Como África está a partir-se a meio — e a criar um novo super oceano

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Os cientistas não sabem ao certo quanto tempo vai demorar até que o processo esteja finalizado, mas estimam um intervalo de pelo menos cinco a dez milhões de anos.

A recente evolução geológica de África motivou um aviso por parte dos especialistas: este continente está a meio de um processo de cisão, o que irá resultar não só na separação de nações inteiras mas também da formação de um superoceano.

O primeiro alerta foi dado em 2009, por cientistas da Universidade de Rochester, no Reino Unido, que num estudo revelaram as mudanças geológicas na região de Afar, na Etiópia.

Recentemente, um novo artigo científico publicado no Geophysical Research Letters, voltou a abordar o tema, argumentando que tudo se deve a uma fenda de 56,32 quilómetros que surgiu no deserto do referido país após um sismo de 2005.

À luz dos dados que constam no artigo, a fenda foi provocada por um processo tectónico em tudo semelhante ao que acontece no fundo do mar e situa-se nos limites de três placas: a da Arábia, Núbia e Somália. Estas estão “lentamente a a afastar-se uma da outra”, avançou Christopher Moore à NBC.

“Durante os últimos 30 anos, a placa da Arábia tem-se afastado da de África, um processo que já criou o Mar Vermelho e o Golfo de Aden entre as duas massas continentais”, especifica o mesmo site. O processo que decorre atualmente vai, eventualmente, “dividir África em duas e criar uma nova bacia oceânica“.

Os cientistas não sabem ao certo quanto tempo vai demorar até que o processo esteja finalizado, mas estimam um intervalo de pelo menos cinco a dez milhões de anos até que um novo oceano se forme e o continente africano se separe. Isto porque a placa da Arábia se afasta de África a um ritmo de 2,54 centímetros por ano, ao passo que as placas africanas se mexem entre 5,08 milímetros e 1,27 centímetros por ano.

Apesar de se tratarem de movimentos quase impercetíveis,os cientistas garantem que estes estão a acontecer. “Podemos ver que uma crosta oceânica se está a formar porque é consideravelmente diferente da crosta continental na sua composição e densidade”, aprofundou Moore.

Mas, e depois?

Estas alterações terão obviamente consequências negativas para os países africanos nas proximidades da fenda –  ao mesmo tempo que ali também nascem oportunidades para o resto do mundo. No leque de países afetados destacam-se Ruanda, Uganda, Burundi, República Democrática do Congo, Malawi e Zâmbia. Para além de todos os aspetos negativos, a alteração drástica na geografia permitiria a estas nações “construir portos que os conectariam ao resto do mundo diretamente” e representariam um conjunto de possibilidades.

Há ainda o caso de países que passariam a pertencer a dois continentes, como é o caso do Quénia, a Tanzânia e a Etiópia.

ZAP //

10 Comments

  1. Boa tarde.
    Mas se realmente se afastar de onde virá a água que formará esse oceano?
    Se for da escassa chuva que lá cai.
    Ou irá buscar águas aos outros oceanos?
    Como ficaram esses países? Aí sim é que acho que vai áver uma descida acentuada do nível dos oceanos e problemas económicos para esses países.

  2. Faltou um gráfico mostrando a cisão do continente, e/ou uma previsão de como seria o desenho dos sub-continentes resultantes do processo.
    Ao Helder, que perguntou de onde viria a água desse novo oceano, viria dos oceanos atuais, correndo pelas bordas dos novos continentes.

  3. Se África se dividir até pode ser positivo haverá mais agua menos guerra mais comida e assim meus comida e menos pessoas a morrer a fome pode serque assim os marcas de presidentes que africa no geral tem tido lessem mais no povo e lhes de mais valor e comida são países ricos de tudo mal explorados e feridos por vermes

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