Colecção de arte do BES entre as 100 melhores empresariais do mundo

Paulo Albuquerque / Flickr

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A colecção de arte do Banco Espírito Santo figura entre as 100 melhores coleções empresariais de arte do mundo, segundo um estudo internacional realizado nos últimos cinco anos, por dois especialistas na área.

Intitulado “A Celebration of Corporate Art Programmes Worldwide”, o estudo, que foi agora publicado em livro, tem autoria de Peter Harris e Shirley Reiff Howarth, que analisaram os programas de arte corporativa de mais de 300 empresas espalhadas por cinco continentes.

Os autores, que começaram o levantamento em 2008, seleccionaram as colecções corporativas que mais se destacam no panorama da arte, entre as quais se conta a BESart, que é a única colecção portuguesa representada neste estudo.

No estudo, a propósito da colecção do BES, os autores apontam que a colecção BESart “é verdadeiramente internacional”, e referem ainda outras iniciativas na área, como a edição de um livro, um “website”, e ainda uma galeria de entrada livre, a BESart & Finança, que promove exposições.

Iniciada em 2004, a colecção de fotografia BESart reúne cerca de 1000 obras de mais de 280 artistas contemporâneos, de 38 nacionalidades, estando grande parte do acervo guardado no espaço BES Arte & Finança.

Os trabalhos que integram esta colecção de fotografia têm por base o registo fotográfico em toda sua expressão, desde as instalações de Wolfgang Tillmans e esculturas que incluem a fotografia, como é o caso da obra de Christian Boltanski, aos desenhos e pintura com fotografia presentes nas peças de artistas como John Baldessari.

O BES patrocina ainda o prémio para a fotografia de valor mais elevado no país – o BESphoto – de 40 mil euros, destinado a criadores de língua portuguesa.

O estudo faz um histórico das colecções de arte criadas por empresas, desde o período do Renascimento, quando o banco Monte dei Paschi, em Siena, Itália, iniciou aquela que se pensa ser a primeira colecção de arte corporativa, em 1472.

Entre as empresas representadas neste estudo encontram-se a HSBC, uma multinacional britânica de serviços financeiros, a companhia petrolífera norueguesa Statoil, a companhia coreana de produtos electrónicos Samsung, e a BASF, a maior companhia mundial de produtos químicos, com sede na Alemanha.

Peter Harris, um dos autores, trabalha na área da arte corporativa há mais de 30 anos e tem desempenhado o cargo de presidente dos International Art Consultants, aconselhando empresas de todo o mundo sobre os benefícios e melhores práticas dos programas de arte empresariais.

A outra autora, Shirley Reiff Howarth, desenvolve investigação no campo da arte corporativa há cerca de 30 anos, sendo a editora do directório internacional Corporate Art Collections, publicado desde 1983.

/Lusa

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