Ciganos em Portugal: “Vivemos do RSI. O Governo está a dar dinheiro, mas queremos trabalho”

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Dia Internacional das Comunidades Ciganas assinala-se nesta sexta-feira. Presidente de associação avisa que “não há oportunidades”.

Dia 8 de abril é o Dia Internacional das Comunidades Ciganas. Uma data que se assinala desde 1971, instituído pela Organização das Nações Unidas.

Nesta sexta-feira, Marcelo Rebelou de Sousa deixou um apelo: “Gostaria de sublinhar a necessidade urgente de reconhecer o lugar da comunidade cigana na sociedade portuguesa”.

Em nota publicada no portal oficial da Presidência da República, Marcelo enaltece “a sua riqueza, cultura e história” e quer “mitigar da pobreza, exclusão e preconceito que ainda hoje vitima esta comunidade”.

O presidente da República defende assim um Portugal “mais justo, mais preparado para os desafios do nosso tempo, quando nenhum entre nós se vir excluído em razão da comunidade, da etnia, da cultura a que pertence”.

“Possa este ser um desígnio abraçado por todas e todos, incluindo a própria comunidade cigana, com convicção e responsabilidade”, finaliza a nota.

“Não há oportunidades”

Como resposta a estes apelos, o presidente da associação dos mediadores ciganos de Portugal deixou um aviso: não há oportunidades para os ciganos que vivem em Portugal.

“O que o Presidente está a ver é que esta comunidade há tantos anos está cá e ainda está praticamente igual. Não há oportunidades e tem que haver”, comentou Prudêncio Canhoto.

Em entrevista à TSF, Canhoto revelou que 70% da etnia cigana recebe o rendimento social de inserção. Mas não é isso que a comunidade quer: “O Governo está a dar dinheiro… A pessoa quer trabalho. O trabalho é a mudança, não é a dar dinheiro… Dar dinheiro é dizer à pessoa para ficar ali, “deixa estar ali que eles ali estão bem”. Não é assim”, explicou.

Assegurando que os ciganos “não estão contra ninguém”, Prudêncio Canhoto questiona o facto de os refugiados provenientes da Ucrânia já terem direito a casas e a emprego, porque “o Governo assume” isso.

O dirigente defendeu que o Governo tem de realizar uma “mudança” neste contexto: “Mudança é investir, é ajudar, é dar uma oportunidade, é dar trabalho para que a comunidade de ciganos possa mostrar que tem capacidade para entrar no mercado de trabalho”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

15 Comments

  1. Talvez fosse interessante ver o comportamento dos ciganos no trabalho!.. ameaças e afins, quem quer assim um trabalhador?! Ou um inquilino?!
    Não somos todos iguais, não!.. e enquanto não quiserem ver, e fazer que de conta que somos.. continua tudo igual!
    Será que também posso fazer as minhas leis baseadas nas minhas tradiçoes?!.. ou é exclusivo dos ciganos?
    E justiça a sério.. mas a polícia qd sao ciganos demora uma hora lá a chegar… Pois… Só está qdo não faz falta!

  2. Coitadinhos… sempre oprimidos pela sociedade…
    São muito educados e trabalhadores mas ninguém lhes dá trabalho… porque será??

  3. Na minha opinião, deixem de dar o RSI e vão ver que: ou arranjam trabalho ou vão-se embora. é muito simples!

    Desgraçados daqueles que contribuem com 20% /30% /40% do seu salário para esta “máquina” que depois a esbanja em quem não quer trabalhar. Enquanto contribuinte, sinto-me incomodado com o facto de não ter condições de saúde (não há médicos de família), não ter estradas (o acesso a minha casa não está asfaltado) e um sem número de outras situações. No entanto, tenho todos os meses tenho de contribuir (e não é pouco) para manter um sistema que não valoriza quem efetivamente trabalha para o desenvolvimento do país.

    A resposta é simples, podem ter o RSI durante um determinado período (curto) de tempo, depois se arranjou emprego e contribui positivamente para a sociedade, tudo bem. Caso contrário, não deve ser apoiado.

    Atenção que não faço distinção de etnia, credo, género, etc….

    Ou contribuem, ou ficam fora do sistema! É simples!!!

  4. Depois admiram-se que o Chega tenha as votações que tem.
    70% dos ciganos recebe RSI. Isto é normal?!
    E pelo que percebo, estão a queixar-se dos refugiados ucranianos que têm logo casa e emprego? Mas estão a queixar-se de quê? De só terem as casas (dadas pelas Câmaras) e os ordenados (RSI) e não têm o trabalho? A questão é, e será que o querem?
    Enquanto for tabu para os partidos moderados falar destas questões, o Chega há-de continuar a crescer, até ao dia em que teremos uma situação como a que está a acontecer em França.
    Depois ficará toda a gente admirada…

    • E trabalham, mas não declaram, não passam recibos do que vendem nas feiras. Não têm casa, mas têm carros. O RSI assim como o subsídio de desemprego deveria ser um ano, um ano e meio, não mais, depois disso se não arranjar emprego, não faltam terrenos para cultivar, produzir, contribuir como os outros.

  5. Na minha opinião, deixem de dar o RSI e vão ver que: ou arranjam trabalho ou vão-se embora. é muito simples!

    Desgraçados daqueles que contribuem com 20% /30% /40% do seu salário para esta “máquina” que depois a esbanja em quem não quer trabalhar. Enquanto contribuinte, sinto-me incomodado com o facto de não ter condições de saúde (não há médicos de família), não ter estradas (o acesso a minha casa não está asfaltado) e um sem número de outras situações. No entanto, tenho todos os meses tenho de contribuir (e não é pouco) para manter um sistema que não valoriza quem efetivamente trabalha para o desenvolvimento do país.

    A resposta é simples, podem ter o RSI durante um determinado período (curto) de tempo, depois se arranjou emprego e contribui positivamente para a sociedade, tudo bem. Caso contrário, não deve ser apoiado.

    Atenção que não faço distinção de etnia, credo, género, etc….

    Ou contribuem, ou ficam fora do sistema! É simples!!!

  6. Se querem trabalho só têm que o procurar como todos fazem. O trabalho não aparece em casa. Dá muito trabalbo procurar trabalho? Desculpas de quem prefere receber casas de borla e RSI sem nada contribuir.

  7. Talvez se começassem por educar os filhos em vez de lhes ensinarem a ser bandidos logo de pequeninos as oportunidades aparecessem. Mas digam o que disserem é uma comunidade que se auto-exclui e se auto-marginaliza. Os Ucranianos são exactamente o oposto. Onde chegam aprendem os costumes, respeitam as regras, arregaçam as mangas e trabalham com afinco tratando os outros como gostam de ser tratados. Afinal de contas os ciganos podem olhar para os ucranianos como exemplo de como é fácil a integração se não se quiser ter tratamentos de excepção e não se usarem narrativas de vitimização e de exclusão. Por alguma razão a comunidade cigana tem a fama que tem. Tivessem eles “costumes” opostos e podiam ser vistos ao contrário, como extremamente fiáveis, trabalhadores e integrados. Não acontece porquê? Somos nós que não metemos os filhos na escola? Somos nós que só casamos dentro da nossa raça (pelo menos as mulheres)? Somos nós que vivemos de esquemas obscuros? Somos nós que utilizamos a violência gratuita para intimidar e condicionar os outros? Somos nós fazemos questão de viver em barracas ou abarracamos as habitações sociais que nos são dadas? Enfim. Não sou do chega, não gosto do André Ventura mas ainda gosto menos de ciganos. Dos quatro assaltos que sofri na minha vida foram sempre ciganos, já vi ciganos a entrar por um hospital a dentro a querer bater no segurança há bem pouco tempo, entre muitos outros episódios de má educação, violência e peixeirada que vivi ou tive conhecimento de perto. É a minha experiência com eles, como não hei de ser “preconceituoso”? Se não querem sofrer de racismo, não se ponham a jeito. Quanto ao discurso politicamente correcto, é bom para quem não tem de lidar com o problema e tem de viver com eles por perto. Resumindo, o problema não é nosso, é deles, a mudança tem de vir por esse lado e nisso infelizmente tenho de concordar com o AV.

  8. Coitado do ciganito,…. Tenho uma pequena sugestão,.. Primeiro ir à Escolinha, tirar uma formação mostrar educação, talvez uma formação académica e então aí ir concorrer com os seus pares em iguais circunstâncias e mostrar o que vale, é assim que se faz, senhores ciganitos que de repente descobriram que trabalhar faz bem!!?
    Slava Ukraina

  9. Aleluia! Hoje pode-se falar livremente de ciganos gente honesta, trabalhadora, respeitadora dos demais, em suma povo civilizado! Força Ventura, continua a tocar na ferida mesmo se toda a assembleia discordar, eles lá sabem porquê! Em França o sistema já começa a tremer, o povo lá sentirá na pele as razões para tal!

  10. Os ciganos têm toda a razão, os nossos maus políticos nada têm feito para pôr quem recebe RSI a trabalhar ou seja quem quiser RSI tem de trabalhar para a sociedade de forma a retribuir a ajuda e ambientarem-se com o mundo do trabalho permitindo melhor integração.

  11. Estão sempre a vitimizarem-se com a sociedade, que são discriminados. A sociedade apenas tem medo deles por serem uma comunidade violenta, logo a mesma sociedade afasta-se deles.
    Muitos exemplos podia aqui deixar, mas enumero alguns os casos das agressões aos Bombeiros em Borba, os enfermeiros de Famalicão, a GNR de Cuba.
    Se eu fosse a bater em toda a gente só porque não atendem logo aos meus pedidos, passava os dias nisto. Mas como vivo em sociedade tenho que cumprir e respeitar regras. Tenho direitos mas tenho ainda mais deveres. Queixam-se que nos seus bairros está tudo degradado, mas levam os dias sem fazer nada, podiam limpar, pintar, restaurar tudo nas suas comunidades, com nós fazemos na nossa.
    Mas não, o pouco de bom que existe destroem e depois queixam-se de viver num ambiente degradante. Obviamente que nem todos são assim, os que não são podiam incutir essas mudanças aos mais retrógrados, isto é que é uma sociedade a funcionar.

  12. “Gostaria de sublinhar a necessidade urgente de reconhecer o lugar da comunidade cigana na sociedade portuguesa”.( Marcelo Rebelo de Sousa)
    A sério? Não seria mais correto fazer uma leitura da história e reconhecer que a comunidade cigana, tantos anos a viver em Portugal, nunca se integrou verdadeiramente na sociedade portuguesa e, julgo que não o fez não o querer verdadeiramente. Prefere mater a sua identidade de usos e costumes e viver à conta das benesses do estado. Ou seja, “o melhor dos dois mundos…” Não serão todos os ciganos certamente, mas sim a sua esmagadora maioria comunitária.
    Portanto, considero que o nosso Presidente, deveria ter tido essa realidade em consideração.
    Talvez a frase poderia sido assim: “Gostaria de sublinhar a necessidade urgente da comunidade cigana reconhecer o seu lugar na sociedade portuguesa”, digo eu, não sei…

  13. Já agora…….gostava de saber que profissão que o Sr. Prudêncio Canhoto exerce . Sendo que ser Presidente de uma Associação não é uma !…..Conheço Ciganos Feirantes , Esses trabalham !

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