Liga dos Campeões: City não fez qualquer substituição. Porquê, Guardiola?

Filip Singer/EPA

Guardiola no Leipzig-Manchester City

Manchester City empatou na Alemanha e tornou-se na primeira equipa a manter os 11 titulares até ao fim, desde o United de Mourinho. Bernardo Silva iria ser a excepção.

As atenções dos adeptos portugueses de futebol centraram-se em Milão, na noite passada, onde o FC Porto perdeu por 1-0 contra o Inter, na primeira “mão” dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

À mesma hora, na Alemanha, a Red Bull Arena recebeu Leipzig e Manchester City, também em jogo da Liga dos Campeões.

“As pessoas pensavam que o City chegava aqui e ganhava por 5-0”, segundo Pep Guardiola, mas o jogo terminou com um empate a uma bola. Mahrez marcou na primeira parte, Gvardiol empatou no segundo tempo.

Para quem gosta de olhar para estatísticas, destacou-se rapidamente um facto: os 11 titulares do Manchester City jogaram até ao apito final. Não houve qualquer substituição no campeão inglês.

Há dois motivos para isto. O primeiro é olhar para quem estava no banco: era quase uma equipa de juniores. A maioria ainda joga mesmo pelos juniores, ou pela equipa B. Excepção para Kalvin Phillips, que no entanto raramente joga.

De Bruyne, Laporte e Stones estão lesionados. De forma realista, só Foden e Álvarez poderiam tentar alterar o rumo do jogo.

Mas o treinador Guardiola não quis: “Tenho a possibilidade de realizar cinco substituições. Mas o treinador sou eu e só as faço se eu quiser. Não sou obrigado a substituir jogadores. Sou um treinador bom o suficiente para decidir o que devo fazer”, afirmou depois do jogo, em tom de ironia.

E o português Bernardo Silva, que foi titular tal como Rúben Dias, até ia ser o único substituído: “Eu estava realmente satisfeito com o que estava a ver dos meus jogadores. Depois do golo do empate, pensei em colocar em campo o Phil Foden. Mas controlámos o jogo e o Bernardo Silva estava a dar conta do recado, naquela zona do campo”.

Guardiola sublinhou que a equipa alemã estava a jogar com seis jogadores na frente: quatro “corredores incríveis” e os laterais que pareciam extremos.

“Por isso, precisávamos de jogadores que façam muitos passes, como Gündoğan e Mahrez. Tínhamos de controlar o jogo, especialmente sendo a primeira mão; se calhar na segunda mão vou cometer uma loucura e jogar com nove avançados”, completou.

O City tornou-se na primeira equipa a não realizar qualquer substituição num jogo da Liga dos Campeões, nos últimos cinco anos. A última antes do Manchester City de Guardiola tinha sido o Manchester United de Mourinho, em 2018, num duelo com a Juventus de Cristiano Ronaldo.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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