O Movimento Coletes Amarelos Portugal divulgou um mapa com os pontos de concentração dos protestos desta sexta-feira. Segundo Ana Vieira, porta-voz do grupo, o movimento espera o máximo de pessoas possível, de modo a “amplificar o descontentamento” que considera existir entre a população.
“Queremos juntar todas as vozes portuguesas. O que pretendemos com a nossa página é juntar o máximo de pessoas possível, para que todas tenham a sua voz. Amplificar o descontentamento da população que é real”, referiu Ana Vieira.
A porta-voz explicou que o objetivo principal do protesto é fazer com que os cidadãos portugueses sejam ouvidos pelos governantes, relatando que o MCAP ainda não foi contactado por qualquer membro do Governo.
A declaração da porta-voz surge após uma atualização do manifesto divulgado na manhã de quarta-feira, em que foram retirados os dados quantitativos das reivindicações, como o aumento do salário mínimo, uma decisão que, segundo Ana Vieira, foi tomada por unanimidade dos membros do movimento.
De momento, vários movimentos estão a convocar os cidadãos através da redes sociais para saírem à rua em vários pontos do país na próxima sexta-feira, tentando imitar o movimento dos “coletes amarelos” de França, mas sem violência.
“As nossas intenções é que tudo corra pacificamente e harmoniosamente. Vamos fazer de tudo para preservar essa intenção”, contou.
Ana Vieira disse ainda que o Movimento Coletes Amarelos Portugal pretende fazer uma marcha entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, em Lisboa. “A concentração no Marquês de Pombal está marcada para às 07h00. A intenção é iniciar o passeio às 15h00, para dar tempo às pessoas que vêm de fora”, rematou.
No manifesto, o grupo propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
Não tolerando qualquer ato de violência ou vandalismo, o movimento, que se intitula como “pacífico e apartidário”, defende também o combate contra a corrupção. A lista de reivindicações termina com a reforma do Serviço Nacional de Saúde, a revitalização dos setores primário e secundário e o direito à habitação e fim da crise imobiliária.
Os apelos aos protestos começaram a ser feitos por cidadãos anónimos da zona Oeste do país nas redes sociais, principalmente no Facebook, há cerca de três semanas.
Na terça-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que “a situação em Portugal é diferente da situação em França”. A França, vincou, “teve sempre revoluções sangrentas. Portugal teve uma Revolução dos Cravos. Portanto, em Portugal, sabemos compreender que as razões de queixa e indignação e protesto devem ser expressas pacificamente”.
“Uma coisa é a manifestação pacífica, que é timbre de Portugal, outra coisa é a violência que assistimos noutros países”, acrescentou.
No início da semana, a GNR e PSP disseram que estão a acompanhar o processo através de recolha de informação no terreno, pelas redes sociais e com os promotores das iniciativas para ter pessoal operacional caso seja necessário.
Marcelo tentou segurar camionistas
Marcelo Rebelo de Sousa andou de camião, na terça-feira, na zona da Mealhada, para chamar a atenção para as condições de trabalho dos camionistas portugueses. Mas acima de tudo foi uma forma de tentar serenar os ânimos de uma classe que, há um mês, ameaçava replicar em Portugal os protestos dos “coletes amarelos” franceses, caso o Governo não desse resposta positiva às suas reivindicações.
O presidente almoçou na Mealhada com representantes do grupo “Motoristas do Asfalto” e andou alguns quilómetros no pesado de Fernando Frazão. O camionista enumerou os principais problemas do sector: “Baixos ordenados, excessos de cargas horárias de trabalho, problemas de cargas e descarga e muita solidão na estrada”.
Em Belém, existia a perceção de que os camionistas seriam um peça-chave da manifestação dos coletes amarelos portugueses, que há muito tempo ameaçavam cortar o trânsito em vias fundamentais do país.
No almoço confirmou que os coletes amarelos tinham contactado os camionistas para aderirem ao protesto, mas não saiu de lá com qualquer garantia sobre a adesão, ou não, de uma parte desta classe.
No sector, o descontentamento continua a crescer. Há um mês o presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) admitiu que seguir o exemplo dos protestos dos coletes amarelos em França era uma das opções em cima da mesa.
OSCOT alerta para presença de radicais
O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) diz que é fundamental evitar a infiltração de grupos extremistas estrangeiros nas manifestações marcadas para sexta-feira em Portugal.
A poucos dias dos anunciados protestos inspirados nos “coletes amarelos” franceses, António Nunes admite diferenças substanciais entre as manifestações previstas para Portugal e aquelas que têm ocorrido em França.
Em entrevista à Renascença, alerta, no entanto, para o risco que pode significar a presença de grupos extremistas. Elementos que podem condicionar o normal decorrer das manifestações, que, por tradição, são pacíficas em Portugal.
ZAP // Lusa
Marcelo diz que a situação em Portugal é diferente porque cá sempre houveram as revoluções de cravos. Bom talvez isso explique um ordenado mínimo quase 3x inferior ao francês
Oh meu Deus. Não é “houveram” é houve. O verbo haver. quando é sinónimo de “existir”, só se conjuga e pronuncia na 3ª pessoa do singular.
https://duvidas.dicio.com.br/houve-ou-houveram/
Excepto se o verbo haver for em forma de consideração, tal como numa analogia de que foram todas revoluções de cravos quando realmente não existiram cravos nas outras portanto o verbo existir não se aplica mas considera-se que foram ao estilo da revolução de 74. Portanto houveram obrigado pela tentativa. E escreveu dois pontos a mais
Força!
É agora ou nunca!
É nunca 🙁
Deves ser um dos que vive à sombra do Estado.
Não convem fazer ondas porque podes molhar os col…ões, e teres que ir trabalhar para comer.
Ainda a manifestação não começou e vocês já andam “às abarcas” por causa de um verbo..
“Queremos juntar todas as vozes portuguesas”. Todas não pode ser. De políticos e quejandos não podem esperar vozes. Esses estão bem amanhados e querem que tudo continue na mesma, como a lesma. Alguns já andam todos borrados!!!
Entretanto – e para acalmar os ânimos – já está um tornadozinho em formação, preparando-se para “subir” e atingir Portugal amanhã de tarde…
Enfim, claro está que é tudo uma “simples” coincidência…
Ou será o clima louco?? 🙂 🙂
isto ir de cordeirinhos? mais val ficarem na caminha, sei que é mau a violência, mas de cordeirinho nada vai mudar, tem que ser mostrado a indignação mesmo e sem violência nada vai ser levado asserio e não só um dia, deveria haver um bloqueio a valer para que aja atenção do governo mesmo
Traz o teu carro para a malta o incendiar e diz onde é a tua casa para se ir lá partir tudo!…
A ver se assim ficas mais contente…
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PS: Violência é a tua escrita!…
supremo da inteligensia, podes ser bom na escrita, mas só na escrita mesmo, logicamente a violência não deveria resalver, mas acha supremo da inteligência que o governo se preocupa com curdeiros? pensa um pouco em vez de se fazer passar por aquilo que não é,