Colocados 116 dos cinco mil professores que o Ministério quer trazer para ocuparem lugares em falta

Mário Cruz / Lusa

O ministro da Educação, João Costa

Dos 558 professores colocados em escolas esta sexta-feira, 116 estavam afastados dos concursos de colocação por terem sido penalizados durante este ano letivo.

O Ministério da Educação anunciou, em abril, que iria autorizar que as escolas das zonas onde existe uma maior carência de professores completassem os horários disponíveis e que cerca de cinco mil docentes que recusaram horários voltassem a concorrer.

Os professores voltaram agora na sequência do levantamento das penalizações, uma das medidas de “urgência” adotadas pelo Ministério da Educação para minorar a escassez de docentes nas escolas.

A nota publicada no início da semana pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) indicava que os professores que foram penalizados só podiam concorrer na reserva de recrutamento desta sexta-feira se manifestassem “expressamente” essa vontade até 4 de maio.

De acordo com o jornal Público, o ministério da Educação não revelou quantos o fizeram.

Os 116 professores deste contingente foram alinhados em listas separadas identificadas pela DGAE como sendo uma “colocação adicional”. Isto significa que foram colocados em “horários não ocupados” pelos candidatos que continuavam nas listas da reserva de recrutamento.

No Parlamento, o ministro da Educação revelou que as medidas de “urgência” vão permitir menos 6600 alunos sem professores já na próxima semana. No final de abril, cerca de 20 mil estudantes encontravam-se nesta situação.

Além desta medida, o ministério também transformou todos os horários em completos, tornando assim a colocação mais atrativa, dado que os docentes a contrato poderão assim receber o vencimento por inteiro.

Neste sentido, João Costa também referiu, na Assembleia da República, que quer rever o “modelo de recrutamento” para fixar os professores, terminando assim com a instabilidade deste grupo profissional.

“A atratividade da carreira docente não se consegue sem que se revejam os instrumentos de recrutamento e colocação de professores, eliminando a instabilidade da mobilidade constante destes profissionais”, disse o novo ministro.

ZAP //

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