O congresso colombiano está a discutir a eventual aprovação de uma lei que pode legalizar a indústria da cocaína no país. O objetivo é usá-la para fins medicinais.
Há dezenas de anos que a Colômbia se debate com um grande problema de tráfico de drogas no país, nomeadamente com a cocaína. Agora, há uma lei a ser debatida no congresso colombiano que pode resultar na legalização da enorme indústria da cocaína no país sul-americano.
A ideia partiu do senador Iván Marulanda, que pretende criar uma indústria legal que distribua cocaína para fins medicinais e não para uso recreativo. Não só torna a indústria mais segura, como também permite aos atuais traficantes ilegais criarem um negócio legítimo.
Em declarações à VICE, Marulanda propõe que o Estado compre a totalidade das plantações de coca da Colômbia ao atual preço de mercado, algo que custaria cerca de 560 milhões de dólares. Este é um preço relativamente barato a pagar, tendo em conta que o atual programa de erradicação custa 830 milhões de euros.
“Com esta intervenção do Governo, duas coisas fundamentais aconteceriam. Primeiro, você traria 200 mil famílias para uma esfera legal onde não seriam mais perseguidas pelo Estado. […] Em segundo lugar, a Colômbia está a destruir cerca de 300 mil hectares de floresta por ano. Estima-se que as famílias produtoras de coca são responsáveis por 25% desse desmatamento anual. Os ecossistemas da Colômbia são o dano colateral”, disse o senador à revista.
Marulanda realça que a folha de coca tem outras propriedades nutricionais, que podem levar à abertura de uma produção industrial e criação de fertilizantes. Obviamente, também seria utilizada para produzir cocaína. O político sugere ainda disponibilizá-la a grupos de investigadores de todo o mundo para que possam estudá-la para criar analgésicos.
“A política de drogas da Colômbia tornou-se mais teimosa e mais severa na sua aplicação. Estamos agora no ano de 2020. Ainda assim, a Colômbia exporta 90% da cocaína do mundo hoje. São cerca de 1.500 toneladas que saem do país a cada ano. E há cerca de 200.000 hectares de terra a cultivar coca. Estamos inundados com cocaína e inundados com mortes e violência. Perdemos a soberania sobre o território colombiano para o domínio das máfias do crime organizado”, explicou Marulanda.
Pois, se não os podes vencer, junta-te a eles… por assim dizer, é mais «guito» no bolso…..
Os outros… que se «lixem»….
Mais fica.
Se, por hipótese absurda, a legalização da coca fosse avante, os países mais desenvolvidos do mundo, USA à cabeça, tudo fariam para derrubar o governo colombiano. O tráfico de drogas tem um valor económico fabuloso e, depois de “purificado”, alimenta o sistema financeiro. A repressão, o chamado “combate”, tem uma finalidade óbvia, manter o negócio lucrativo., quanto mais “repressão”, maior é o valor do produto. Óbvio, não é? Só existe uma forma de combater e destruir o tráfico de drogas: fazer com que o comércio deixe de ser obscenamente lucrativo. Ninguém está interessado. Nem eu, não sou consumidor da hipocrisia.
Nem leste a notícia, não foi?
Sabes o que são “fins medicinais”??
Pois…
.
De resto, os EUA não são qualquer exemplo no combate às drogas – antes pelo contrário!!
Basta ver o que se passa no Afeganistão, onde os americanos até protegem os produtores das famosas papoilas (como fizeram no tempo do Vietname, etc l)…
Além disso, os americanos são mais drogados do que civilizados e, não é por acaso que são os maiores consumidores do mundo de cocaína, heroína, etc, etc…
Eles agora até tem Estados onde a canabis é legal – e já não é só aquela hipocrisia do “uso medicinal” com o “médico a passar a “receita” na compra da erva – é mesmo para fins recreativos – e bem!!
Bem ..em portugal a Industria de Cannabis para fins Medicinais, é legal e bem implementada. Imaginem um Incêndio na zona de produção em Cantanhede …por ex: os cantanhedenses acabavam todos pedrados !. Conclusão: legal ou ilegal é um perigo !……………váaaaa!!!!!, um pouco de humor não faz tanto mal !
As maiores produções de canabis em Portugal não estão em Cantanhede. Aí está essencialmente a sede da TILL RAY em Portugal. E olhe que o cultivo de canabis vai crescer e muito nos próximos anos. É uma boa cultura e o SNS agradece.