Governo justifica fim da medida com o os níveis de vacinação da população portuguesa, os quais tornam residuais os indivíduos ainda elegíveis para beneficiar da gratuitidade.
A comparticipação de testes rápidos à covid-19, uma medida implementada em julho e renovada mensalmente, vai terminar em outubro, já que o o Governo decidiu não a renovar. Segundo noticia o Público esta terça-feira, a decisão justifica-se com a atual situação pandémica em Portugal, muito distante da gravidade registada dos primeiros meses do ano ou até no início do verão.
“Este regime excecional tem sido sujeito a monitorização regular da sua necessidade, em função da conjuntura, nomeadamente da taxa de vacinação dos habitantes de Portugal, bem como da situação epidemiológica do país. Face ao rápido desenvolvimento do processo de vacinação em Portugal, estima-se que, em Outubro, 85% de todos os residentes em Portugal venham a ter a vacinação completa”, explicou o Ministério da Saúde ao mesmo jornal.
Como tal, “é expectável que a população-alvo abrangida pelo regime (maiores de 12 anos, que não tenham completado o seu esquema vacinal há pelo menos 14 dias e não tenham tido covid-19 há menos de 6 meses) seja residual, pelo que não se justifica a prorrogação deste regime”.
No quadro desta medida, o Estado paga às farmácias e laboratórios aderentes dez euros por teste, estando a população abrangida autorizada a fazer quatro teses por mês. Aquando da sua criação, a obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação estava a ser introduzida num número crescente de situações ou contextos, pelo que foi necessária a criação de uma alternativa para a população que ainda não tinha o documento a atestar a vacinação completa — acautelando a questão da acessibilidade.
Desde que a medida foi implementada (1 de julho) e até ao início de agosto, as farmácias realizaram 115.189 testes rápidos no âmbito deste acordo com o Estado.