Comerciantes querem perceber se as lojas que não são dedicadas à alimentação podem continuar abertas depois das 13h00 nos próximos dois fins-de-semana.
De acordo com o jornal Público, o Governo e os parceiros sociais reuniram-se esta quarta-feira, mas não foram esclarecidas as dúvidas dos empresários sobre como se aplicam as restrições nos próximos dois fins-de-semana.
Os comerciantes queriam perceber, por exemplo, se as lojas que não são dedicadas à alimentação poderão continuar abertas depois das 13h00 no sábado e no domingo e se poderão abrir mais cedo para compensar a falta de clientes no período da tarde.
Em declarações ao diário, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, disse que “não ficou esclarecida nenhuma” das dúvidas, tendo adiantado que o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, se comprometeu a prestar esses esclarecimentos até sexta-feira.
O responsável da CCP declarou ainda que a confederação está a ser inundada por “centenas de telefonemas” de associados com dúvidas sobre o estado de emergência, estando a “tornar a situação insustentável para quem tem que gerir uma empresa de comércio ou de serviços ao consumidor”.
Nos próximos dois fins-de-semana (14 e 15 e 21 e 22 de novembro), os 121 concelhos com maior risco de contágio terão de obedecer a um recolhimento obrigatório, que começa a partir das 13h00 e vai até às 05h00 do dia seguinte.
Segundo o mesmo jornal, as críticas também vêm da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que teme que esta medida vá provocar “ajuntamentos de pessoas à porta das lojas, precisamente aquilo que se quer evitar”, durante a manhã.
Numa carta aberta ao primeiro-ministro, António Costa, a APED também alertou que medidas como esta podem trazer “custos incalculáveis para o emprego e para o país”.
O Governo vai reavaliar, esta quinta-feira, a situação sanitária do país. De acordo com o Correio da Manhã, o número de concelhos sujeitos a medidas mais apertadas deverá subir para 150.