Governo cria comissão para acompanhar combate ao bullying e ciberbullying nas escolas

Paulo Novais / Lusa

O Ministério da Educação anunciou a criação de uma comissão para o combate ao bullying e ao ciberbullying nas escolas portuguesas.

O Ministério da Educação anunciou, este domingo, a criação de uma comissão para o acompanhamento do combate ao bullying e ao ciberbullying nas escolas, que vai desenhar estratégicas, promover formação de pessoal docente e não docente e monitorizar casos.

Segundo uma nota do Ministério da Educação enviada à Lusa, esta comissão, com caráter permanente, é presidida pela Direção-Geral da Educação (DGE) e sucede ao grupo de trabalho criado em 2019.

A tutela justificou a criação da comissão com “a importância e necessidade de continuar a apostar na erradicação da violência em contexto escolar e em particular do bullying e do ciberbullying”.

Esta comissão, realçou, vai “desenhar estratégias de prevenção e combate ao bullying e ao ciberbullying e promover e monitorizar a formação do pessoal docente e do pessoal não docente na área do desenvolvimento de competências sociais e emocionais”.

“Impulsionar, acompanhar e monitorizar o Plano de Prevenção e Combate ao Bullying e Ciberbullying, monitorizar a existência de situações de violência em contexto escolar, em particular destes dois fenómenos, e a apresentar, no final de cada ano letivo, propostas de atuação”, são outras das suas atribuições.

O ministério sublinhou que a prevenção e o combate à violência em contexto escolar, em particular ao bullying e ao ciberbullying, afiguram-se como “essenciais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2016-2030”.

Os ODS 2016-2030 “visam assegurar uma educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, desenvolvendo sociedades pacíficas e inclusivas”, assinalou.

O Ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues assinala que, ao longo dos últimos anos, tem vindo a promover “iniciativas concretas de apoio à comunidade educativa” para “minimizar o fenómeno de violência em contexto escolar”.

Essas medidas, frisou, foram enquadradas na Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC) e “têm contribuído para concretizar o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória”. Entre as várias medidas, a tutela destacou o Plano de Prevenção e Combate ao Bullying e Ciberbullying nas Escolas, lançado em outubro de 2019, no âmbito do projeto “Escola Sem Bullying | Escola Sem Violência”.

Devido aos “condicionamentos provocados pela pandemia” de covid-19 na execução de algumas das medidas previstas para o ano letivo 2019/2020, este projeto foi relançado este ano.

// Lusa

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