Oksana Shachko foi encontrada morta no seu apartamento, em Paris, na noite da passada segunda-feira. De acordo com alguns amigos, a co-fundadora do Femen deixou uma carta de suicídio.
A morte da co-fundadora do movimento feminista Femen, Oksana Shachko, foi confirmada esta terça-feira pela atual líder da organização, Inna Chevtchenko. “Oksana foi encontrada ontem, em Paris, no seu apartamento. Ela suicidou-se“, disse Shevtchenko, citada pela televisão francesa BFMTV.
Outra co-fundadora do movimento, Anna Hutsol, confirmou a morte de Shachko à Ukrainska Pravda, sem avançar, no entanto, as causas. “Estamos à espera da investigação da polícia”, afirmou, acrescentando que foi encontrada uma carta de suicídio.
Hustol deu a entender que a co-fundadora estava preocupada “que tudo estivesse a correr mal no mundo”, e lamentou o facto de, nos últimos tempos, ter passado pouco tempo com Shachko. “Morreu a mais destemida e a mais vulnerável.”
No Twitter, Inna Shevtchenko, atual líder do movimento, deixou uma mensagem de pesar. “Oksana deixou-nos, mas está por todo o lado. Está com todas as que lutaram ao seu lado, está na Femen, que ajudou a fundar. Ela está na história do feminismo“, escreveu.
Oksana Shachko foi uma das três fundadoras do movimento feminista Femen, nascido em 2008, em Kiev, na Ucrânia. O movimento, que é conhecido pelos protestos em tronco nu, espalhou-se por toda a Europa posicionando-se contra as instituições religiosas, regimes ditatoriais, turismo sexual e homofobia.
Ameaçada na Ucrânia, a ativista ucraniana de 31 anos conseguiu asilo político em França, em 2013. Um ano depois, saiu da organização para se dedicar em exclusivo às artes plásticas.
ZAP // RFI
Paria?
Não entendi. O que é que você quer dizer com o “Paria”?