/

Cientistas espanhóis vão investigar interior do vulcão Etna

almogaver / Flickr

Na cratera do Etna

Na cratera do Etna

Cientistas do Instituto Andaluz de Geofísica da Universidade de Granada e do Instituto de Vulcanologia das Canárias (Involcan) vão tentar determinar a estrutura interna em alta resolução do vulcão Etna, o marior e mais activo vulcão na Europa.

A experiência, que será liderada por Jesús Ibáñez, professor catedrático de Física da Terra da Universidade de Granada e chefe da Unidade Funcional de Sismologia Vulcânica Involcan, será pioneira no mundo e está integrada no projecto europeu chamado MEDiterranean SUpersite Volcanoes (MED-SUV) Project.

O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) de Itália coordena o projeto, no qual participam mais de 60 investigadores de Portugal, Itália, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, França, Malta, Rússia, Estados Unidos, México e Espanha.

Segundo o Involcan, uma das grandes inovações do projecto baseia-se na integração e utilização conjunta de dados geofísicos, marinhos e terrestres associados à estrutura interna do vulcão Etna e as Ilhas Eólias.

Involcan.org

Jesús Ibáñez, professor catedrático de Física da Terra da Universidade de Granada

Jesús Ibáñez, professor catedrático de Física da Terra da Universidade de Granada

Com este projecto pretende-se criar uma nova instrumentação geofísica e desenvolver novos sistemas de registo e monitorização de vulcões activos, estando ainda previsto poder induzir artificialmente sinais sísmicos no mar e em terra.

Todos os sinais sísmicos são registados numa rede sísmica de mais de 170 sismógrafos, o que permitirá gravar, na totalidade, mais de um milhão de sismogramas.

Aos sinais sísmicos artificiais vão juntar-se os registos obtidos com terramotos naturais da região, e a combinação e volume de dados, juntamente com o uso de outros dados geofísicos, é algo nunca realizado com nenhum vulcão do mundo, assegura Involcan.

Conjuntamente serão analisados outros dados geofísicos, como o campo magnético e gravimétrico terrestre, e o principal objectivo é obter uma leitura conjunta de todos os dados e conhecer a estrutura tridimensional da litosfera e manto superior da região vulcânica, bem como fazer progressos no conhecimento da dinâmica magmática e eruptiva da região.

Situado na parte oriental da Sicília (Itália), entre as províncias de Messina e Catânia, o Etna é o mais alto vulcão da Europa e um dos mais altos do mundo, tendo estado particularmente activo nas últimas semanas.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.