Colômbia. Ministro das Finanças demite-se após dias de protestos violentos

EPA/Ernesto Guzman Jr.

Protestos na Colômbia

O ministro das Finanças da Colômbia, lberto Carrasquilla, demitiu-se do cargo na segunda-feira, afirmando que a sua permanência “dificultaria a construção rápida e eficiente dos consensos necessários”, após dias de protestos no país contra a reforma fiscal apresentada pela Administração Duque.

Segundo avançou esta terça-feira o Público, um comunicado do Ministério das Finanças informou que o Presidente do país aceitou a demissão. A nota indicou igualmente que Carrasquilla disse a Iván Duque que “a retirada da proposta” que “apresentou no Congresso da República é uma oportunidade para reiniciar e permitir um diálogo sereno e construtivo que precipite os consensos que o país necessita com urgência”.

A demissão acontece após Duque ter recuado na proposta legislativa, o projeto político de Carrasquilla. “Por um lado, é indispensável que se dê continuidade aos programas de proteção social e económica que começaram a expirar no final de março”. Porém, “face à ausência de uma reforma gradual e ordenada da tributação, a estabilidade macroeconómica do país vê-se seriamente comprometida”, alertou na nota de demissão.

Duque nomeou José Manuel Restrepo, que estava à frente do Ministério do Comércio, como novo responsável pelas Finanças.

Segunda-feira foi o sexto dia consecutivo de protestos no país, que já causaram 19 mortes de civis. Apesar da retirada do projeto de lei sobre a reforma tributária, e da demissão de Carrasquilla, o Comité Nacional da Greve convocou novos protestos para quinta-feira.

Em comunicado, pede “a toda cidadania para manter e incrementar as ações de greve nacional” e para realizar a 05 de maio u”ma grande mobilização democrática, pacífica e civilizada, no estrito cumprimento das normas de biossegurança”. Além disso, pede às autoridades para “desmilitarizarem as cidades”.

ZAP //

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