Uma equipa de cientistas norte-americanos desenvolveu o protótipo de uma bateria de ião lítio recarregável, dobrável, inspirada na forma da coluna humana.
A tecnologia móvel está em constante evolução. Se há uns anos os smartphones não passavam de utopias, nos dias de hoje temos super computadores no bolso. Mas um dos problemas dos smartphones é a sua bateria, ou seja, a sua autonomia.
Neste momento há processadores super rápidos, smartphones com 8GB de memória RAM e ecrãs curvos. Contudo, muitos amantes da tecnologia estão há muito tempo ansiosamente à espera do próximo passo.
Acredita-se que este passo possa vir a ser equipamentos dobráveis – smartphones que rapidamente mudam de forma. A Samsung, ou até a Lenovo, estão alegadamente a trabalhar nesta tecnologia, que é uma forma de tornar os terminais mais úteis e versáteis.
Se há uns anos tudo isto não passava de um sonho, agora cada vez mais esse sonho está perto da realidade. Já há ecrã dobráveis à venda no mercado, mesmo que estejam ainda a ser comercializados em pequena escala.
Um dos problemas de um smartphone dobrável são os seus componentes. Não é propriamente simples criar uma motherboard flexível. Mas pior do que isso, o grande problema é que é quase impossível neste momento termos uma bateria dobrável.
Todavia, um novo estudo, publicado na terça feira na revista Advanced Materials, dá-nos a esperança de que brevemente tudo mude. Segundo a pesquisa, cientistas da Columbia University, em Nova Iorque, desenvolveram um protótipo de uma bateria de ião lítio que pode ser dobrada e que não perde qualidade – ou, no pior dos cenários, não explodirá.
A nova bateria de ião lítio dobrável tem um design idêntico ao das vértebras humanas. É dividida em vários sectores ligados entre si mas independentes, e consegue neste momento uma carga de até 85% da energia de uma bateria normal.
“A densidade energética do nosso protótipo é uma das maiores até agora registadas”, diz o Yuan Yang, líder da equipa de engenheiros que desenvolveu a inovadora bateria, citado pelo site da Columbia University.
“Desenvolvemos uma solução simples e escalável para uma bateria flexível, com excelentes propriedades electroquímicas. Este é um candidato muito promissor a ser a primeira de uma nova geração de baterias de ião lítio”, acrescentou o investigador.
Ainda não há data marcada para ver produtos deste género no mercado, mas ao que tudo indica, a tecnologia está a evoluir a passos largos, e não faltará muito até que tal aconteça.