Estudo da IBM mostra que só devem faltar dois anos para os computadores quânticos superarem os computadores que quase todos usamos agora.
Eles estão a chegar…
Os computadores quânticos ainda não dirão nada à maioria dos nossos leitores mas, em breve, vão superar os computadores que quase todos utilizamos.
Um novo estudo da IBM mostra que os computadores quânticos poderão em breve superar os computadores digitais clássicos, em tarefas práticas, daqui a dois anos, em 2025.
De acordo com esta investigação, a “verdadeira supremacia quântica” – ou seja, os quânticos superarem os actuais – vai chegar mais cedo do que se esperava, como se lê no portal Live Science.
“Essas máquinas estão a chegar”, avisou Sabrina Maniscalco, CEO da startup de computação quântica Algorithmiq, no portal Nature News.
Neste estudo, o Eagle – o computador quântico da IBM – simulou as propriedades magnéticas de um material real mais rapidamente do que um computador clássico.
O Eagle superou o computador actual porque utilizou um processo especial de mitigação de erros que compensou os ruídos quânticos, que provocam erros nos cálculos (uma falha “fatal” nos computadores quânticos).
Como já fomos lembrando no ZAP, os computadores quânticos não são binários. Os bits quânticos, ou qubits, podem assumir vários estados ao mesmo tempo.
Esses qubits dependem de fenómenos quânticos: na superposição, uma partícula pode existir em vários estados simultaneamente; no emaranhamento quântico, os estados de partículas distantes podem ser ligados para que, quando um muda, o outro também se altera instantaneamente.
Ou seja, cálculos muito mais rápidos.
Problema, até aqui: qualquer interferência externa prejudica os frágeis qubits. Ruído quântico, erro. E lá se vão as informações todas, permantentemente.
Mas o Eagle, de 127 qubits, que usa qubits construídos em circuitos supercondutores, conseguiu calcular o estado magnético completo de um sólido bidimensional.
A equipa de cientistas mediu depois, cuidadosamente, o ruído quântico produzido por cada um dos qubits.
Repararam que certos factores, como defeitos no material da supercomputação, podiam prever com segurança o ruído gerado em cada qubit.
A partir daí, os investigadores utilizaram essas previsões para modelar como seriam os resultados sem esse ruído.
Esta nova demonstração da IBM foi aplicada num problema físico real — embora altamente simplificado.
Mas promete funcionar noutros sistemas e em algoritmos mais complicados.
Eu percebi tudo direitinho. Não tenho culpa que vocês, bando de atrasados não tenham entendido nada.