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“Coletes amarelos” tiveram empurrão de um pedreiro português

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Leandro Nogueira / Facebook

Leandro, o pedreiro português que iniciou a revolta dos coletes amarelos

A revolta dos “Coletes Amarelos” está a inundar França, mas tudo começou em Janeiro. E teve o empurrão de um português: Leandro António Nogueira.

O movimento criado por automobilistas, operários e agricultores não é novo. Nasceu há alguns meses e teve uma mãozinha de um português. Chama-se Leandro António Nogueira, é pedreiro e ajudou a dinamizar este movimento ao criar um grupo no Facebook: “Vous en avez marre? C’est maintenant” (“Está farto? Agora é que é”).

O grupo foi criado em janeiro e a razão do descontentamento era a diminuição do limite de velocidade nas estradas nacionais, de 90 para 80 quilómetros por hora, que iria entrar em vigor em julho.

Há cerca de três semanas, os protestos ganharam um novo fôlego com o novo imposto sobre os combustíveis que o Governo francês queria impor em janeiro por questões energéticas: financiar a luta contra as emissões poluentes. Agora que o Governo cedeu, a luta é contra o empobrecimento e contra as reformas educativas, que levaram três mil estudantes para as ruas de Marselha e Nice.

Atualmente com mais de 68.700 mil membro, o grupo do português foi criado em janeiro com o único propósito de mobilizar cidadãos contra as medidas do Governo francês.

No Facebook, o grupo apresentava-se pacificamente, mas nas ruas o cenário era (e é) bem diferente. “Este grupo pretende manifestar o seu descontentamento perante os governantes e as suas políticas. Sem violência, sem ódio e respeitando cada um. Sejam solidários!!!”

A imprensa francesa adianta ainda que Leandro Nogueira chegou a organizar manifestações. Segundo o Paris Dépêches, “o protesto de sábado, 17 de fevereiro, em frente à câmara municipal, foi ideia de Leandro Antonio Nogueira, um pedreiro português de cerca de trinta anos, que criou o primeiro grupo e rapidamente lançou outros mais locais

Segundo o Jornal de Notícias, Leandro criou mais grupos, relativos a departamentos franceses específicos.

No início do ano, o pedreiro português foi detido, tendo sido posteriormente libertado. Atualmente, reside no departamento francês de Dordogne, na região de Aquitânia, no sul de França e, com base na informação disponível no Facebook, é natural da Póvoa de Varzim.

Desde o início das manifestações em massa, em 17 de novembro, quatro pessoas morreram e centenas ficaram feridas. A violência do protesto dos “Coletes Amarelos” tem obrigado a polícia francesa a atacar os manifestantes com gás lacrimogéneo.

ZAP //

7 Comments

    • Cá em Portugal é tudo muito calmo. Levam no pêlo e depois ainda vão votar neles ! A raça lusitana já não existe. Agora é tudo pacífico. É come e cala.

      • Então? No futebol não andam à porrada uns com os outros (os adeptos), no árbitro, no sporting, nas bancadas, etc

  1. Já temos uma pessoa deste gabarito a governar um país…era condutor de autocarros, se não me engano, chama-se Maduro e tem sido um caso de sucesso como presidente da Venezuela! Há que importar o modelo para a Europa, sem dúvida!

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