“Com aloha, o mundo é um lugar melhor.” Hadar pinta murais (grandes em escala e na mensagem)

Kamea Hadar já pintou mais de 50 murais ao longo da sua carreira, mas foi durante as últimas quatro semanas que se aventurou num grande desafio: pintou um edifício de 12 andares em Honolulu, numa homenagem aos “embaixadores do aloha”, os campeões de surf Carissa Moore e Duke Kahanamoku.

Carissa Moore fez história em julho, quando alcançou o título de primeira campeã olímpica feminina de surf. Décadas antes do nascimento da atleta, o nadador olímpico Duke Kahanamoku foi apelidado de “pai do surf moderno”, quando popularizou o desporto havaiano por todo o mundo.

Com 47 metros de altura e 18 de largura, o mural de Honolulu representa os dois ícones havaianos lado a lado, em dois retratos fotorrealistas assinados por Kamea Hadar.

“O Havai é um lugar especial. As pessoas estão cheias de ‘aloha’, esse amor, essa simpatia”, disse Hadar à CNN.

Carissa e Duke são embaixadores do aloha e espalharam-no por todo o mundo. Eu tento fazer o mesmo com a minha arte. Penso que com positividade e aloha, se pode fazer do mundo um lugar melhor, um lugar mais feliz”, acrescentou o artista.

Pintar um edifício de muitos andares requer um meticuloso planeamento logístico, desde considerar os pontos estratégicos até aprender como se pendurar em segurança. Para além destes, há fatores que Hadar não consegue controlar: o vento, a humidade, o calor, o sol e a chuva podem afetar as fases de pintura, bem como a sua oscilação.

À emissora norte-americana, o artista confessou que a sua inspiração nasce muitas vezes numa mensagem, como o apelo de serviço público para que as pessoas votem em eleições. Outras vezes, basta uma pessoa que o inspira para despertar a sua vontade de fazer arte.

O Havai – quer enquanto lugar, quer como fonte de inspiração – é omnipresente nos murais de Hadar. O “sentido de lugar” é significativo para as culturas indígenas e assume também destaque na arte.

O artista, que apesar de não ser havaiano viveu grande parte da sua vida no Havai, espera que a escala e os temas do seu trabalho possam inspirar as pessoas a “fazer o que quiserem” – mesmo que isso signifique escalar um edifício de 12 andares.

ZAP //

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