Paulo Novais / LUSA

Grupo de ciganas grita “racista” à passagem do presidente do Chega, André Ventura
Líder do Chega ouviu que é “racista”. Para o BE, Portugal tem salários de miséria, o Livre é ponderadamente radical.
O presidente do Chega fez um apelo direto ao voto e pediu aos eleitores que não fiquem em casa no dia 18 de maio, afirmando que o partido tem “uma oportunidade histórica” de vencer as eleições legislativas.
“Temos uma oportunidade histórica à nossa sempre. Se falharmos ou se ganharmos, não vai depender de mais ninguém senão de nós próprios. O que eu vos quero pedir, o que eu vos quero exortar é: acreditem, não desistam, vão votar e levem todos a votar. Nós vamos vencer no dia 18 de maio”, afirmou André Ventura.
O líder do Chega discursava nesta quarta-feira em Aveiro, no primeiro jantar-comício desde o arranque da campanha oficial para as legislativas.
“Não deixem ninguém votar por vocês. Nem se deixem ficar em casa a achar ou que está ganho ou que está perdido. Até nos podem dar 60%, nós temos que ir votar no dia 18 e vocês não podem deixar ninguém em casa”, apelou.
André Ventura ressalvou que, se o Chega não sair vencedor, é porque falhou na mobilização, mas assinalou que tem sentido apoio nas ruas.
Também em Aveiro, mas na parte final da arruada, o líder do Chega passou por alguns ciganos, que o chamaram “racista” repetidamente.
Ventura não se aproximou dos ciganos mas respondeu diretamente: “É trabalhar como toda a gente tem de trabalhar. Não é nenhum racismo, nem nenhum fascismo. É terem que trabalhar. É a vitimização atual. Não sou eu que sou fascista; são eles que querem regras à parte em Portugal – e eu não posso aceitar isso”, captou a rádio Antena 1.
IL e a TAP
Rui Rocha garantiu que, com a IL, se irá “finalmente reverter” as “más decisões da esquerda”, prometendo “privatizar mesmo” a TAP, sem “mais atrasos”, e recuperar a parceria público-privada do Hospital de Braga.
Rocha esteve num jantar comício em Braga. O líder da IL frisou que na sua cidade natal, onde concorre como cabeça de lista, se “sofreu bastante com as políticas de esquerda que foram adotadas nos últimos anos, sobretudo com os governos de António Costa”.
Entre as várias críticas que deixou, o líder da IL abordou a nacionalização da TAP, em 2020, que considerou ter-se traduzido no “desbaratar” de 3.200 milhões de euros dos portugueses e é “particularmente sentida como injusta” na região de Braga, “envolvente do aeroporto do Porto”.
“Todos nós aqui sabemos que pagámos do nosso bolso a nacionalização da TAP para, no caso concreto desta região, não termos serviço de transporte aéreo da TAP”, criticou.
Rui Rocha garantiu que, “com a IL, a TAP será mesmo privatizada”. “Não vai haver mais atrasos”, assegurou.
CDU sem “piadolas”
O secretário-geral do PCP discursou em Espinho, onde evitou “piadolas” por estar na terra de Montenegro, mas não resistiu a falar do “nheca nheca” para criticar aqueles que recusam aumentar salários.
Num comício no Fórum de Arte e Cultura de Espinho, Paulo Raimundo começou por avisar que seria fácil “encontrar umas piadolas” sobre o concelho onde esteve sediada a empresa do primeiro-ministro, Luís Montenegro, a Spinumviva.
“Seria fácil fazer uns trocadilhos sobre Espinho. Só que o povo desta terra, os pescadores, os operários, aqueles que cá vivem e cá trabalham em Espinho não merecem trocadilhos, não merecem piadolas”, disse, vincando que a CDU não confunde a árvore com a floresta.
Mais tarde no discurso, Paulo Raimundo, quando criticava aqueles que “enchem a boca com os países desenvolvidos” e com Portugal “na primeira linha” e no “pelotão da frente” e “Portugal nhã, nhã, nhã”, não resistiu a falar do “nheca nheca”, expressão que usou no debate com André Ventura, líder do Chega.
“Não vou fazer o nheca nheca agora”, começou por dizer, para, perante uma plateia cheia, voltar atrás: “Está bem, vá, o Portugal do nheca nheca“, soltando uma risada generalizada do público.
Para o líder comunista, esse mesmo Portugal que tem o “nheca nheca” na boca deveria explicar “se há algum país desenvolvido, se há algum país no sentido do progresso cujos salários sejam salários miseráveis e salários muito baixos”.
BE: “Salários de miséria”
A coordenadora do BE questionou esta quarta-feira como é que vários governantes de PS e PSD insistem que a economia portuguesa “vai bem” se continua a pagar “salários de miséria”.
“Se a economia vai bem, porque é que paga salários de miséria? Se as fortunas aumentaram 23% em 2024, se há cada vez mais milionários, porque é que os salários não aumentam? Porque é que não se reduz o tempo de trabalho? Porque é que não se respeita quem trabalha por turnos?”, questionou Mariana Mortágua, num comício que decorre esta noite no Instituto Português da Juventude de Leiria.
Fernando Rosas apelou ao “voto útil” no BE e deixou críticas ao “monopólio rotativo de PS e PSD” no poder, partidos que não resolvem os “problemas mais prementes” do país.
Para sustentar a sua tese, o histórico bloquista, que regressa às listas do partido mais de uma década depois, começou por deixar lançar uma questão: “Acaso a maioria absoluta do PS resolveu ou começou sequer a resolver o drama da falta de casas e das rendas inacessíveis para os cidadãos comuns? Ou da falta de médicos, enfermeiros, trabalhadores da saúde? Ou das urgências encerradas? Ou da destruição do Serviço Nacional de Saúde por parte da ofensiva privatista que aí vai? Não resolveu, e esse foi, aliás, o seu imperdoável falhanço”, criticou.
Livre ponderadamente radical
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, descreveu o partido como ecologista, radicalmente ponderado, europeu e que fala para ser maioria e não para ser nicho, sendo estas as características que o distingue dos outros.
“Nós falamos, sem exceção, a todos e cada um dos nossos concidadãos. Nós falamos para ser maioria, não falamos para ser nicho“, acentuou Rui Tavares num jantar comício em Braga onde assumiu a ambição de eleger pela primeira vez um deputado, neste caso, o cabeça de lista, Jorge Araújo.
E reforçou: “Nós somos de esquerda, somos do meio da esquerda, não somos certamente um partido centrista, certamente não somos um partido extremista”.
Enquanto ia recebendo aplausos, Rui Tavares vincou que o Livre é um partido radicalmente ponderado, às vezes, quando é necessário, ponderadamente radical.
PAN e os voos noturnos
A porta-voz do PAN defendeu esta quarta-feira um alargamento da proibição dos voos noturnos em Lisboa e criticou a Vinci, empresa concessionária dos aeroportos em Portugal, por não implementar medidas de mitigação do ruído, sublinhando que o Estado está a suportar custos que cabem à concessionária.
Em declarações aos jornalistas no âmbito de um encontro com a plataforma cívica “Aeroporto fora, Lisboa melhora”, na zona do Campo Grande, em Lisboa, Inês de Sousa Real argumentou que é “fundamental promover na próxima legislatura medidas que melhorem a qualidade de vida das populações que são afetadas pelos voos do aeroporto Humberto Delgado”.
A porta-voz do PAN alertou para o impacto da passagem constante dos aviões naquela zona da cidade, apontando que há consequências “não apenas no descanso e na qualidade de vida” de quem lá vive, bem como para o ambiente, devido à “emissão das partículas finas” pelos aviões.
ZAP // Lusa
Mas não há ninguém que meta esta gente na linha, onde anda a PSP, para proibir o “porco no espeto” em Lisboa, eram mais que as mães.
Aqui parece que tem medo desta autêntica “escumalha”. Contra tudo e todos, Carrega Ventura!!!
Não tenho nada contra ciganos .
Tenho contra ciganos que não fazem nada, mamam no estado e traficam droga!