Como é que os crocodilos sobreviveram e os dinossauros não?

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Existem várias razões para os crocodilos terem sobrevivido ao asteroide que extinguiu os dinossauros, entre as quais conseguirem aguentar bastante tempo sem se alimentarem.

Os dinossauros dominavam a Terra, há 66 milhões de anos, quando foram atingidos por um asteroide gigante, com quase 5 quilómetros.

De acordo com o Sci Tech Daily, a explosão foi tão grande que causou terramotos, tsunamis, incêndios e até chuvas nocivas. O asteroide também conseguiu acertar nos piores locais possíveis.

O corpo celeste atingiu locais onde o solo rochoso podia facilmente explodir, o que fez com que se formassem nuvens de pó, que bloquearam o sol durante meses, e trouxeram um inverno escuro e gelado à Terra.

O “desaparecimento” do Sol levou a que as plantas morressem, seguidas pelos animais herbívoros e, como consequência, os carnívoros que deles se alimentavam.

Acredita-se que três quartos das espécies que ocupavam a Terra foram totalmente aniquiladas, incluindo grande parte dos dinossauros.

Uma espécie de dinossauros conseguiu sobreviver, através da sua capacidade de voar e encontrar comida em vários locais, de penas que os aqueciam, e de um bico que lhes permitia alimentarem-se de sementes enterradas na terra.

Esses animais ainda estão presentes atualmente e são conhecidos como pássaros.

Um outro grupo que sobreviveu ao asteroide foi o dos crocodilos. Sem conseguirem voar, sem penas que os aquecessem e sem bicos que se alimentam de sementes, tinham outras vantagens que os protegeram da extinção.

Em primeiro lugar, os crocodilos usam muito pouca energia, tendo em conta que estão muitas vezes parados, respiram devagar e o próprio coração bate lentamente.

Estas características permitem que os répteis aguentem meses, ou até mesmo um ano, sem se alimentarem.

Assim, quando o asteroide tornou difícil a busca por comida, nomeadamente por outros animais, os crocodilos conseguiram sobreviver.

Já os dinossauros, sendo animais mais ativos e com necessidade de mais energia, não conseguiram aguentar esse período.

Os répteis sobreviventes viviam, maioritariamente, em rios ou lagos e, quando o asteroide atingiu a Terra, plantas mortas e animais mortos davam à costa.

Isto servia de alimento para animais mais pequenos que, mais tarde seriam a comida dos crocodilos.

Contrariamente aos dinossauros, os crocodilos não passaram tanta fome quando o planeta foi “atacado”. Os animais que viviam em florestas viram as plantas desaparecer e, como consequência, os herbívoros também, ficando sem alimento.

Esta explicação também ajuda a compreender como é que os antepassados humanos, pequenos mamíferos que viveram perto da era dos dinossauros, conseguiram sobreviver ao asteroide.

Estes pequenos animais, que mais tarde deram origem a todos os diferentes tipos de mamíferos que existem hoje, eram semelhantes a ratazanas, e alimentavam-se de insetos e vermes.

Deste modo, não dependiam de plantas vivas, mas sim de folhas e cascas mortas que caíam das árvores, ou que eram trazidas pelo vento.

Tal como os crocodilos, os nossos antepassados sobreviveram ao asteroide porque não precisavam de plantas vivas para se alimentarem. Esta habilidade de sobrevivência é a razão pela qual estamos aqui, hoje.

ZAP //

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