras na Europa poderiam ter sido muito diferentes, quando a II Guerra Mundial acabou. E envolveriam precisamente o actual território da Ucrânia.

A NATO ainda existia quando, em 1945, se discutia o futuro da derrotada Alemanha.

Winston Churchill, então primeiro-ministro do Reino Unido, tinha um plano muito particular, lembra o portal Big Think.

Churchill pensou em criar a Confederação do Danúbio. E, como se deve calcular pelo nome, seria um país muito grande: o Rio Danúbio tem quase 3 mil quilómetros de extensão e atravessa 16 países (actualmente).

Ocupava a actual Alemanha inteira, ainda um pouco da Polónia e depois descia por Áustria, Hungria e Roménia, chegando à fronteira com… a Ucrânia. Seria um território entre França e Ucrânia, com excepção para a Checoslováquia e para a maioria da Polónia.

Seria uma nação forte na Europa, num plano arrojado do líder dos britânicos.

Diversas ideias surgiram em relação ao desmembramento da Alemanha. Estaline, por exemplo, não queria uma divisão em territórios pequenos – porque queria que a Polónia anexasse a Alemanha Oriental, para tentar compensar os polacos pelo que a União Soviética fez antes da guerra.

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Os europeus ocidentais e os EUA queriam uma Alemanha forte para ser um exemplo máximo de anti-comunismo, um “perigo” que vinha do Leste da Europa.

No fim, ficaram dois países: República Federal da Alemanha e República Democrática da Alemanha. Alemanha do Oeste e do Leste. Capitalismo de um lado, comunismo no outro.

Acabou por ser uma divisão acidental; não estava em nenhuma proposta oficial apresentada.

E a proposta de Winston Churchill? Aparentemente, o próprio desistiu da ideia, mais tarde.

Primeiro, por causa do tamanho do novo país. Segundo, porque parecia um regresso ao Império Austro-Húngaro (recordar a I Guerra Mundial…?). Terceiro, porque estaria praticamente sozinho nesse projecto.

Mas o primeiro-ministro do Reino Unido tinha um motivo para apresentar esse plano “louco”: mais uma vez, o anti-comunismo. Queria evitar que a União Soviética ocupasse a Europa Central e, nessa sequência, queria formar um Estado grande, forte. Queria Estaline bem longe do Reino Unido e do resto da Europa.

No dia 9 de Novembro de 1989, o muro de Berlim caiu e a Alemanha voltou a ser só uma.

ZAP //

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