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Como será o mundo sem covid-19? Especialistas de uma universidade espanhola responderam

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Mohamed Hossam / EPA

Como será o mundo sem covid-19? Especialistas de diferentes ramos da Universidade Complutense de Madrid, em Espanha, responderam à questão.

Que a realidade vai mudar para sempre já não é uma novidade. No entanto, especialistas de diferentes ramos da Universidade Complutense de Madrid adiantam que, no futuro, muitos jovens vão descobrir que “uma máscara é mais importante do que um tablet” e a grande maioria das pessoas vai sentir-se mais sozinha (e ao mesmo tempo mais ligada) do que nunca.

Elena Blanch González, professora da Faculdade de Belas Artes, acredita que a arte e a cultura se vão tornar um “refúgio“. Em tempos de pandemia, a importância da cultura tem sido uma “redescoberta” da humanidade, uma forma de “escapar do medo”, sorrir e preencher o tempo que o confinamento esvaziou.

Cristóbal Fernández Muñoz, responsável da Faculdade de Ciências da Informação, refere que esta crise é uma espécie de “ponto de viragem” para a comunicação.

Nesta era de “escassez de meios de comunicação, imediatismo, concorrência feroz e ditadura do clique”, “é necessário, mais do que nunca, um jornalismo verdadeiramente independente”.

Segundo escreve o ABC, no mundo da educação, o confinamento reinventou os métodos de ensino. O professor Juan Luis Fuentes, da Faculdade de Educação, defende que “é inevitável concentrar esforços na formação científica dos alunos”. A ciência vai tornar-se um escudo protetor contra futuras situações extremas.

Do ponto de vista da medicina, a covid-19 veio dar origem a inúmeras reflexões. O médico e professor Luis Montiel acredita que chegou a hora de assumir que “a globalização implica inevitavelmente a universalização das doenças infecciosas”, forçando-nos a repensar “as necessidades de saúde da população com base numa nova avaliação de risco”.

Já no que diz respeito ao campo da Sociologia, Olga Salido sublinha que “as prioridades políticas vão ter de mudar; teremos que repensar não apenas a necessidade de cuidar (e financiar adequadamente) o nosso sistema de saúde como um pilar fundamental do nosso modelo de bem-estar social, mas também como um elemento crucial para a nossa própria subsistência”.

“O mundo, como o conhecemos, nunca será o mesmo”, rematou a socióloga.

ZAP //

2 Comments

  1. O comentário não é sobre este artigo, mas sobre os destaques propostos pelo ZAP, na coluna “zapping”. PArece-me despropositado apresentar um destaque com o título bombástico “Portugal está falido” que corresponde a uma notícia de … 2016! SIM! Atualíssimo! Tem apenas 4 aninhos… Curiosamente – ou talvez não – é o único destaque da coluna com data anterior a … 16 de maio de 2020 (há dois dias).

    • Cara leitora,
      Obrigado pelo seu reparo.
      O espaço “Zapping” da lateral dos artigos do ZAP é um top das notícias mais lidas nos últimos x dias.
      Ocasionalmente, uma notícia antiga é lida por um dos nossos leitores e partilhada nas redes sociais ou afins, ganhando visualizações suficientes para aparecer no Zapping.
      Com algumas notícias, esse ressurgimento é recorrente. É o caso da notícia que refere, e de uma outra sobre um senhor austríaco que disse uns disparates sobre Portugal há uns anos.
      Há a possibilidade de programar o filtro com uma regra extra (notícias mais vistas nos últimos x dias E publicadas nos últimos y dias), mas esse acréscimo de processamento coloca carga extra nos servidores que a pouca frequência com que o fenómeno acontece não justifica.
      Estaremos atentos a este assunto, e preparados para intervir caso venha a escalar para proporções que o justifiquem.

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