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“Um pouco de compaixão”. Júri delibera sentença da morte de George Floyd

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As autoridades norte-americanas estão a preparar-se para vários dias de eventuais manifestações por todo o país quando for conhecida a sentença do antigo polícia que está a ser julgado pelo homicídio de George Floyd, em 2020.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, confirmou que as autoridades federais e locais estão em articulação para enfrentar possíveis protestos. O objetivo, prosseguiu Psaki, é garantir que as manifestações decorram pacificamente.

“Este país atravessou um largo período, sobretudo a comunidade afro-americano, de dor e sofrimento”, não só por causa do julgamento de Derek Chauvin – o antigo polícia acusado do homicídio do cidadão afro-americano George Floyd, em maio de 2020 — mas também pela “violência adicional” registada nas últimas semanas.

As alegações finais do julgamento de Derek Chauvin começaram esta segunda-feira. Cada uma das três acusações de homicídios vai ser avaliada separadamente. O antigo polícia de Minneapolis é acusado de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio por negligência.

As três acusações exigem que os jurados concluam que as ações de Chauvin foram “um fator causal substancial” na morte de Floyd e que o uso de força por parte do agente não foi “razoável e proporcional”.

A acusação de homicídio em segundo grau exige ainda que os procuradores façam prova de que Chauvin quis deliberadamente prejudicar Floyd, mas que não pretendia matá-lo.

A acusação de homicídio em terceiro grau exige prova de que as ações de Chauvin foram “eminentemente perigosas” e sem olhar ao risco de perda de vida.

A acusação de homicídio por negligência exige que os jurados acreditem que o agente causou a morte de Floyd sem ser de forma consciente, explica a TSF.

Cada uma das acusações pode levar a uma pena máxima diferente: 40 anos para homicídio em segundo grau, 25 anos para homicídio em terceiro grau, 10 anos para homicídio por negligência.

De acordo com a TSF, nas alegações finais do julgamento, o procurador responsável pelo julgamento, Steve Schleicher, reforçou, perante o júri de um tribunal de Minneapolis, que “George Floyd implorou até não conseguir falar mais” e exortou os jurados a condenarem o acusado porque Chauvin não demonstrou qualquer tipo de compaixão.

Tudo o que era necessário era um pouco de compaixão e nenhuma foi mostrada nesse dia. Ele [Floyd] pediu ajuda no seu último suspiro, mas o agente não ajudou”, disse Schleicher.

O procurador defendeu também que o agente “não seguiu o treino, não seguiu as regras de uso de força do departamento e não fez reanimação cardiorrespiratória”.

“George Floyd não era uma ameaça para ninguém”, acrescentou Schleicher. “Não estava a tentar fazer mal a ninguém.”

Esta segunda-feira, o juiz começou o dia das alegações finais instruindo os jurados sobre a revisão de diferentes tipos de provas e explicando a forma como deveriam avaliar cada tipo de acusação criminal.

Os membros do júri vão deliberar à porta fechada sobre a responsabilidade do antigo agente na morte de George Floyd, num tribunal cercado por barreiras de cimento armado e arame farpado, numa cidade cuja segurança foi reforçada com um forte dispositivo da Guarda Nacional.

“Devem ser absolutamente justos”, disse-lhes o juiz Peter Cahill, pedindo que “avaliem, considerem as provas e apliquem a lei”.

Chauvin asfixiou George Floyd até à morte, colocando um joelho sobre o pescoço do cidadão afro-americano durante quase nove minutos, durante uma detenção, em Minneapolis, no Minnesota (Estados Unidos).

O homicídio despoletou uma ‘onda’ de protestos em várias cidades norte-americanas contra o racismo e a impunidade da polícia. As manifestações acabaram por estender-se a cidades de outros países, como, por exemplo, Lisboa.

As manifestações ocorreram ainda durante o mandato do republicano Donald Trump, que, na altura, ameaçou enviar militares para demover os manifestantes.

ZAP // Lusa

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11 Comments

  1. O que ali se passou é de má intenção, mau ínitmo e mau caracter. Não há atenuantes. Nem uma!..
    Estes bófias merecem apodrecer na prisa. De preferência em alas pejadas de negros, com imenso apetite sexual.

    • Uma mulher de raça negra, foi assaltada por este mártir em conjunto com 2 “colegas”. Por isso ele esteve “dentro”, até sair e arranjar um SUV mercedes, onde ia acompanhado por mais 2 criaturas, nomeadamente a que fez o “filme” de sucesso na internet. Não invalida nada, claro, ou será que se fosse consigo, ou alguém dos seus…fiava mais fino?
      Só um pensamentozito.

    • Uma mulher de raça negra, grávida, foi assaltada em casa por este mártir em conjunto com 2 “colegas”. Por isso ele esteve “dentro”, até sair e arranjar um SUV mercedes, onde ia acompanhado por mais 2 criaturas, nomeadamente a que fez o “filme” de sucesso na internet. Não invalida nada, claro, ou será que se fosse consigo, ou alguém dos seus…fiava mais fino?
      Só um pensamentozito.

  2. Vamos comparar a pena que este policia vai ter nos Estados Unidos por ter sofucado até à morte um negro na rua, e ver a penas que os três inspectores do SEF vão apanhar em Portugal por terem matado nas instalações do Aeroporto de Lisboa um ucraniano à pancada depois de amarrado de pés e mãos.

    • Como sabe que o espancaram depois de amarrarem pés e mãos. E porque não pôde ser tal como se vê nas filmagens um ucraniano exaltado que não admite ser preso que certamente levou alguma agressão para ser neutralisado e depois foi amarrado para de certa forma o manterem imobilizado, e infelizmente morreu…. Mais uma vez ouve excessos de parte a parte, logo não me parece justo ficarmos com a sensação de que os policias do SEF pegou num turista ao acaso e lembraram-se de o espancar até a morte porque não gostam de ucranianos.

      • Muitas testemunhas disseram que estava amarrado de pés e mãos, 3, 4, 5 ou mais pessoas dominam facilmente uma por muito exaltada que esteja, não precisam de bastões de aço. Nas imagens não se vê o cidadão ucraniano exaltado, mas sabemos que alguns dos acusados se vieram gabar que ja não precisavam de ir ao ginasio naquele dia . Porque seria ? Tentaram esconder tudo, porquê ? Quanto a haver excessos de parte a parte, é uma coisa sem sentido para dizer, de um lada estava uma pessoa manietada e do outro um conjunto de inspectores e seguranças, que raio de execesso pode haver ? Dz que não podemos ficar com a sensação que os policias do SEF pegaram um turista ao acaso e espancaram até à morte, este é talvez o unico ponto que concordo consigo, os policias do SEF nada têm a ver com o que se passou, o SEF nada tem a ver com o que se passou, foram 3 assassinos que fizeram isso, assassinaram uma pessoa com mais ou menos atenuantes mas foi o que se passou. O SEF acabou por causa deles ( uma decisão estupida e tomada a quente ) ja tivemos GNR que mataram pessoas e a GNR não acabou por isso , lembro-me de uma caso de um comandante que matou uma pessoa com um tio na cabeça num posto e depois cortou a cabeça para não verem a bala e mais uma seria de coisas hedionadas, mas a GNR não acabou e bem, há pessoas de bem nas nossas forças de segurança. Mas depois temos como na sociedade, racistas lá infiltradados e que aproveitam estas oportunidades para dar uso aos seus piores instintos. O Governo reconheceu a gravidade do que se passou e pagou uma indeminização antes do processo, coisa que não faz nem faria se fosse um cidadão português, vejam o que se passa com os comandos mortos na recruta, tentam por todos os meios branquear o que se passa.. aqui pagaram bem e depressa. E espero que haja justiça e todos os assassinos cumpram o tempo de cadeia que merecem, os que matam um vizinho por causa de um terreno, ou os que matam um estrangeiro porque lhes apeteceu e porque acham que podem fazer tudo

        • Na realidade, no primeiro dia do ciclo de noticias, à hora de almoço, houve um canal que, talvez por engano, mostrou a CCTV de toda a cena, depois a narrativa passou por acusar o SEF e sendo eles culpados até prova do contrario (algumas pessoas entendem assim a nossa constituição) os medias passaram a mostrar um ucraniano perdido e inocente repetindo vezes sem conta os mesmo 15 segundos de imagens em que ele é abordado e ainda esta calmo.

          De seguida entraram na fase de mostrar culpabilidade, esquecendo que quem amarrou o indivíduo foi a segurança para o conter porque ele estava agressivo e rematam com WhatsApps de pura especulação de indivíduos que nem estavam presentes, alguns diziam que “acho” outros “O fulano dice” etc…

          Em tribunal, a constituição muda de sentido e eles são inocentes até que se prove o oposto ou eles se declarem culpados.
          Cabe à acusação provar culpa e intenção, ja se sabe que ele morreu ao cuidado do SEF, portanto agora o que vai decidir a pena é se foi acidente, homicídio involuntário ou se houve intenção.
          No tribunal os WhatsApps de acho e ouvi, etc … não servem de nada, as pessoas tem de la ir explicar e ser confrontadas com perguntas e eventualmente mostrar provas…

          Os tribunais seriam mais simples se funcionassem com o apoio dos medias, voce seria culpado se a TV assim o quisesse, mas se tem duvidas aconselho a pesquisar no ZAP por “veritas” + “CNN” e ler o poder que a CNN teve (assumidamente pelo director) nas eleições e na difusão de informação da pandemia.

          • Em Portugal há atenuantes para tudo e para todos desde que sejam alguém na vida ou consigam bons advogados, os restantes cidadãos pagam pelos crimes que fazem. Veremos o que acontece neste caso. Por mim deixei de acreditar na justiça de há uns tempos para cá, desde que foi publico que um Juiz vendia as sentenças a pedido, desde que diferentes juizes têm opiniões opostas sobre mesmos factos, fazendo muitas vezes intrepertações pessoais da Lei, e de batalhas que têm com colegas. A justiça é feita por juizes que representam o povo, aliás nos EUA muitos processos são ” people vs F…. ” Em Portugal é tudo menos isso, não me revejo na justiça, a justiça não representa o povo, a justiça representa interesses, a justiça vende-se a quem mais paga, sendo com bons advogados ou por outros motivos … sempre se ouviu falar de justiça de ricos, com os media todos vemos que afinal é verdade.

          • Não se trata de atenuantes para tudo, apenas de bons advogados.

            Qualquer cidadão em tribunal parte da presunção de inocência (tanto em Portugal como nos E.U.A.) e cabe à acusação provar culpabilidade. (Por isso se chama de acusação)

            Infelizmente os advogados de ofício (pagos pelo estado) estão cheios de casos e mal conseguem decorar o nome dos 4 ou 5 indivíduos que vão defender nesse dia quanto mais investigar e até refutar as provas da acusação, estas muitas vezes são circunstancias, por exemplo, você comprou um carro novo com o dinheiro que economizou, a acusação usa essa informação como prova e acusa-o de branqueamento de capital, um bom advogado refuta essa prova com 60 minutos de investigação e documentação, um advogado de oficio tem pouco mais de 10 minutos para fazer o mesmo trabalho.

            É uma infelicidade não ter dinheiro para pagar uma justiça, mas ninguém trabalha de borla (você trabalharia), e o cidadão comum não tem dinheiro para pagar um bom advogado, e finalmente o governo não pode pagar muito mais na defesa de um possível criminoso (nós como contribuintes não o aceitaríamos)

            Em todo o lado existem ervas daninhas seja no seu lugar de trabalho, no hospital ou na justiça. Ela é feita por humanos e como tal tem falhas, mas não pense que os Estados Unidos ficaria melhor.
            Tem exactamente o mesmo problema mas numa seria de crimes em que a acusação é feita pelo Ministério Publico (os tais “people vs …”) o veredicto é dado por pares do acusado … ou seja outros civis, neste caso o sucesso está dependente de pessoas sem treino e altamente influenciáveis, são centenas de veredictos ao longo da historia que provaram ser erróneos alguns inclusive com pena de morte e que depois se soube que era inocente.

            Pessoalmente acho que a justiça portuguesa tem falhas que podem e devem ser corrigidas, juizes que deveriam ser investigados e uma profissão que deve ser respeitada mas que não deve de ser temida ou ter o estatuto de intocável, se crucificamos cristo não deveríamos ter medo de acusar juizes.
            Mas confesso que prefiro a justiça portuguesa à espanhola ou americana.
            Posso lhe assegurar que não é como vê nos filmes e que todas sofrem do mesmo mal, quem tem dinheiro para pagar um bom advogado tem mais chances de ser ilibado … mesmo que seja realmente culpado, porque provar alegações é muito mais complicado do que acreditar na palavra de A ou B.

          • Gostei da resposta/contestação que fez ao meu post, foi educado, explicou, algumas coisas concordo outras não tanto, mas agradeço, poderia entrar em discussão sobre alguns pontos, mas acabamos depois a entrar em opiniões pessoais sobre se o sistema como está funciona ou não, você disse tudo, quando disse que existem falhas que podem e devem ser corrigidas, e juizes que deviam ser investigados. Obrigado pelo post e pela educação.

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