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Cientistas avisam que “O dia depois de amanhã” pode tornar-se real

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(dr) 20th Century Fox

“O dia depois de amanhã” (“The day after tomorrow”)

O filme “O dia depois de amanhã, de 2004, tem como história o colapso das correntes dos oceanos, devido ao aquecimento global, que gera tsunamis e tempestades cataclísmicas que varrem as grandes cidades mundiais, mudando a face do clima do nosso planeta.

A trama de Hollywood – “The Day After Tomorrow”, em inglês -, que tem Dennis Quaid e Jake Gyllenhaal nos papéis principais, parece pura ficção, mas um novo estudo científico vem relevar que pode mesmo, virar realidade.

Este alerta vem de cientistas norte-americanos do Departamento de Geologia e Geofísica da Universidade de Yale e do Instituto de Oceanografia Scripps da Universidade de San Diego, na Califórnia, nos EUA.

Na investigação publicada no Science Advances, sugere-se que os padrões de circulação dos oceanos podem entrar em colapso, num futuro próximo, o que levaria o hemisfério Norte da Terra a entrar numa Idade do Gelo.

DR Scripps Institution of Oceanography

Cenário de Idade do Gelo no Atlântico Norte após colapso da Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico Norte.

Cenário de Idade do Gelo no Altântico Norte após colapso da Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico Norte

Erro de cálculo nos modelos de projecção climática

A equipa liderada por Wei Liu, do Departamento de Geologia e Geofísica da Universidade de Yale, detectou um viés na maioria dos modelos de projecção climática que exagera a estabilidade do padrão da chamada Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico Norte (AMOC), que leva as águas quentes do Atlântico Sul para o Atlântico Norte.

“Um modelo corrigido em termos de viés coloca a AMOC num regime de estabilidade realística e prevê um futuro colapso da AMOC, com proeminente arrefecimento no norte do Atlântico Norte e áreas vizinhas”, destaca Liu num comunicado divulgado pelo Instituto de Oceanografia Scripps.

Este dado acarreta “enormes implicações para as mudanças climáticas regionais e globais” do planeta, acrescenta o investigador.

A AMOC é um sistema essencial para o equilíbrio do clima da Terra, verificando-se fruto da diferença de temperaturas e de salinidade entre as massas de água dos oceanos, e promove a circulação das correntes entre a superfície e as diferentes profundidades e entre o Pólo Norte e o Equador.

Pode espreitar, no vídeo que se segue, como ocorre a AMOC ou Circulação Termoalina ou Termossalina, como é também conhecida.

Dióxido de carbono pode provocar colapso da Circulação Termoalina

As simulações deste novo estudo alarmante, efectuadas em laboratório, mostraram que as alterações climáticas, como “aumentos dramáticos no dióxido de carbono na atmosfera“, podem provocar o colapso da AMOC, num período de 300 anos.

O elevado nível de dióxido de carbono levaria o Árctico a derreter, o que aumentaria a quantidade de água gelada nos oceanos. Isto levaria à ruptura da AMOC, o que, por seu turno, motivaria o arrefecimento de larga escala no Atlântico Norte, promovendo uma descida de 7 graus centígrados nas temperaturas do ar na superfície no noroeste da Europa, onde se inclui Portugal.

E, mesmo que este cenário possa nunca ocorrer ou venha só a afectar a Terra daqui a umas centenas de anos, é uma possibilidade real e um exemplo de como a ficção pode saltar da tela para as nossas vidas.

SV, ZAP //

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47 Comments

  1. Agora já vai diminuir a temperatura.. E ainda por cima, remetem logo para o medo!
    Agora querem fazer ver que o foi um “erro de cálculo nos modelos de projecção climática”. Deixem-me rir!… Parece que já todos se esqueceram do “Climategate”, onde era claro que estes pseudocientistas aldrabaram os dados, para que desse um aumento de temperatura e assim levar àvante a mentira do “aquecimento global” provocado pelo homem.
    Que vamos entrar numa época de mini-ice age já é conhecido há muito tempo nos media alternativos. E depois esses é que levaram com a etiqueta de fake news.

    • Jules…
      Algo lhe deve ter escapado na notícia… não leu por lá que esse brutal arrefecimento era consequência deste mesmo aquecimento global???!!!… então leia a notícia de novo…
      É bom procurar melhores fontes… porque essa “estória” do “Climategate” já foi desmascarada e o Aquecimento Global mais acelerado do que seria normal para o período em que vivemos é um facto…
      Também toda a gente informada sabe, até por dados paleoclimáticos, que após um período de aquecimento na Terra se segue um período glaciar…
      “Mas não… o clima não tem ficado mais quente… não… não tem ficado rapidamente mais quente do que o normal… que ideia…”

      • Cimate deniers – the comic relievers of the internet. Adoro ler estes comentários de iluminados sobredotados, mais inteligentes que toda a comunidade científica, a mostrar como estas notícias são todas uma alarvice.

        • Caro Rui Alexandre, desafio-o a demonstrar-me que o CO2 é um gás de efeito de estufa que provoca aquecimento global.

          Se aceitar o desafio, e apesar de aqui o Simplório estar muito, muito longe de ser um iluminado sobredotado, também eu aceitarei o desafio de lhe demonstrar a falsidade dos argumentos utilizados por essa dita “comunidade científica” que refere.

          Aceita o desafio?

      • Caro Paulo, não sei se o Jules leu mas eu li e posso dizer-lhe que o estudo efectuado por estes cientistas é absolutamente redundante, não tem nada de novo e apenas serviu para esbanjar dinheiro pois a conclusão a que chegaram é, na verdade, algo que se sabe já há muitos anos.

        De facto, um eventual aquecimento global que derreta o gelo do Árctico pode fazer deslocar a dita corrente para sul ou até mesmo pará-la com graves consequências nomeadamente para a Europa mas esta é a única verdade da notícia e é apenas teórica já que na prática… a história é actualmente bem diferente. Aliás, como já é habitual nestes casos até atiraram com os acontecimentos para daqui a 300 anos quando já cá não estarão para lhes puxarem as orelhas quando se revelar ser mais um acto de futurologia à semelhança de todos os outros estudos a favor do “aquecimento global”.

        Devo admitir que o Paulo, pelo modo como escreve, parece ser alguém de fortes convicções e aparentemente sabedor daquilo que afirma já que o afirma com tanta certeza pelo que talvez queira explicar, se fizer o favor, o que quer dizer com: “o Aquecimento Global mais acelerado do que seria normal para o período em que vivemos é um facto…”
        O quê que o período em que vivemos tem a ver com o caso, no seu entender?
        E, mais acelerado do que seria normal?! Como sabe se é mais acelerado do que o normal? E Já agora, o que seria então normal?

        Se não pelo factos inegáveis ao menos que seja pela lógica e já que o Paulo afirma e muito bem que “após um período de aquecimento na Terra se segue um período glaciar” então compreenderá que o inverso também é verdade, ou seja, também após um período glaciar se segue um período de aquecimento. Lógico, nao é verdade?

        Resta então saber se o caro Paulo tem conhecimento de, imediatamente antes da era industrial ter o seu início, o Emisfério Norte ter estado sob a influência da Pequena Idade do Gelo. Pois, a tão esquecida Pequena Idade do Gelo que terminou em… 1850.
        Terminou a Pequena Idade do Gelo e logo de seguida iniciou-se a era industrial, factos históricos incontestáveis.

        Ora então, o que acontece quando termina uma era glaciar ou, neste caso, uma Pequena Idade do Gelo? Exacto, as temperaturas médias globais aumentam!

        Se, dita a lógica (e os factos), as temperaturas médias globais aumentam quando se sai de uma Idade do Gelo (seja ela Grande ou Pequena) por que carga de água acusam o CO2 de tal aquecimento? Talvez queira explicar-me, ficaria imensamente agradecido.

        • Simplório…
          Desculpe lá mas não lhe vou estar aqui a explicar todos estes ciclos de mudanças climáticas no nosso planeta… aliás porque pela maneira como escreve, também me parece ser capaz de procurar essa informação… posso quanto muito fazer algumas abordagens a alguns assuntos que por aqui levantou…
          Felizmente a história do nosso planeta deixa-nos algumas pistas… especialmente através paleontologia e do paleoclima… é uma questão de “ler” essa informação direita e de fazer alguns estudos (mais algumas contas)…
          Mas vamos lá ver alguns pontos…
          Por acaso o Aquecimento Global não é futurologia… é um facto… está a acontecer agora… os estudos estão aí para quem os quiser ver… pior… podem-se sentir… embora haja sempre gente que queira fazer de conta que não o sente… e não é um Inverno mais frio ou um Verão menos quente que param esse aquecimento (por isso, naturalmente, este Janeiro as suas galinhas e nós todos vamos sentir mais frio que o do ano passado, devido a questões meteorológicas)… nem uma alteração da actividade solar que possa geram uma pequena era glaciar durante este período do ciclo terrestre… porque logo que se normalizem volta tudo ao ponto em que estava ou ainda pior… e não… não estou a falar da pequena “Idade do Gelo” que refere no seu texto… essa “Idade do Gelo” que ocorreu no Hemisfério Norte teve a ver com uma atividade vulcânica razoável que ao “ejetar” para a atmosfera grandes quantidades de poeiras levou a que a radiação solar fosse filtrada e em consequência a temperatura descesse no Hemisfério Norte… mas essa “Idade o Gelo” não parou o período natural de aquecimento em que o planeta já se encontrava desde a última Glaciação (essa “Idade do Gelo” não é uma Glaciação)… apenas lhe provocou uma “pausa” e no referido hemisfério, não de forma tão global como uma Glaciação… logo que as poeiras assentaram, tudo voltou ao seu percurso…
          Outro facto histórico e científico é que esse aquecimento se acelerou após revolução industrial… o que é este aquecimento ser mais acelerado que o normal???… é o facto de o aumento de temperatura que se está a dar em poucos anos ser mais acentuado do que se verifica no estudo do paleoclima da Terra… em que esse aumento de temperatura levaria bem mais tempo… é o facto de a rapidez com que se está a dar o aquecimento, no natural processo evolutivo não permitir que se dê a adaptação das espécies às novas condições…
          E claro que após um período de aquecimento se segue uma glaciação e vice-versa…
          Embora se morra, e muito, com o calor todos os Verões, morre-se muito com o frio nos Invernos… particularmente quando se tem um corpo de clima tropical e se está a viver em regiões temperadas ou frias… muitas das vezes nem com a “batota” da roupa e outras nos safamos… então se as condições forem miseráveis nem se fala…
          Quanto ao Dióxido de Carbono, não lhe vou estar aqui a explicar porque é que ele é um gaz com efeito de estufa… uma Boa pesquisa permite-lhe isso… Claro que há outros gazes com efeito de estufa… desde logo o vapor de água, o ainda pior metano, etc.…
          Nada contra o Efeito de Estufa do nosso planeta… aliás é ele que permite a vida como a conhecemos na Terra… o problema é esse efeito de estufa ir para valores insuportáveis…
          Mas recorrendo à paleontologia e ao paleoclima da Terra vou só falar-lhe de uma coisa… A Extinção do Pérmico-Triássico…
          Não sei se tem conhecimento de qual teria sido a causa mais provável para esta extinção em massa… só a maior que ocorreu no nosso planeta…
          Mas vou só fazer-lhe uma pequena abordagem… no território que hoje conhecemos como Sibéria, terá ocorrido um vulcanismo em larga escala (as provas estão lá para quem as quiser ver)… esta enorme actividade vulcânica teria libertado enormes quantidades de Dióxido de Carbono para a atmosfera (associado a outras particularidades do terreno)… dirá você… mas também libertou poeira que ao taparem a entrada de radiação solar levaram ao arrefecimento da Terra… o que também é verdade… apesar de uma grande parte desta actividade ser efusiva, também houve a emissão de piroclastos para a atmosfera… mas… o pior ainda estava para vir… esta quebra na entrada de radiação solar não leva só à descida da temperatura… leva ao desaparecimento de grande parte dos seres fotossintéticos, que também fica associada a chuvas ácidas globais (comprovada pena enorme quantidade de depósitos de carvão datados desta altura)… imagino que saiba o que ocorre durante a fotossintese… Como é obvio as poeiras não ficam para sempre na atmosfera… acabam por assentar… Também imagino que deduza o que se tenha passado a seguir… alta concentração de Dióxido de Carbono (que goste ou não, é gaz com efeito de estufa… pesquise… não interessa se é o que é mais ou não… é), quer resultante da enorme atividade vulcânica, quer da gigantesca redução de seres fotossintéticos… agora com a radiação a entra à vontade e um efeito de estufa aumentado, a temperatura sobe vertiginosamente… de seguida o golpe de misericórdia… este aumento de temperatura acima do normal leva a um aquecimento do oceano e este a uma libertação em larga escala do Metano que se encontra armazenado nos sedimentos do fundo do oceano diretamente para a atmosfera… gaz com um efeito de estufa muito superior ao do dióxido de carbono… as consequências são deveras conhecidas… extinção de mais de 90% das espécies da altura… e um “golpe de sorte” para os dinossauros (mas isto já é outra história)…
          Já agora… um bocadinho de ironia… a libertação de Metano que estava aprisionado no permafrost, que se tem verificado nos últimos tempos … também deve ser um mito!!!???… teoria da conspiração!!!???… não???!!!…

          • Ops… peço desculpa… mas onde se lê gaz, deve ler-se gás… 🙂
            (É pena não se poder fazer a correção no comentário como a ZAP pode fazer no texto das notícias… mas são as regras do “jogo” :-))

          • Tem razão, aquecimentos globais não são ficção pois, de facto, acontecem nem mesmo são futurologia pois ainda hão-de haver muitos mais no futuro da Terra mas também eu não disse que o eram… o que eu disse é que este estudo da notícia se revelará ser mais um acto de futurologia à semelhança de todos os outros estudos a favor do “aquecimento global”.
            Até agora todos os estudos e respectivas conclusões e previsões acerca de um alegado aquecimento global causado total ou parcialmente pela Humanidade têm sido invariavelmente actos de futurologia que apenas têm servido para manipular a consciência popular.

            Tantas foram as catástrofes previstas há 15 ou 20 anos para estes últimos anos… o derretimento das calotas polares e consequente aumento do nível dos oceanos o que inundaria vastas regiões litorais incluindo aquelas onde se encontram grandes cidades ou importantes terrenos agrícolas e ainda que centenas de ilhas habitadas iriam desaparecer submersas pelas implacáveis águas, não esquecendo os desertos que iriam conquistar vastas regiões do sul da Europa ou os trópicos que se expandiriam para norte e com eles viriam as doenças tropicais que passariam a ser um flagelo entre nós europeus ou ainda, uma das mais famosas, que os ursos polares iriam desaparecer! Pois bem, quantas destas catástrofes se realizaram? Ou outras…

            Quanto ao Aquecimento Global estar a fazer-se sentir (ou a “acontecer agora”)… só depende da escala de tempo considerada. Se considerarmos os últimos 10 ou 15 mil anos então estamos definitivamente a viver um período de aquecimento global, isso é mais do que óbvio. Se considerarmos todo o período desde 1850 também podemos considerar estarmos agora num período de aquecimento mas se considerarmos apenas os últimos 20 anos então estamos num período de relativa estabilização. Quanto ao futuro… a ver vamos.

            É interessante ver que do seu ponto de vista nada irá parar o aquecimento global que diz estar a acontecer agora… nem mesmo que a actual diminuição da actividade solar provoque “uma pequena era glaciar durante este período do ciclo terrestre”!
            “Era glaciar”, disse o Paulo! Não posso deixar de me sentir curioso sobre o que será preciso para parar definitivamente este seu muito especial aquecimento global que até resiste a uma era glaciar!
            É como se o Paulo admitisse que o Sol tem um impacto severo no clima terrestre ao poder ser responsável por “uma pequena era glaciar durante este período do ciclo terrestre” mas, ao mesmo tempo, não lhe reconhecesse grande importância já que do seu aparente ponto de vista nem a diminuição da actividade solar seria capaz de parar este seu aquecimento global que insinua assim estar completamente desgovernado. Um bocadinho contraditório, parece-me.

            Relativamente à Pequena Idade do Gelo realmente há quem defenda com unhas e dentes
            (como é o caso, por exemplo, destes cientistas
            http://www.livescience.com/18205-ice-age-volcanoes-sea-ice.html )
            …as conclusões dos seus próprios estudos que vêem nos vulcões os únicos responsáveis por tal resfriamento desvalorizando ainda e completamente a influência do Sol mesmo quando a contagem de manchas solares que mostra uma diminuição da actividade solar, coincide com esse pequeno retrocesso das temperaturas desse período.
            Retrocesso e não “pausa” como o Paulo disse, não houve estabilização mas sim diminuição das temperaturas sentidas.

            Quanto a mim, eu sei perfeitamente que os vulcões têm influência no clima mas também não sou assim tão tolo para descartar tão levianamente (como certos cientistas) a óbvia influência do Sol.

            A extinção em massa que refere… sim, já tinha conhecimento. Também vi o documentário!

            E ainda bem que me lembra a questão do aquecimento dos oceanos, agradeço.
            Além do metano que lá está, sabe o que também por lá está em enormes quantidades?
            Dióxido de carbono.
            Sabe de onde vem o CO2 que em todas as eras interglaciais se encontra na atmosfera?
            Dos oceanos, na sua esmagadora maioria.
            E o que aparece primeiro nestas eras interglaciares? O aumento da temperatura ou o aumento da concentração de CO2 na atmosfera? Veja o gráfico seguinte
            http://www.geocraft.com/WVFossils/PageMill_Images/image277.gif

            Eu vejo, por exemplo, que há uns 390 milhões de anos, a concentração de CO2 que estava nas 4000 ppm caiu vertiginosamente (em termos geológicos) mas a temperatura não sofreu grande queda e, apesar da muito mais baixa concentração de CO2, manteve-se alta ainda durante muito mais tempo. Algo não muito diferente voltou a acontecer a partir de há 150 milhões de anos.

            Vejo também que há cerca de 280 milhões de anos o que começou a subir primeiro foi a temperatura e só depois a concentração de CO2 na atmosfera.

            E não é que, afinal, o que o estudo do paleoclima mostra é que a concentração de CO2 na atmosfera não é uma causa mas sim uma consequência do aquecimento global! Extraordinário, não é verdade?

            E finalmente, só por curiosidade… o que eu vejo também é que a temperatura do ano zero do gráfico é muitíssimo mais baixa que em outros períodos anteriores. Muitíssimo mais baixa!

            Relativamente ao metano, não se esqueça de adicionar as albufeiras das barragens hidroeléctricas à lista de locais de onde ele se liberta ou que este é também um subproduto da alimentação (ou será digestão?) de incontáveis animais.

            Para não nos perdermos no contexto, desta vez tenho de copiar para aqui uma pequena parte do seu texto:
            “Outro facto histórico e científico é que esse aquecimento se acelerou após revolução industrial… o que é este aquecimento ser mais acelerado que o normal???… é o facto de o aumento de temperatura que se está a dar em poucos anos ser mais acentuado do que se verifica no estudo do paleoclima da Terra… em que esse aumento de temperatura levaria bem mais tempo”

            Analise bem o seguinte gráfico
            https://kaiserscience.files.wordpress.com/2015/05/climate-swings-of-the-past-12000-years.jpg
            …e veja se é mesmo, mesmo assim como disse.

            Quando comparado com os restantes períodos quentes dos últimos 10.000 anos, não vejo que haja actualmente um aquecimento “mais acelerado que o normal” ou “mais acentuado”… como diz. Parece-me tudo perfeitamente dentro do normal.

            Se ainda está com dúvidas veja então este numa escala de tempo maior
            https://kaiserscience.files.wordpress.com/2015/05/minor-ice-ages-during-past-450000-years.gif
            Quando comparado com os períodos interglaciais dos últimos 450.000 anos o actual período quente nem sequer é o mais quente!

            A pergunta mais importante que lhe fiz está no último parágrafo do meu comentário anterior e é esta:
            «(…) por que carga de água acusam o CO2 de tal aquecimento? »

            …mas aqui o Paulo simplesmente mandou-me ‘passear’, não faz mal… ou pesquisar por mim (que vai dar ao mesmo), preferindo dar-me a lista dos habituais suspeitos.
            Ora, listar os tais gases toda a gente sabe fazer… explicar por que razão estes cientistas da notícia (e outros) consideram o CO2 um gás de efeito de estufa é que é mais difícil. E aqui está um dos problemas, as pessoas simplesmente aceitam essa informação como verdadeira sem fazerem ideia de qual é a explicação disso e, claro, sem fazerem ideia se tal explicação seria razoável ou sequer se faria algum sentido e esclareço já que me sinto perfeitamente confortável para dizer isto porque até há algum tempo, também eu não fazia ideia. Também passei anos e anos a ouvir tal alegação e a aceitá-la como verdadeira tal como a maioria das pessoas… mas isso obviamente acabou.

            AH! E, a não ser que me seja pedido, também eu não vou dar essa explicação. Não me cabe a mim. Afinal, como disse o “Rui Alexandre” ali mais para cima no seu comentário, eu até sou um “negador climático”, não é verdade? Como se eu andasse aqui a negar o clima…

            Ao invés dessa explicação que não me cabe propriamente a mim prefiro outras explicações, outras afirmações que não faço exactamente de ânimo leve pois já sei as reacções que levo daqui mas ao fazê-las sei que as posso fundamentar. Sei que posso prová-las recorrendo às leis da Física, mais propriamente às leis da Mecânica dos Fluídos.

            Ora então:

            O grande vilão que dizem ser o CO2 não é, na verdade, vilão nenhum pois não tem qualquer propriedade especial que lhe confira um efeito de estufa. Os restantes gases da lista… idem. Nenhum gás em particular que exista na atmosfera tem qualquer propriedade que lhe confira um efeito de estufa.

            Já deve ter reparado onde quero chegar: se nenhum gás tem qualquer propriedade que lhe confira um efeito de estufa então… não existe efeito de estufa. O tal “Efeito de estufa” que há tantos anos nos andam a vender…

            E, mais uma vez, sim, posso provar aquilo que afirmo.

            Para grande alívio do ZAP que tem de ler isto tudo e porque já estou há demasiado tempo a escrever comentários (deixei este para o fim) e também porque aqui ao fim-de-semana também se trabalha deixo apenas mais umas afirmações mas menos polémicas que as anteriores e o resto terá de ficar para outro dia.

            O aquecimento do nosso planeta ou de qualquer outro planeta ou objecto do sistema solar depende apenas de uns quantos factores primordiais:

            – da quantidade de energia recebida do Sol;
            – da sua própria energia interna;
            – da pressão da sua eventual atmosfera;
            – e da eventual presença de nuvens ou outros elementos que bloqueiem a passagem da radiação solar ou a reflictam de volta para o espaço;

            Tudo o resto que aconteça, no que ao clima diz respeito, depende, em última análise, apenas destes factores. Se há alterações no clima é apenas porque um ou mais destes factores sofreu algum tipo de alteração. Qualquer outro agente em acção que não esteja incluído num destes factores não tem qualquer influência sobre o clima.

  2. O que eu noto é de ano para ano as temperaturas a aumentar e parece-me estar-mos mais próximos de uma desertificação do que de outra coisa, no entanto os políticos vão apostando no fabrico de armas e em guerras porque é muito mais lucrativo, o futuro e não estará muito distante se encarregará de dar a resposta quando já não houver recurso a inversão de marcha!.

    • Pois, caro Vasco, aqui o Simplório apenas nota um mês de Janeiro bastante frio. Eu e, claro, as galinhas que ali tenho no quintal que este Inverno até preferem passar os dias dentro do galinheiro.

      Já agora, sabe quais são as consequências deste frio? Infelizmente, muitos milhares de mortes por essa Europa fora e ainda mais este ano do que em alguns dos anos anteriores.

      Não, não são apenas umas dezenas como tem vindo nas notícias. Todos os anos morrem muitos milhares de pessoas não apenas de frio mas também das inúmeras doenças relacionadas com o frio ou ainda dos mais variados tipos de acidentes que têm como causa original o frio.

      Morrem incomparavelmente mais pessoas por causa do frio do Inverno do que do calor do Verão e, no entanto, haver tanta gente a mostrar-se preocupada com uma ligeiríssima subida da temperatura média global ao longo dos últimos 150 anos em vez de se preocuparem com a descida de temperatura que ocorre todos os Invernos na ordem dos 10, 15, 20 ou 30 graus centígrados ou, dependendo do país, até mais… é de bradar aos céus e perguntar “Onde é que esta gente tem a cabeça?!”

      Quanto aos políticos, nesta história, no que eles vão apostando é na cobrança dos muitos impostos que inventaram nos últimos anos à custa do CO2 o que, obviamente, é uma das razões por que lhes dá tanto jeito mostrarem-se preocupados com o alegado “aquecimento global” agora convenientemente mais conhecido por “alterações climáticas” que sempre é mais abrangente e pode incluir todos os fenómenos naturais que entenderem na sua livre imaginação.

  3. Ó homem você está como as galinhas que tem no galinheiro a ficar alérgico ao frio, as temperaturas que refere é normal descerem todos os invernos sempre mais ou menos dentro desses parâmetros o mal está que e se verificar bem os invernos a ficarem também eles cada vez mais curtos com menos dias de chuva e frio, já este mês de Janeiro tivemos dias bastante quentes anormais para a época.

      • Paulo SR a sua resposta pela parte que me toca, foi extensa mas muito elucidativa e por isso valiosa.
        Sem me cansar li-a com muito gosto e agradeço.
        E já agora, para quem não saiba, os Invernos começavam por volta de meados do mês de Novembro e iam quase até Março. Mas eram invernos a sério. Lagos e laguinhos criavam camadas de gelo que se podia andar por cima sem quebrar.
        Era o frio e, as chuvas, tantas e por tanto tempo, faziam que as abas dos chapéus dos pastores criassem lismos.
        Estes invernos agora, ano após ano, progressivamente, cada vez mais, não têm nada a ver com o que eram, progressivamente, desde há 60, 50, e mesmo 40 anos atrás.

        • Obrigado pela parte que me toca… 🙂 … só lamento, quando agora passei rapidamente os olhos pelo texto, ter cometido o erro de em vez de gás, ter escrito gaz por diversas vezes… :-/
          Sim é verdade o que diz… e se se recorrer à memória dos nossos pais e mais ainda dos nossos avós… as coisas ficam ainda mais claras…
          Há gente que se recorda em Bragança, por exemplo, de os rios congelarem ao ponto de se poder passar de uma margem para a outra com os carros de bois por cima do gelo em vez de se ter que ir à volta pela ponte…
          Mas não… não há aquecimento global… que ideia… (modo irónico ligado)

          • Caro Paulo, se essa ironia da sua última frase se destina a mim então deixe-me dizer-lhe que ou está a fazer confusão ou esteve um pouquinho desatento quando leu os meus comentários pois eu nunca neguei ter havido um recente aquecimento global. O que eu digo é que actualmente e desde há cerca de 20 anos as temperaturas médias globais estão relativamente estabilizadas. Quanto ao que eu realmente nego é que a humanidade tenha algum tipo de envolvimento ou responsabilidade perante o aquecimento que se verificou após 1850.

        • Resposta ao “Sou eu”:
          Sim, também eu me lembro de ver a água na rua a congelar e não apenas em zonas interiores onde isso continua a ser perfeitamente comum mas em zonas do litoral e claro, quem não viu já fotos antigas nomeadamente de Lisboa “coberta” de neve ou até mesmo do Algarve… mas por outro lado, também tivemos muito recentemente esta notícia
          http://zap.aeiou.pt/37-anos-voltou-nevar-no-deserto-do-sahara-142470

          Nevou agora nesse deserto assim já tinha nevado há 37 anos sendo pelos vistos também um fenómeno recorrente até mesmo nestes tempos que dizem ser de progressivo aquecimento global.

          Claro que não devemos confundir o tempo que faz localmente com clima que são coisas diferentes mas por isso mesmo devemos também lembrar-nos que até finais da década de 70 o mundo passou por um ciclo de arrefecimento global pelo que não é então de admirar que nessa altura e até pela década de 80 a dentro os Invernos fossem mais rigorosos e duradouros.

          • Simplório…
            Como já se tornava impossível responder-lhe no comentário acima… respondi-lhe em baixo…

    • Resposta ao “Vasco”:
      Hmmm… dias bastante quentes anormais para a época, este mês de Janeiro? Talvez na sua zona mas infelizmente não na minha! Seja como for, nesse caso, então e os dias bastante mais frios também anormais para a época, não contam? Deveriam… penso eu.

      São variações perfeitamente normais que ocorrem todos os anos (tem toda a razão nisso) mas, por alguma estranhíssima razão, só o tempo demasiado quente é lembrado enquanto o tempo demasiado frio é completamente desvalorizado como se vê agora com quase todos os meios de comunicação a noticiarem apenas umas meras dezenas de mortes causadas pelo frio em toda a Europa quando o problema é muitíssimo mais grave com o excesso de mortes nesta altura do ano a ser muito superior ao de qualquer outra altura.
      Parece-me ser este um problema muito mais preocupante do que qualquer eventual aquecimento global que venha a acontecer algures no futuro e para o qual tanto somos prevenidos em relação às suas “mais que certas” catástrofes, contra o qual absolutamente nada se pode fazer e para o qual tanto dinheirinho é canalizado quando todo esse financiamento faz muito mais falta para resolver os reais problemas de saúde pública e de segurança do presente causados pelo frio.

      Invernos a ficar mais curtos e com menos chuva? Sim, se tivermos como termo de comparação o que se passava até finais dos dos anos 70 e inícios dos anos 80… mas, mesmo agora, então e aquelas ocasionais semanas de Junho a Setembro de temperaturas mais baixas e até mesmo com períodos de chuva que apanha muita gente desprevenida (chegando até a expulsar as pessoas das praias), significa o quê? Que os Verões estão a ficar maiores?
      O tempo que faz em determinado local nunca é muito certinho mas também não pende apenas só para o lado do calor.

      Talvez o Vasco escreva o seu comentário tendo ainda em mente aquelas notícias que a partir de Maio ou Junho de 2015 passaram a ser quase mensais em antecipação à COP21… notícias a darem-nos conta que todos os meses eram batidos novos recordes de temperatura desde que havia registos. Pura ficção, ou mentira (se preferir uma linguagem mais directa) como poderá mais uma vez verificar no gráfico da seguinte página, feito a partir das temperaturas medidas por satélite até Dezembro último:
      http://www.drroyspencer.com/wp-content/uploads/UAH_LT_1979_thru_December_2016_v6.jpg
      (se não viu o que lhe forneci há 2 meses talvez queira aproveitar e ver agora este)

  4. Mas estão correctos! Quando os polos descongelarem-se ira existir uma serie de cataquismos que ira provocar novamente e idade do gelo. Mas isso é normal é o ciclo da terra. O que provocou a idade do gelo, foi o ciclo das correntes maritimas quentes e frias. com um culminar de erupçoes vulcanicas, em parte devido ao ultimo aquecimento em era. Pois aqui ninguem fala da Era do Aqecimento, mas falam da Era do Gelo. As Eras do Gelo vem sempre seguidas das Eras dos Aqueciementos! é um ciclo! Puramente normal isso vir acontecer. So esqeremos é que o aquecimento Global, não desperte os grandes super vulcoes adormecidos, pois tambem ninguem na ciencia gosta de puxar por esse assunto. As eras do Gelo fazem adormecer as actividades sismicas tanbe! E adivinhem o que vai acontecer quando quase terminar os degelos? 🙂

  5. Fico espantado com a quantidade de cientistas que por aí andam à solta. Sabem de tudo: vulcões, correntes, água doce e salgada, quente ou gelada, galinhas, patos e outras aves de capoeira, vejam bem, até de ovos eles sabem.
    Só da língua de Camões é que estão um pouco curtos!
    Serão crianças? Serão adultos?
    Não sei, mas divertem-me de tal maneira,
    ao dizerem tanta trampa ao dizerem tanta asneira,
    que ainda os espero ver
    a debitarem saber
    seja bom ou seja imundo
    ao novo dono, deste tão pobre mundo.

    • “JP”, até parece um trovador! E agradeço o seu especial contributo para a discussão. Aqui no sítio onde vivo também temos pessoas como o JP. Geralmente ou são as comadres ou então os velhotes que nunca fizeram nada de jeito na vida mas que agora todos os dias se sentam ou na esplanada do café ou no jardim a jogar à sueca e a dizer mal de toda a gente e então quando se intrometem em conversa alheia… ó caro JP, são carroceiros até dizer basta pois nunca é para dizerem algo de construtivo mas apenas para deitarem abaixo. Personagens absolutamente adoráveis!!!

  6. Bem, uma coisa é certa é que, DEPOIS DE AMANHÃ, VEM OUTRO DIA, LOGO, “O DIA DEPOIS DE AMANHÔ CHEGARÁ CERTAMENTE.
    LOOOOOOOOOOOOOLLLLLL
    😛 😛 :-P. :-P. 😛

  7. Tantos textos e teorias aqui escritas nos comentários que eu só chego a uma conclusão: Seja de frio, de calor, de CO2 ou do dióxido de carbono um dia morreremos todos portanto é escusado estarem a chatearem-se por causa disso!

    Só vivemos uma vez, portanto sejam felizes…

  8. Simplório…
    Bem… ainda estive a pensar se iria continuar neste debate ou não… até porque por aqui também se trabalha… tenho sempre documentos para tratar e aulas para preparar… Mas, depois de um texto tão extenso, achei que seria uma falta de respeito não o fazer… eu já julgava que escrevia demais… mas o Simplório consegui bater-me… 🙂
    Mas vamos lá…
    Antes de mais devo concordar com a resposta que mandou ali a um “incomodado” que se o está/estava então devia abster-se de comentar e ir “trovar” lá para outro lado…
    Para não haver mais confusão e aproveitamento de termos, vamos chamar, como se deve, ao período em que nos encontramos de inter-glaciar e ao aquecimento do planeta em resultado da atividade do Ser Humano de Aquecimento-Global, aquele em que você não acredita.
    Não acredita e diz que as consequências dele não se verificam… pois bem… o aumento do nível dos oceanos não está a acontecer… certo???!!!… mas então seria bom ir perguntar aos povos das Maldivas, Tuvalu, etc., o que pensam desta afirmação… e por favor não me venham com a teoria da erosão que se sabe bem que não é o caso… Espero que tal como parece que vou ter que fazer mais à frente com outro assunto de que me acusou de o ter mandado “passear” por não ter respondido, por eu achar que o tema está mais que documentado, que não me peça também para lhe explicar porque esse aumento é desigual nos diferentes oceanos apesar de eles estarem todos ligados (que isto obviamente já vai ficar longo que baste)… aliás é desigual no mesmo oceano como já se verifica no nosso Atlântico…
    O aquecimento e o degelo acentuados do Ártico também não estão a acontecer???!!!… Mas o facto de na Islândia se ter conseguido algo impensável até há poucos anos atrás, que foi conseguir ter-se as primeiras produções de cereais… algo nunca visto pelas razões obvias nessa parte do mundo… e não teria sido obviamente pela preguiça dos islandeses… O degelo acentuado Ártico é um facto tão descaradamente óbvio que os Ursos Polares estão a perder o habitat… ao ponto de se encontrarem e cruzarem com Ursos Pardos produzindo híbridos… e isto porque os Ursos Pardos estão a conseguir ir mais para Norte e os Ursos Polares a ter que ficar mais tempo em terra… O facto de as Focas Aneladas estarem a ter cada vez mais problemas em reproduzirem-se, por não conseguirem ter gelo suficiente para criar a galerias onde têm e guardam as crias…
    Ainda quanto a aquecimento e já agora acidificação dos oceanos que está a levar à morte em larga escala de recifes de coral… por exemplo na Grande Barreira… também não está a acontecer???!!!… etc., etc., etc.…
    Pois o problema é esse mesmo… escala de tempo… é que o aquecimento atual está a dar-se numa escala de tempo muito mais curta do que aconteceu no passado num período inter-glaciar e o registo paleoclimático e paleontológico alertam-nos para o perigo de tal…
    Nunca disse (nem tinha atrevimento para tal) que nada irá parar o atual período de aquecimento… a história da Terra prova-nos isso mesmo… O problema está no tempo que se vai levar a chegar a esse fim… pondo em causa o natural processo evolutivo por não permitir que se dê a adaptação das espécies às novas condições… Que a vida no planeta vai acabar… não me aparece… mas não gostaria de chegar (ou que os meus descendente cheguem) ao estado em que o planeta estava no início do Triássico…
    Nem teria o atrevimento de dizer que a atividade do Sol não influencia o clima da Terra… pois é dos principais responsáveis pelo nosso clima…
    Quando falei em “pausa”, na falta de um termo melhor, foi isso mesmo que eu quis dizer e não retrocesso… porque me quis referir a uma “pausa” no período inter-glaciar, pois mal passou o efeito da erupção vulcânica (que pelo que parece você não acredita ou desvaloriza nessa Pequena Idade do Gelo) voltou-se ao percurso normal de aquecimento até começar a maior influencia antrópica e lá se foi o normal…
    Quanto à Extinção do Pérmico-Triássico não conheço o documentário de que fala, estudei e vi documentos sobre a mesma… mas vou procurar o referido documentário… ter-me escapado tal, é mau…
    Mas falando ainda desta… é bom que acredite na influência de vulcões no clima, pois é neste período de passagem entre o Pérmico e o Triássico que se verifica que mesmo após um arrefecimento da terra devido à ejeção de piroclastos na atmosfera não se conseguiu parar a “bomba-relógio” que já tinha sido posta em marcha com a ejeção nessa mesma atmosfera dos gases com efeito de estufa (acredite ou não neles)… pois logo que assentaram as cinzas vulcânicas o aquecimento deu-se de tal forma que não deu grandes hipóteses à maioria dos seres vivos… ou seja, tão rápido que, como já referi, pôs em causa o natural processo evolutivo não permitindo que se desse a adaptação das espécies às novas condições…
    Quanto ao aumento da temperatura, aumento do CO2, oceanos, etc.… Já ouviu certamente falar de feedback positivo… certo???… pois bem… aumento da temperatura leva não só uma diminuição da capacidade do oceano dissolver CO2 como também por exemplo a aumento da taxa respiratória que por sua vez leva a aumento de CO2 na atmosfera, que por sua vez leva a um aumento do efeito de estufa e consequente aumento da temperatura e assim sucessivamente… e estou apenas a falar de uma situação normal sem intervenção dos Seres Humanos, com as suas atividades agropecuárias, queimas dos mais diversos combustíveis etc.… imagine-se com estas atividades a contar também…
    Mas para já ainda temos os oceanos com a capacidade de dissolver CO2 (razão porque possivelmente ainda não temos mais CO2 na atmosfera),essa dissolução de CO2 (a mais) já começou a acidificar as águas dos oceanos que associado a aumentos de temperatura já está a matar corais em larga escala…
    Sim… o metano tem essas fontes todas… mas eu quis dar ênfase à sua libertação dos locais onde ele estava “guardado” e “sossegado”… mas eu já nem falo dele que tem um potencial global de aquecimento muito superior ao do CO2… então aí é que a coisa fica mesmo feia… as espécies do final do Pérmico “contariam bem essa história”…
    Quanto aos seus gráficos, na escala temporal em que estão, fica difícil ver os últimos anos… e não… não me vá para uma escala de tempo maior… numa escala de tempo menor, percebe-se melhor os últimos anos… Neste que enviou http://www.geocraft.com/WVFossils/PageMill_Images/image277.gif porque está em milhões de anos (600), fica difícil… e mesmo neste https://kaiserscience.files.wordpress.com/2015/05/climate-swings-of-the-past-12000-years.jpg porque está em de 12.000 anos, também… mas eu atrevia-me a dizer que neste último, mesmo lá no finzinho (tempo 0) encontraria a sua resposta com aquela subida abrupta da linha da temperatura dos cerca de 15,5 para os cerca de 15,7ºC… será uma mancha no gráfico???… problema de cores???!!!… Ok… vamos então ver um gráfico com apenas a escala temporal de 1.000 anos… http://www.ipcc.ch/ipccreports/tar/wg1/images/figspm-1.gif … Hum… afinal não era um problema no seu gráfico… há mesmo ali uma subida abrupta da temperatura nos últimos anos… mas o “vilão” não é a atividade humana… não… claro que não…
    Tirando o conhecimentos dos ciclos climáticos do nosso planeta… que me interessa que a temperatura do nosso planeta tenha sido muito mais alta que a atual, se não é nesse tempo que eu vivo, com aquelas espécies e adaptadas aquele ambiente???!!!… A minha preocupação, que devia ser a de todos, é com a minha espécie e as espécies do meu tempo, deste período geológico e adaptadas a ele… ou quanto muito espécies que delas descendam numa adaptação/evolução normal… não é com as espécies que estiveram adaptadas a outros climas/ambientes… ou será que ainda ninguém percebeu qual é realmente o principal problema???!!!…
    Quanto a não haver Efeito de Estufa só pode estar a brincar!!!… Se é exatamente o Efeito de Estufa natural, juntamente com outros factores, que permite existir vida tal como a conhecemos no nosso planeta… que permite entre outras coisas que tenhamos a temperatura média que temos, sem grandes variações entre a temperatura diurna e a noturna… Nem vivendo no nosso clima dá para perceber isso???!!!… será que nunca se apercebeu desse efeito a funcionar especialmente durante o inverno???!!!… pois na minha região digo-lhe que me apercebo bem dele… agora que os dias têm estado limpos, embora as temperaturas durante o dia até cheguem a valores bem agradáveis, durante a noite descem para valores bem desagradáveis… exatamente devido a esse efeito de estufa “diminuído” pelas condições meteorológicas… já há uns dias atrás quando os dias estiveram encobertos e havia mais humidade no ar (vapor de água é outro gás com efeito de estufa), embora as temperaturas diurnas não fossem tão altas, não havia grande variação para as temperaturas noturnas, nem estas eram tão baixas… Já nem referindo (já estou a referir 🙂 ) a situação do deserto para ver o que o baixo efeito de estufa faz ao longo de 24 horas… as grandes amplitudes térmicas… Nunca se pôs o problema no Efeito de Estufa… o problema está em levar esse Efeito de Estufa para valores exagerados e de forma “acelerada”… que é o que se passa na actualidade de forma preocupante…
    Só mais um aparte que isto já vai muito longo… quando refere “– da sua própria energia interna;… no nosso planeta o efeito da temperatura interna na actualidade (e desde há muitos Milhões de anos) na atmosfera é residual, para não dizer praticamente nula… só e muito localmente na atividade vulcânica e termal… o que é o mesmo que nada no contexto geral… E já nem vou desmontar essa da “pressão atmosférica”, porque recorrendo à formula da lei dos gases PV=kNT isso é muito fácil de desmontar…
    E pela extensão que já leva este texto, estou a ver que um dia destes a ZAP nos começa a censurar por causa do espaço ocupado… e porque já é tarde para caramba… vamos então à sua “acusação” de que o mandei “passear”…
    Então de uma forma simples vou tentar explicar aqui sucintamente porque o CO2 é considerado um gás que contribui para o efeito de estufa… Para que uma molécula contribua para o efeito de estufa ela tem que ser capaz de reter radiação infravermelha… para uma molécula ser capaz de o fazer, ela tem que resultar da ligação de três ou mais átomos… o que não é o caso do O2 ou do N2, os dois gases mais abundantes na nossa atmosfera… mas é o caso CO2, H2O, CH4, O3, etc.… e fazem-no porque vibram na frequência dos infravermelhos e aquecem a atmosfera, porque irradiando em todas as direções os infravermelhos que interceptaram…
    Mas uma experiência simples, que qualquer aluno do ensino básico consegue fazer, demonstra que o CO2 é um gás com efeito de estufa, por exemplo https://www.youtube.com/watch?v=kwtt51gvaJQ … Posso-lhe dizer que já fiz em laboratório a experiência com alunos, mas com uma ligeira alteração… o CO2 foi colocado dentro do recipiente mas sem ser sobre pressão… foi feito de forma que ficasse à mesma pressão que o recipiente de controlo… exatamente pra evitar o outro “habitual suspeito”… a pressão Atmosférica… e espanto!!!… os resultados foram semelhantes aos do vídeo…
    É bom lembrar que o aumento da temperatura leva a outro fenómeno de feedback positivo… em que quanto mais se aquece a atmosfera mais ela é capaz de reter vapor de água (fácil de comprovar utilizando a Equação de Clausius-Clapeyron), como a água é um dos gases que contribui para o efeito de estufa, permite um aumento da temperatura e por aí vai…
    É preciso não esquecer uma coisa… nós já estamos num ponto em que as alterações climáticas são visíveis em tempo de vida humano… já não é uma questão de gerações… é mesmo dentro da mesma geração…

    • Perfeitamente natural que tenha pensado se deveria continuar neste debate, eu mesmo, por vezes também me pergunto se realmente vale a pena pois o mais frequente é as pessoas virarem as costas ao assunto e nem sequer quererem saber do outro ponto de vista. Ainda bem que decidiu ficar por este tópico por mais um bocadinho.

      Também não era minha intenção demorar a responder mas não é um assunto fácil de explicar de um modo simples e o mais organizado possível para que fique compreensível não apenas para mim (na minha cabeça) mas para qualquer pessoa que eventualmente venha a ler todo este palavreado.
      E agora, com a sua resposta ao Jules a que eu não resisto comentar, um pouco maior foi a demora.


      «Aumento do nível dos oceanos»

      O Paulo refere os povos das Maldivas, Tuvalu, etc. que foram afectados pela subida do nível dos oceanos mas um pouco mais à frente afirma que esse aumento é desigual…
      Pois não só esse aumento é desigual como também há zonas onde não houve alteração e ainda outras onde houve diminuição dos respectivos níveis.

      A este respeito, se tiver tempo, talvez queira ler o seguinte texto
      http://www.john-daly.com/ges/msl-rept.htm
      e o respectivo apêndice
      http://www.john-daly.com/ges/appendix.htm

      De esclarecer (sim, fui ver) que as
      “Maldivas consistem de, aproximadamente, 1990 ilhas de coral, agrupadas em uma cadeia de 26 atóis”
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Maldivas

      Quanto a Tuvalu
      “Tuvalu é um grupo de nove atóis coralinos”
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuvalu

      E os atóis são
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Atol
      (esclarecedora a animação do lado direito)


      «aquecimento e o degelo acentuados do Ártico (…) Islândia»

      A Islândia não é propriamente a Gronelândia… mas ainda bem que conseguiram ter as primeiras produções de cereais, ainda não tinha conhecimento disso. Que assim seja por muitos e muitos anos.

      Contra o qual eu me indigno são aquelas previsões catastróficas que muitos ditos cientistas previram, das quais eu dei alguns exemplos, e que, obviamente, não aconteceram.
      Fizeram modelos climáticos para prever o que iria acontecer muito antes de saberem todos os “agentes” intervenientes no clima à escala global e ainda hoje estão muito longe de os saber a todos e mesmo assim deram e continuam a dar previsões catastróficas como garantidas e sempre para um futuro muito próximo.

      O urso polar que em tempos foi previsto ficar extinto algures para os anos em que agora vivemos também não se extinguiu e ainda bem. Apenas mudou de hábitos como muito bem refere.

      Desconheço o caso das focas-aneladas mas, segundo o que acabei de ver na Wikipédia, não parecem estar nada mal.
      https://pt.wikipedia.org/wiki/Foca-anelada

      Em relação ao degelo do Árctico, aqui tem o ciclo natural em plena acção, a evolução do manto de gelo no Árctico de 1978 a 2006:
      http://arctic.atmos.uiuc.edu/cryosphere/all.final.1978-2006.mov
      e
      http://arctic.atmos.uiuc.edu/cryosphere/all.final.2001-2006.mov
      Por vezes, o gelo recua tão rapidamente que até parece que vai desaparecer para logo depois aumentar e preencher quase todo a região do Árctico!

      Não, eu não nego que, ao longo dos últimos anos e para já, a tendência geral tenha sido para o derretimento do gelo existente no Árctico mas o Antárctico tem compensado bem esse degelo com a acumulação que lá tem havido.
      https://www.youtube.com/watch?v=y5z-wXI4l90


      «escala de tempo»

      Utilizei aqui gráficos com aquela escala de tempo, nomeadamente o gráfico dos 600 milhões de anos, porque só àquela escala se torna claro que o CO2 não tem influência na temperatura sugerindo ainda fortemente que o aumento da concentração de CO2 na atmosfera é uma consequência do aquecimento global e não uma sua causa. Só àquela escala é possível ver que mesmo que a concentração de CO2 na atmosfera suba (há 550 milhões de anos)… ou desça (há 530 e há 140 milhões de anos)… drasticamente a temperatura mantém-se igual à que estava antes da variação do CO2 (ou até aumenta) por muitos mais milhões de anos.
      São, creio, os exemplos mais óbvios de que a maior ou menor concentração de CO2 na atmosfera não só não influencia a sua temperatura como nem em sonhos (diria eu) seria capaz de dar início a um efeito de estufa descontrolado.
      O Paulo, no meu entender incompreensivelmente, por mais que defenda o uso da paleoclimatologia desvaloriza, no entanto, estes gráficos e prefere gráficos de apenas dos últimos anos.


      «acidificação dos oceanos»

      O Paulo diz que o aumento da temperatura leva a “uma diminuição da capacidade do oceano dissolver CO2″… certíssimo, mas sendo assim então porquê preocupar-se com a alegada acidificação em curso por causa do aumento do CO2 na atmosfera se, devido ao tal “Aquecimento-Global”, este até tem maior dificuldade em dissolver-se no oceano? Talvez diga que se dissolve na mesma mas em menor quantidade…

      Neste aspecto o que eu digo é que, apesar de concordar que o aumento da temperatura leva a uma diminuição da capacidade dos oceanos dissolverem o CO2, não é apenas uma simples capacidade de dissolver mas, mais do que isso, um diminuição da capacidade de armazenar o CO2 que já lá está. Ou seja, é o aumento da temperatura global que depois de aquecer os oceanos (e isto pode levar muitos anos) faz com que estes libertem uma parte do CO2 lá armazenado para a atmosfera aumentando assim a sua concentração na atmosfera.

      É de lá, dos oceanos, e sempre após o início de um aquecimento global, que vem a esmagadora maioria do dióxido de carbono que temos na atmosfera e, sendo de lá que vem… a questão da acidificação dos oceanos por um alegado aumento deste gás na atmosfera que então se dissolve nos oceanos também não se põe porque o CO2 já lá estava.

      Não nego que esteja a acontecer uma acidificação dos oceanos mas não pela razão que referiu. Algo mais complexo deve estar a acontecer.


      «pondo em causa o natural processo evolutivo»

      Não me parece que o planeta vá chegar quer no seu tempo quer no dos seus descendentes ao estado em que estava no início do Triássico. Desconfio… que serão necessários ainda muitos milhões de anos para que tal tenha sequer hipótese de se repetir.
      Acho mesmo curioso que uma pessoa culta como o Paulo, um professor, levante tais receios.


      «erupção vulcânica (…) Pequena Idade do Gelo»

      Distraiu-se… eu não desvalorizo o efeito das erupções vulcânicas, o que eu disse foi:
      “sei perfeitamente que os vulcões têm influência no clima mas também não sou assim tão tolo para descartar tão levianamente (como certos cientistas) a óbvia influência do Sol.”


      «gráficos (…) escala de tempo menor,»

      Não vejo como pode chegar a esta conclusão
      “aquecimento atual está a dar-se numa escala de tempo muito mais curta do que aconteceu no passado num período inter-glaciar e o registo paleoclimático e paleontológico alertam-nos para o perigo de tal”

      Como pode saber que “está a dar-se numa escala de tempo muito mais curta do que aconteceu no passado”? Pelo gráfico que apresenta com dados de temperatura só dos últimos 140 anos? Certamente, não por esse…
      E gráfico que retirou directamente do IPCC?! Logo a esse saco de gatos do IPCC?! O covil dos alarmistas mais impiedosos que existem à face da Terra?!

      Esse gráfico com as “Variações da temperatura à superfície terrestre” dos últimos 140 anos mostra um aumento da temperatura relativamente acentuado desde meados da década de 70 até ao ano 2000… mas vejo agora que preciso lembrá-lo que as estações terrestres de medição de temperatura usadas que antes ficavam longe das cidades… com o passar do tempo e da expansão bastante acelerada das zonas urbanas e suburbanas que aconteceu no mesmo período de tempo… implicou que tais estações começassem a ficar cada vez mais sob a influência das ilhas de calor geradas por essa expansão urbana o que distorceu as leituras dessas estações que passaram a ter medições de temperaturas progressivamente mais altas.
      Decididamente, não são dados confiáveis e vir alarmar o povo com esse gráfico como o IPCC fez é, no mínimo, irresponsável.


      «a temperatura média que temos»

      Tomando como certo que, longe de grandes fontes locais emissoras de CO2 para a atmosfera como os vulcões activos, a concentração de CO2 à superfície é mais ou menos uniforme em todo o globo então como é possível que esse “efeito de estufa” alegadamente capaz das mais extraordinárias coisas permita depois mudanças de temperatura tão bruscas como as que o Paulo refere? (pergunta essencialmente retórica)

      O Paulo diz,
      “Efeito de Estufa natural, juntamente com outros factores, (…) que permite (…) que tenhamos a temperatura média que temos, sem grandes variações entre a temperatura diurna e a noturna”.

      Desde o fim da Pequena Idade do Gelo e consequente início da era industrial e até ao momento o aquecimento global ocorrido foi de… 0,8 ºC. Um aumento de 0,8 ºC desde que a Terra saiu da Pequena Idade do Gelo.
      Uns incríveis 0,8 ºC e a culpa é do CO2, dizem!!!

      Quando comparados com esses 0,8 ºC, a variação entre as temperaturas diurna e nocturna sofre uma enormíssima variação pois, dependendo da zona, pode ir de uma variação de uns poucos ºC até às dezenas de ºC.

      Também quando comparados com esses 0,8 ºC, a variação entre as temperaturas de Inverno e de Verão é enorme pois, dependendo da zona, também pode ir de uma variação de uns poucos ºC até às dezenas de ºC. E por aí fora…

      Também diz,
      “efeito de estufa “diminuído” pelas condições meteorológicas… já há uns dias atrás quando os dias estiveram encobertos e havia mais humidade no ar (vapor de água é outro gás com efeito de estufa), embora as temperaturas diurnas não fossem tão altas, não havia grande variação para as temperaturas noturnas, nem estas eram tão baixas”.

      Ora veja como até o Paulo sente na pele que o tal “efeito de estufa” que dizem ser provocado pelo CO2 afinal não vale nada pois foi apenas a maior concentração de vapor de água na atmosfera que permitiu que o tempo não fosse tão frio nessas noites que refere. Ou seja, quando o assunto são gases atmosféricos e no que ao clima ou ao tempo diz respeito, o vapor de água vale tudo enquanto o CO2 vale… nada.

      Por alguma razão o litoral tem um clima mais ameno e o interior tem maiores variações de temperatura quer na passagem do dia para a noite quer na passagem das estações do ano mesmo que em ambos os locais a concentração de CO2 na atmosfera seja idêntica.

      E “efeito de estufa “diminuído” pelas condições meteorológicas”?!
      Até agora era o “efeito de estufa” que afectava o clima e por conseguinte as condições meteorológicas (vulgo tempo)… e agora já são as condições meteorológicas que afectam o “efeito de estufa”?! Perdoe-me a linguagem mas… caramba que estamos sempre a aprender. Isto é mesmo à vontade do freguês!
      Bem teve razão quem renomeou “Aquecimento Global” para “Alterações Climáticas”!

      Ou diz ainda,
      “Nunca se pôs o problema no Efeito de Estufa… o problema está em levar esse Efeito de Estufa para valores exagerados e de forma “acelerada”… que é o que se passa na actualidade de forma preocupante…”

      Estranho muito a primeira afirmação (até às primeiras reticências) especialmente por ser dita por si… não acredito que esse “problema” sequer se coloque… e nada de anormal se passa na actualidade.
      Aliás, a primeira afirmação até me parece estar em contradição com a segunda e principalmente a terceira.


      «aparte (…) própria energia interna»

      Imediatamente antes de enunciar os quatro factores primordiais (assim chamados por mim e dos quais esse seria um) escrevi o seguinte “nosso planeta ou de qualquer outro planeta ou objecto do sistema solar”. Portanto, sei perfeitamente que esse não é um factor que se coloque no nosso planeta mas coloca-se em outros e por isso o coloquei na lista.


      «E já nem vou desmontar essa da “pressão atmosférica”, porque recorrendo à formula da lei dos gases PV=kNT isso é muito fácil de desmontar»

      Faça o favor de desmontar. Agradecia pois estou aqui para aprender.
      E o Paulo sempre teria o prazer de desmontar um dos argumentos que pessoas como eu utilizam.


      «”passear”»

      Como se deu conta, essa do mandar “passear” foi apenas uma pequenina mas inofensiva provocação… provavelmente, sem dar conta, até fiz mais.


      «uma experiência simples»

      Há algumas diferenças entre uma estufa, aquilo a que chamam de “efeito de estufa” e finalmente a retenção de calor:

      – a estufa é uma construção mais ou menos ampla coberta por um material que separa e isola o seu interior das condições ambientais exteriores aprisionando artificialmente o calor no seu interior, neste sistema as trocas de calor com o exterior acontecem essencialmente por radiação; no caso da experiência do vídeo, as garrafas podem ser consideradas estufas;

      – o “efeito de estufa” modestamente explicado pelo Paulo tem origem em apenas alguns gases;
      mas aquilo que de modo demasiado simples nos é dito por certos cientistas por intermédio dos vários meios de comunicação social é que esses gases aprisionam o calor na nossa atmosfera (um “efeito de estufa” consideravelmente diferente do explicado pelo Paulo, aliás, o que o Paulo explicou nem sequer deveria ser chamado de Efeito de Estufa);

      – e depois temos a Retenção de Calor, apenas alguns gases são acusados do tal “efeito de estufa” mas todos eles são capazes de reter calor e depois de libertá-lo, claro que cada um na sua própria medida;

      O próprio Paulo, quando praticamente no final do seu comentário volta a introduzir a ideia do “feedback positivo” envolvendo o vapor de água, refere-se à retenção de calor mas chama-lhe “efeito de estufa”.

      O CO2 ou metano ou quaisquer outros gases de chamado “efeito de estufa” não têm propriamente uma propriedade, como a que geralmente lhes atribuem, de aprisionar o calor, alegada característica que nos andam a vender Uma espécie de “estufa atmosférica”, isto quando até o espaço já é por si só um isolante.
      Na verdade, todos os gases têm capacidade de reter calor e depois de libertá-lo.

      E a retenção de calor nem sequer se limita aos gases, todas as outras substâncias sejam elas gasosas, líquidas ou sólidas têm também capacidade de reter calor quando estão sob a influência de uma fonte de calor e, claro, de libertar esse calor quando deixam de estar sob a influência dessa fonte de calor.

      Essa fonte de calor pode ser qualquer coisa, basta que esteja a uma temperatura superior, e o modo como recebem o calor pode não ser por radiação infravermelha mas por simples contacto resultante, por exemplo, da convecção. Até os gases considerados de “efeito de estufa” podem reter calor deste modo.

      Parece-me bastante intuitivo: qualquer substância sob a influência de uma fonte de calor aquece e quando essa influência termina arrefece.

      Ou seja, aquilo a que vulgarmente muitos chamam de “efeito de estufa” é a Retenção de Calor a larga escala em que toda a atmosfera está envolvida (e não apenas alguns gases) mas, obviamente, também uma retenção temporária já que por acção dos ventos todo esse calor retido é redistribuído por todo o globo impedindo, por exemplo, que os dias sejam demasiado quentes e as noites demasiado frias.

      O vídeo com a experiência é interessante mas deve saber que é uma experiência destinada a promover o interesse dos mais jovens pela ciência, o que é fantástico mas esta experiência, quando não devidamente explicada e posta no devido contexto, tem também a particularidade de ajudar a formatar essas jovens mentes para a teoria de que o CO2 é o grande vilão do tal “aquecimento global” de que a humanidade será a grande responsável, o que já não é assim tão fantástico nem verdadeiro.

      Neste assunto, brincar mesmo só brinco com isto: se a concentração de CO2 na atmosfera é de 400 ppm ou 0.04%… que efeito de estufa mais esburacado é esse! Coitados dos agricultores que cultivam em estufas pois se estas fossem cobertas por um plástico que apenas cobrisse 0.04% da estufa e os restantes 99,96% fossem buracos no plástico… estavam tramados!

      Ou então brincar ao estilo da experiência do vídeo. Sim, também tenho uma experiência para si:
      Imagine que tem um depósito com 1000 litros de água a uma temperatura de 15,5 ºC (valor fornecido por si no seu comentário). Agora retira desse depósito apenas 4 decilitros de água (equivalente aos mesmos 0,04% do CO2 atmosférico), aquece esses 4 decilitros até ferver e logo de seguida os despeja de volta para o depósito… considerando não haver perdas de energia pelo caminho e que os 4 decilitros de água a ferver libertariam uniformemente a sua energia nos restantes 999,6 litros do depósito (equivalente ao restante da atmosfera)… passaria a ter 1000 litros de água a 15,53 ºC.
      A subida de temperatura no depósito seria de 3 centésimas de grau… muito longe da subida das 20 centésimas de grau dos 15,5 para os 15,7 por si fornecidos e ainda mais longe das 80 centésimas de grau de aumento da temperatura desde o fim da Pequena Idade do Gelo.


      «alterações climáticas são visíveis (…) dentro da mesma geração»

      Quando por “alterações climáticas” se entende tudo o que seja fenómeno meteorológico local (que é a grande vantagem de terem mudado o nome de “Aquecimento Global” para “Alterações Climáticas”) então é perfeitamente natural (mas não correcto) que certas pessoas vejam alterações climáticas por todo o lado.

      Mas, como sabe, clima e tempo são coisas diferentes e mesmo quando se fala de clima também é perfeitamente normal que verdadeiras alterações climáticas sejam visíveis em tempo de vida humano. Já aconteceu no passado.
      Veja o caso dos vikings que, em termos de recursos, tinham colónias completamente independentes na Gronelândia mas que foram expulsos de lá no espaço de uma geração por causa da alteração do clima.

  9. Simplório:
    De todos os comentários que li, os seus são os que têm mais fundamento!
    Só quero aqui deixar-lhe um bem haja por tentar ir contra o “establishment”que, a toda a força, nos tenta incutir os argumentos de que o homem é que é o grande responsável pelas alterações climáticas, e , se pensarmos um bocadinho que seja, vemos que não fazem lá muito sentido. Mas, pelos vistos, faz sentido a muita gente, infelizmente, que nem sequer têm a coragem de questionar os que estes ditos cientistas apregoam e depois as tomam como verdades absolutas!Ao menos tentem investigar o outro lado da moeda! Eu também acreditava que o homem era o grande culpado, até ao dia em que comecei a investigar o outro lado… Quero só chamar a atenção e dizer que apesar de achar que o homem não é o culpado por estas alterações climáticas, estou totalmente de acordo que a Humanidade deveria começar a cuidar melhor da sua única casa que é este planeta maravilhoso, e não são com mais taxas e impostos que se vai fazer melhor, mas sim com as acções de cada um de nós, mas não só… Infelizmente, o dinheiro é que comanda neste mundo e é posto à frente de tudo e de todos…Pois se não fosse pelo dinheiro e por certos interesses que valem mais para as grandes corporações, já haveria muita coisa que tinha sido mudada, com vontade. Sem vontade, nada feito. É só assistirem a uma convenção sobre o clima e verão porque raio é tão difícil chegar a um acordo… Quem tem de limitar os gases de estufa não somos nós, comuns pessoas, mas sim as grandes corporações. Esses são os que mais custa mudar. E mudar custa muito dinheiro. Depois vemos as aldrabices da Volkswagen, p.ex., a trafulhice que fizeram, está à vista de todos. E isto é o que se vai sabendo, fora o que não sabemos. Lixo nuclear, nem se fala, o que poderá estar a fazer ao nosso ecossistema… Brado aos céus!…
    Depois de tudo o que já aqui se referiu nos comentários, deixo aqui “food for thought”: os outros planetas do nosso sistema solar estão a passar por ALTERAÇÕES, apesar de a NASA relativizar e nem sequer afirma que são alterações climáticas, mas são alterações visíveis e que têm origem no clima, sem dúvida, tais como o desaparecimento de uma faixa do planeta Júpiter ou até mesmo as extremas auroras de Saturno e aumento de luminosidade em Neptuno. Isto está a afectar TODOS os planetas do nosso sistema solar e vem sendo registado desde os anos 80…
    Agora, não pensem que isto está tudo agregado num só estudo… Não. Têm que procurar planeta a planeta, não vai ser tarefa fácil. Uma coisa é certa, há algo em comum a todos os planetas que está a causar estas alterações. Lembrem-se, não estamos sempre fixos no mesmo espaço do Universo, o SOL também gira à volta do centro galáctico.
    Vou acrescentar mais um pequeno GRANDE pormenor: a NASA sabe, desde os anos 70, que o nosso sistema está a passar por uma nuvem de alta energia interestelar, altamente desestabilizadora(!), sendo que o público em geral só tomou conhecimento disto em 2009!Uau! Escondem este grande pormenor de todos nós, com que propósito?!…
    Ah! E só mais um pequeno grande pormenor sobre o CO2: a teoria de que mais CO2 é = a mais aquecimento planetário, é pura balela, pelo que a NASA vem dizendo, mudaram o discurso, agora o CO2 actua como um arrefecedor atmosférico e que queimar combustíveis fósseis e derrubar árvores contribui para o arrefecimento(!) da atmosfera! http://www.express.co.uk/news/uk/628524/Climate-change-shock-Burning-fossil-fuels-COOLs-planet-says-NASA E que 95% da radiação solar é repelida de volta para o espaço através do CO2 e NO, ou seja, evita o aquecimento! https://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2012/22mar_saber/ E esta, hein? Depois o Trump é que é maluco ahahahaha Eles é que já não sabem mais o que dizer para sustentar a farsa… É como o café, umas vezes dizem que faz bem, outras faz mal… Enfim…
    http://principia-scientific.org/top-russian-scientist-fear-a-deep-temperature-drop-not-global-warming/

    • Caro Jules,
      Entre muitas coisas que disse a do CO2 é demais…
      Faça esta experiência que referi no meu comentário logo acima do seu https://www.youtube.com/watch?v=kwtt51gvaJQ e talvez, mas apenas talvez, deixe de dizer tal coisa… e não precisa de um grande laboratório… na sua cozinha dá perfeitamente… claro que pode ver sempre algo mais elaborado que entretanto descobri https://www.youtube.com/watch?v=pPRd5GT0v0I feito por “profissionais”… se mesmo assim continuar a dizer a mesma coisa, realmente não há nada a fazer…
      Mas por acaso você julga que eu e outros somos masoquistas ou quê???!!!… julga por acaso que eu não adoraria saber e/ou que me aliviassem a consciência, de que afinal a nossa atividade no planeta é inócua???!!!…
      E quanto à sua notícia da NASA https://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2012/22mar_saber/ (porque na outra nem vou tocar)… qual foi a parte que não percebeu???… qual é a contradição que aqui tem???… mas afinal você vive na Troposfera ou na Termosfera???… Ao menos quando quiser defender a sua teoria da conspiração “não dê o ouro ao bandido”…
      Vamos lá então…
      Na notícia diz: «…“When the upper atmosphere (or ‘thermosphere’) heats up, these molecules try as hard as they can to shed that heat back into space.”…»… mas para onde queria que elas irradiassem os infravermelhos (calor)???!!!… se a Termosfera é a camada externa da nossa atmosfera é obvio que grande parte dessa radiação vai ser enviada para o espaço frio… onde está a novidade???!!!…
      Aliás é interessante como as pessoas mesmo tendo a informação à frente fazem que não a vêm quanto “lhes interessa”… diz ainda no documento: «…“The thermosphere lit up like a Christmas tree,” says Russell. “It began to glow intensely at infrared wavelengths as the thermostat effect kicked in.”…»… mas não… o CO2 não é um gás com efeito de estufa… quem julgam que foi um dos gases que fez a atmosfera “brilhar” intensamente no comprimento de onda do infravermelho (calor)???… agora transfiram esse fenómeno para a Troposfera e imaginem o resto…
      E já agora para os que tentam sempre defender as elevadas temperaturas de Vénus como devidas a uma eventual elevada da pressão da sua atmosfera em vez do efeito de estufa, fica aqui esta desse mesmo documento: «…During the heating impulse, the thermosphere puffed up like a marshmallow held over a campfire, temporarily increasing the drag on low-orbiting satellites.…»… claro que só vai entender quem compreender um bocadinho da lei dos gases…
      Pronto… pronto… eu não me vou esticar mais por agora…

      • Paulo, desculpe que lhe diga, mas parece que não leu bem os artigos. “Food for thought”, disse eu 🙂 Tem que ligar os pontos para começar a ver o desenho.
        Parece que não percebeu porque é que a atmosfera se acendeu como uma árvore de Natal… Terá sido pela chegada das partículas energéticas enviadas pelo Sol depois de uma solar flare X5?! Sabe como são provocadas as auroras boreais?! Essas partículas vindas do Sol, carregadas de energia, foram depositadas na alta atmosfera (thermosphere), tendo sido reflectidas de volta para o espaço, através da concentração de CO2 na termosfera?!
        Qual é a parte do ““Carbon dioxide and nitric oxide are natural thermostats,” “Infrared radiation from CO2 and NO, the two most efficient COOLANTS in the thermosphere”” que ainda não percebeu?!
        E ainda “BURNING fossil fuels and cutting down trees causes global COOLING, a shock new NASA study has found.”, “The spokesman said it was “well known” that aerosols such as those emitted in volcanic eruptions and power stations, act to cool Earth, at least temporarily, by reflecting solar radiation away from the planet. (…)
        He added: “In a similar fashion, land use changes such as deforestation in northern latitudes result in bare land that increases reflected sunlight.”” – do link http://www.express.co.uk/news/uk/628524/Climate-change-shock-Burning-fossil-fuels-COOLs-planet-says-NASA – Consegue ver as contradições? E é a própria NASA que diz, não sou eu!Resta saber o porquê do CO2 actuar como arrefecedor na alta atmosfera e o porquê de na troposfera actuar como gás de estufa e arranjar uma explicação plausível,sem quebrar as leis da termodinâmica, o que é difícil… Sabe também que a comunidade científica não está toda de acordo com estas conclusões,certo? Não há unanimidade quanto à causa das alterações climáticas. Ainda existem muuuuitas contradições que ainda vou tentar descortinar e uma boa discusão entre pessoas é sempre útil porque vemos diferentes pontos de vista. Mas ainda tenho as minhas dúvidas quanto à antropogenia das alterações climáticas, como nos querem fazer crer.
        Eu não ponho cá com com teorias da conspiração, apenas me tento manter informado e tento sempre ver os dois lados da questão e ver se existem contradições. Não pense é que o mundo é todo cor-de-rosa e que não existem jogos de poder, grandes interesses monetários e não são feitas grandes trafulhices para alcançá-los… Sabe que já houve muitas teorias da conspiração que se tornaram facto?… Pois bem, na dúvida, não acuse os outros de serem “maluquinhos da conspiração”, porque até podem ter razão…Dou sempre o benefício da dúvida e não sigo cegamente o rebanho. Existem contradições e estas que aqui falei foram apenas algumas.
        E não, a nossa actividade no planeta não é inócua, infelizmente. Mas o quadro parece que não é bem assim como o estão a pintar, é isso que quero fazer ver.
        Todos os esforços para melhorar a relação homem-natureza-planeta são sempre bem vindos! Que ao menos sirva para impulsionar ainda mais o uso das energias alternativas, e ,o que era mesmo bom era o fim dos combustíveis fósseis, mas sabe bem o poder que essa indústria tem no mundo todo… E a mudança faz-se com boas acções e não com impostos.
        Um bem haja.

      • Pois, a atmosfera de Vénus…

        Voltando à experiência das garrafas que o Paulo aqui nos trouxe parece-me que, àquela distância, a lâmpada de infravermelhos utilizada talvez tenha um poder de aquecimento superior ao que o Sol tem à superfície da Terra ou mesmo de Vénus mas, ignorando esse pormenor, o que lá é recriado é a influência que o CO2 teria em Vénus se a atmosfera de Vénus tivesse uma pressão idêntica à da atmosfera terrestre.

        Julgo que em poucos minutos a pressão extra na garrafa onde foram colocadas as pastilhas se liberta e ambas as garrafas ficam a uma pressão mais ou menos semelhante mas, seja como for, o Paulo disse ter repetido a experiência na sua sala de aula certificando-se de que ambas as garrafas estavam à mesma pressão e obteve resultados semelhantes pelo que então a grande diferença será a de que uma das garrafas contém ar comum e a outra contém apenas CO2.

        Nestas condições em que são utilizados recipientes fechados e uma lâmpada de infravermelhos, partindo de uma temperatura inicial de cerca de 20 ºC, a que tem ar comum atinge, ao fim de uma hora, uma temperatura de 35 ºC enquanto a que contém apenas CO2 atinge os 44 ºC. Uma diferença de 9 ºC.
        Fenomenal? Nem por isso.

        Considerando que Vénus tem uma concentração de CO2 de 96,5% e que na garrafa com CO2 a sua concentração não é muito diferente (perto dos 100%) e ainda que a experiência foi feita muito próximo da pressão atmosférica terrestre então o que a experiência na verdade recriou foi a influência que o CO2 teria em Vénus se Vénus tivesse uma pressão atmosférica idêntica à da Terra ou, já agora, se a atmosfera terrestre tivesse uma concentração de CO2 perto dos 100%, e como resultado desta experiência temos um aumento de apenas 9 ºC quando passamos de uma concentração de CO2 de apenas 0,04% para uma concentração perto de 100%.

        E aqui está o problema. Se ambos os planetas tivessem a mesma pressão atmosférica e a sua única diferença fosse a atmosfera de Vénus ser quase totalmente composta por CO2 então uma diferença de 9 ºC entre as duas atmosferas seria insignificante pois o que constatamos é que, na realidade, a temperatura de Vénus à sua superfície é de cerca de 462 ºC.

        Vai uma grande diferença até aos 462 ºC da atmosfera de Vénus que esse “efeito de estufa” demonstrado nessa experiência não explica com o seu irrisório aumento de apenas 9 ºC. E nem mesmo a maior proximidade de Vénus ao Sol.
        Já sei, vai-me dizer que é o tal “feedback positivo”… mas também nem esse “feedback positivo” explica tudo o resto que se passa para que Vénus atinja os 462 ºC!

        Quanto ao nosso planeta, dá que pensar! Que “efeito de estufa” é este que aumentaria a temperatura da Terra apenas em 9 ºC quando se passa de uma concentração de CO2 de 0,04% para uma de 100%?

        Adoraria saber de uma explicação lógica que explique o terror em volta do actual chamado “efeito de estufa” pois, a mim, parece-me evidente que posso continuar a afirmar que não existe esse tal “efeito de estufa” ainda para mais catastrófico que nos andam a vender há tanto tempo.

        Como já disse anteriormente num comentário mais acima, o aquecimento do nosso planeta ou de qualquer outro planeta ou objecto do sistema solar depende apenas de uns quantos factores primordiais:
        – da quantidade de energia recebida do Sol;
        – da sua própria energia interna;
        – da pressão da sua eventual atmosfera;
        – e da eventual presença de nuvens ou outros elementos que bloqueiem a passagem da radiação solar ou a reflictam de volta para o espaço;

        Tudo o resto que aconteça, no que ao clima diz respeito, depende, em última análise, apenas destes factores. Se há alterações no clima é apenas porque um ou mais destes factores sofreu algum tipo de alteração. Qualquer outro agente em acção que não esteja incluído num destes factores não tem qualquer influência sobre o clima.

        Ora, a pressão atmosférica… eu sabia que isto iria fazer soar um pequeno alarme junto de si!

        Vamos lá então às leis da Física, à Mecânica dos Fluidos:


        Aqui temos uma equação derivada da lei dos gases ideais:

        T= (Mp)/(dR)

        onde:
        T é a temperatura, em Kelvin (K°);
        M é a quantidade de matéria, em moles (mol);
        p é a pressão, em pascal (Pa);
        d é a densidade, em quilogramas por metros cúbicos (kg/m3);
        R é a constante dos gases reais, equivalente a 8,31 (N/m2).m3/mol.K.


        E aqui a equação da lei de Charles:

        p=kT

        ou seja

        T=p/k

        onde:
        T é a temperatura
        p é a pressão, em pascal (Pa);
        k é uma constante que depende do volume, da massa e da natureza do gás;


        Na 1.ª equação, a “quantidade de matéria” refere-se obviamente à quantidade total de matéria do sistema em estudo. No caso de uma atmosfera refere-se, claro, à totalidade dos gases aí presentes (e não apenas a um ou outro gás em particular).

        Qualquer das equações revela que a temperatura dos vários fluidos de um sistema nada tem a ver com a concentração de um qualquer fluido em particular pois todos são igualmente afectados pelo aumento ou diminuição da pressão.

        Quando o sistema em estudo só tem um gás obviamente pode-se fazer cálculos a partir das propriedades de apenas desse único gás mas quando tem vários gases então todos eles devem ser tidos em consideração e utilizadas as propriedades do conjunto pois não é de todo possível aumentar a pressão de um só gás quando este está misturado com quaisquer outros gases sem aumentar também a pressão desses outros gases.

        Dadas as equações, julgo deixar de haver qualquer dúvida de que a temperatura de um gás ou mistura de gases altera-se com a pressão. Aumenta-se a pressão e o gás aumenta de temperatura, diminui-se a pressão e o gás diminui de temperatura. Não há volta a dar a isto, é assim mesmo.

        Mesmo desconhecendo estas equações, qualquer instalador de ar condicionado ou mecânico de uma qualquer oficina de automóveis que lide com motores a gasóleo sabe deste facto: quando são comprimidos os gases aquecem!

        Que mais dúvidas há?

        A equação derivada da lei dos gases ideais e a equação da lei de Charles, só por si, são perfeitamente suficientes para deitarem por terra qualquer teoria de Aquecimento Global ou Alterações Climáticas com origem no aumento da concentração do CO2 e ainda mais essa teoria de que Vénus tem um “efeito de estufa” descontrolado por causa do CO2 pois ambas as equações demonstram claramente que a pressão a que um fluido (gases neste caso) está sujeito afecta, de facto, a sua temperatura.

        Como se viu acima na experiência da garrafa e agora através das duas equações, a alta temperatura à superfície de Vénus não se deve à insignificante contribuição do CO2 mas sim à imensa pressão da sua atmosfera que é de cerca de 93 bar, a mesma pressão sentida a cerca de 950m de profundidade num oceano terrestre.

        Ah… e claro que o mesmo acontece com a atmosfera terrestre que, estando sujeita a uma pressão, também a sua temperatura assim é influenciada apesar de que em muito menor escala já que a sua pressão é significativamente inferior à de Vénus.

        Já agora, apenas como curiosidade para quem não souber ou tiver esquecido, a concentração de 400 ppm de CO2 na atmosfera foi medida no Havai, no “Mauna Loa Observatory”, um observatório situado a cerca de 3400 metros de altitude no flanco norte do vulcão Mauna Loa que é o maior dos vulcões activos da Ilha do Havai.
        Sim, a concentração de 400 ppm foi medida na encosta de um vulcão activo!


        E… pelo menos, por agora, terminei. Mas prometo, se esta discussão eventualmente continuar, os comentários serão bastaaaaante mais curtos… os meus, pelo menos.

      • (3ª tentativa de postagem) Paulo, desculpe que lhe diga, mas parece que não leu bem os artigos. “Food for thought”, disse eu 🙂 Tem que ligar os pontos para começar a ver o desenho.
        Parece que não percebeu porque é que a atmosfera se acendeu como uma árvore de Natal… Terá sido pela chegada das partículas energéticas enviadas pelo Sol depois de uma solar flare X5?! Sabe como são provocadas as auroras boreais?! Essas partículas vindas do Sol, carregadas de energia, foram depositadas na alta atmosfera (thermosphere), tendo sido reflectidas de volta para o espaço, através da concentração de CO2 na termosfera?!
        Qual é a parte do ““Carbon dioxide and nitric oxide are natural thermostats,” “Infrared radiation from CO2 and NO, the two most efficient COOLANTS in the thermosphere”” que ainda não percebeu?!
        E ainda “BURNING fossil fuels and cutting down trees causes global COOLING, a shock new NASA study has found.”, “The spokesman said it was “well known” that aerosols such as those emitted in volcanic eruptions and power stations, act to cool Earth, at least temporarily, by reflecting solar radiation away from the planet. (…)
        He added: “In a similar fashion, land use changes such as deforestation in northern latitudes result in bare land that increases reflected sunlight.”” – do link http://www.express.co.uk/news/uk/628524/Climate-change-shock-Burning-fossil-fuels-COOLs-planet-says-NASA – Consegue ver as contradições? E é a própria NASA que diz, não sou eu!Resta saber o porquê do CO2 actuar como arrefecedor na alta atmosfera e o porquê de na troposfera actuar como gás de estufa e arranjar uma explicação plausível,sem quebrar as leis da termodinâmica, o que é difícil… Sabe também que a comunidade científica não está toda de acordo com estas conclusões,certo? Não há unanimidade quanto à causa das alterações climáticas. Ainda existem muuuuitas contradições que ainda vou tentar descortinar e uma boa discusão entre pessoas é sempre útil porque vemos diferentes pontos de vista. Mas ainda tenho as minhas dúvidas quanto à antropogenia das alterações climáticas, como nos querem fazer crer.
        Eu não ponho cá com com teorias da conspiração, apenas me tento manter informado e tento sempre ver os dois lados da questão e ver se existem contradições. Não pense é que o mundo é todo cor-de-rosa e que não existem jogos de poder, grandes interesses monetários e não são feitas grandes trafulhices para alcançá-los… Sabe que já houve muitas teorias da conspiração que se tornaram facto?… Pois bem, na dúvida, não acuse os outros de serem “maluquinhos da conspiração”, porque até podem ter razão…Dou sempre o benefício da dúvida e não sigo cegamente o rebanho. Existem contradições e estas que aqui falei foram apenas algumas.
        E não, a nossa actividade no planeta não é inócua, infelizmente. Mas o quadro parece que não é bem assim como o estão a pintar, é isso que quero fazer ver.
        Todos os esforços para melhorar a relação homem-natureza-planeta são sempre bem vindos! Que ao menos sirva para impulsionar ainda mais o uso das energias alternativas, e ,o que era mesmo bom era o fim dos combustíveis fósseis, mas sabe bem o poder que essa indústria tem no mundo todo… E a mudança faz-se com boas acções e não com impostos.

    • Para o Jules,
      agradeço as suas palavras de encorajamento por, como diz, aqui o Simplório “tentar ir contra o “establishment””.

      Não é algo propriamente fácil e, como aqui se vê, requer que se perca bastante tempo para dar a conhecer pelo menos a minha razão de me opôr a essa ideia que se generalizou sobre gases de “efeito de estufa” e “aquecimento global”/”alterações climáticas” e por outro lado nem sempre as pessoas estão interessadas em saber ou não têm tempo ou paciência para ler tão longas explicações pelo que também não é algo que eu faça frequentemente. Apenas o fiz talvez umas 3 vezes nos últimos quatro ou cinco anos e em sites/blogues mais ou menos populares onde não era necessário efectuar um registo mas apenas deixar um pseudónimo e ‘email’ e, por vezes, decifrar o habitual ‘captcha’ para que os comentários fossem publicados.
      Curiosamente, num desses sites/blogues que nem sequer era o mais popular, a determinada altura os comentários passaram a ter moderação… por minha causa! Nunca mais publicaram um comentário meu mas isso já lá vai e foi a única vez que tal aconteceu.

      Uma coisa é certa, este seu “bem haja”… bem, foi a primeira vez que recebi um.

      Um outro comentário meu de há 2 meses e meio (é curtinho, lê-se em 2 ou 3 minutos, no máximo);
      http://zap.aeiou.pt/edp-recusa-encerrar-central-termoelectrica-poluente-do-pais-136578#comment-228973

      • Simplório: Não tem de quê.
        Também sofro um pouco do seu “mal”, pois por vezes os meus comentários também devem tocar em pontos sensíveis, activando o lápis azul… Aliás, o meu último comentário de dia 20 Janeiro, de resposta ao Paulo nem sequer foi postado, o que me vale é a cópia que fiz do mesmo e que já vou tentar postar novamente depois deste eheh
        Li o seu comentário sobre a central termoeléctrica e, já perdi a conta às vezes que já disse isto a “n” pessoas: que se querem acabar mesmo com o “problema” do CO2, PLANTEM ÁRVORES!Não as destruam! Ora, e aí está mais um ponto de contradição que faz parte do grande rol de contradições…E depois vem a NASA dizer que a desflorestação reflecte os raios solares, ajudando no arrefecimento(!) – “In a similar fashion, land use changes such as deforestation in northern latitudes result in bare land that increases reflected sunlight.” – http://www.express.co.uk/news/uk/628524/Climate-change-shock-Burning-fossil-fuels-COOLs-planet-says-NASA
        Mas pronto, há muitas pessoas que não reparam nestes pormenores e nem sequer os questionam.
        O que nos vale é que somos atentos. Continue assim.

        • Caro Jules,
          Os comentários que contêm links para outras páginas são automaticamente colocados como pendentes de validação pelo mecanismo anti-spam que usamos (Akismet), tendo que ser validados manualmente por alguém da equipa do ZAP. É um inconveniente para a equipa e retira dinamismo à discussão, mas a alternativa era termos as conversas inundadas de spam enviado por bots com links para páginas de medicamentos ou perfumes.

      • Simplório: Não tem de quê 😉
        Também sofro um pouco do seu “mal”, pois por vezes os meus comentários também devem tocar em pontos sensíveis, activando o lápis azul… Aliás, o meu último comentário de dia 20 Janeiro, de resposta ao Paulo nem sequer foi postado, o que me vale é a cópia que fiz do mesmo e que já vou tentar postar novamente depois deste eheh
        Li o seu comentário sobre a central termoeléctrica e, já perdi a conta às vezes que já disse isto a “n” pessoas: que se querem acabar mesmo com o “problema” do CO2, PLANTEM ÁRVORES!!!! Não as destruam!!! Ora, e aí está mais um ponto de contradição que faz parte do grande rol de contradições…E depois vem a NASA dizer que a desflorestação reflecte os raios solares, ajudando no arrefecimento(!) – “In a similar fashion, land use changes such as deforestation in northern latitudes result in bare land that increases reflected sunlight.” – http://www.express.co.uk/news/uk/628524/Climate-change-shock-Burning-fossil-fuels-COOLs-planet-says-NASA
        Mas pronto, há muitas pessoas que não reparam nestes pormenores e nem sequer os questionam.
        O que nos vale é que somos atentos. Continue assim.

      • Simplório: Sugiro que faça uma pesquisa por John J Bates (Data Science,Climate and satellites Consultant ) Exposed: How world leaders were duped into investing billions over manipulated global warming data.
        04 de fevereiro 2017.
        Ainda há gente com coragem de lutar pela VERDADE.

  10. Nada de novo. Já na altura em que o filme saiu diziam isso, com a salvaguarda de ser algo que aconteceria em poucos SÉCULOS e nunca numa questão de dias.
    É de lembrar que estamos num período interglacial. Embora a terra possa virar uma fornalha nos próximas décadas/séculos, daqui a milhares de anos volta a ficar num período glacial.
    Isto tem haver com questões muito mais complexas a longo prazo, dos quais o homem foi ate agora alheio, como a inclinação do eixo da terra ou a radiação solar ao longo dos séculos, ou ainda a posição dos continentes ao longo de milhões de anos.

  11. ZAP, não sei porque não postam as minhas respostas ao Simplório e ao Paulo.
    Por 3 vezes que tento e nada… Os comentários de outras notícias apareceram logo.

  12. Como já havia dito o meu tempo não sobra… chego mesmo a pensar se vale mesmo a pena andar a discutir “o sexo dos anjos”… Já aqui disse que eu adoraria acreditar nas ideias contra as alteração climática/ aquecimento global (estou a utilizar os dois termos para que não se fique “perturbado” com isso)… quem me dera que assim fosse… que a intervenção antrópica não existisse… era fantástico… Mas assim não é… e os dados são do mais variados que há… Não vou abordar tudo o Simplório e o Jules comentaram… até porque abordando, o que já vou abordar (desculpem a redundância), isto já vai ficar grande para caramba e julgo que muito pouca gente terá paciência para ler isto tudo…
    Mas vamos lá…

    Quanto aos locais onde se vai sentir (sente) primeiro o aumento do nível dos oceanos… que se estava à espera???!!!… claro que são os locais de mais baixa altitude os primeiros a sofrer, embora não de igual modo por todo o planeta… Mas no caso dos atóis algo lhe escapou com a distração da animação do lado… leia e veja melhor… talvez depois perceba melhor o que é um Atol…

    Quanto à alteração climática/ aquecimento global ele fica fácil de perceber logo à partida com Equação de Clausius-Clapeyron que nos diz que a pressão de vapor de saturação é em função da temperatura, ou seja, quanto mais quente a atmosfera mais ela é capaz de reter vapor de água… logo ao introduzir gases de efeito de estufa na atmosfera de origem antrópica (os tais em que alguns de vocês não acreditam) a temperatura da atmosfera aumenta que por isso vai ser capaz de reter mais vapor de água, que como é um gás com efeito de estufa a atmosfera torna-se mais quente e assim vai, devido a um feedback positivo (o tal que o Simplório gosta de ironizar, mas que existe)…
    De uma forma muito simples… o vapor de água amplifica o efeito do CO2 (e já agora do metano)… obviamente nunca se deve considerar apenas o efeito do CO2 sozinho…

    Dizer que não é o efeito de estufa que faz com que Vénus seja mais quente, mas sim a pressão atmosférica é uma “fraude” no mínimo… uma farsa… qualquer aluno razoável do ensino secundário desmontaria isso… Embora a lei dos gases, PV=kNT preveja que a temperatura aumente se aumentar a pressão… e que aleguem que as enormes temperaturas de Vénus se devem às enormes pressões da atmosfera do mesmo… O problema é que ao aplicar essa equação esse efeito do aumento da temperatura por aumento da pressão só seria possível de o volume fosse constante… mas não… o volume da atmosfera de Vénus não é constante… o que é constante na atmosfera de Vénus é a pressão… pois Pressão Atmosférica é igual à Massa da mesma vezes a Aceleração da Gravidade a dividir pela Área… portanto se estes três últimos valores são constantes ou aproximadamente constantes, isso implica que a Pressão Atmosférica é constante… As duas únicas variáveis que se modificam são apenas o Volume e a Temperatura… Portanto, se a Temperatura aumenta o Volume aumenta…
    Vénus tem nuvens de ácido sulfúrico que refletem cerca de 70% da radiação infravermelha… portanto há pouca radiação solar na superfície de Vénus que apesar da proximidade do planeta ao Sol é menor do que a radiação que chega à superfície da Terra… Portanto o que faz de facto Vénus ser tão quente é o facto de a sua atmosfera maioritariamente constituída por CO2, recoberta por nuvens, exerce um efeito de estufa gigantesco… E o que é este Efeito de Estufa num planeta que tenha uma atmosfera???!!!… a radiação solar é tipicamente absorvida na superfície, que ao se aquecer irradia, por exemplo no caso da Terra, no comprimento de onda do infravermelho (Lei de Wien e Lei de Stephan-Boltzmann) que seria enviada para o espaço, mas como estamos a falar de planetas com atmosfera, se a mesma possuir moléculas com 3 ou mais átomos que apresentam modo de vibração na frequência dos infravermelhos, essas moléculas vão absorver parte dessa radiação que aquece a atmosfera e essas moléculas vão irradiar em todas as direções… obviamente para cima, mas também para baixo… ou seja a geosfera até está a enviar para o espaço uma parte da radiação, mas os gases da atmosfera interceptam parte dessa radiação e passam a irradiar em todas as direções, fazendo com que parte da radiação que estava a ser enviada para o espaço seja reenviada para a superfície, fazendo com que a superfície tenha uma temperatura maior do que aquela que teria se não tivesses atmosfera… O que por exemplo no caso da Terra faz com que em vez de se ter uma temperatura média de -18ºC se tenha uma temperatura média bem acima desta… e isso, graças a Gases Minoritários na atmosfera [vapor de água (1%), CO2 (0,04%), N2O (0,00005%),CH4 (0,0001%)…]… logo se se modifica a composição destes gases (apesar de minoritários) é obvio que isso vai alterar o efeito de estufa… Aliás para os mais leigos no assunto perceberem um pouco disto do efeito de radiações sobre as substancias, basta ver o que acontece nos microondas, o que aquece nos microondas é a água que tem o modo de vibração que corresponde às microondas e ao aquecer aquece os restantes materiais que estiverem em contacto com ela…
    Pegando ainda a “famosa” pressão atmosférica… veja-se o caso de Jupiter em que a pressão é de tal forma gigantesca que faz com que ele tenha um núcleo de hidrogénio sólido… e adivinhem qual é a temperatura de Jupiter…
    Aliás, ainda falando da relação Volume – Temperatura, as medições na Terra da altura da Tropopausa demonstram que a altura tem subido… ou seja, dilatação da atmosfera terrestre em função do aumento da temperatura…

    Quanto ao efeito do Sol… que tem uma enorme influencia no clima do planeta… sem qualquer duvida… Mas só um pequeno pormenor… as mudanças nos ciclos solares implicam uma flutuação no total da energia solar irradiada para o espaço de cerca de 0,1%… tendo em conta que a constante solar é de 1368W/m2, que cerda de 30% da energia solar é refletida diretamente para o espaço e que a Terra é “quase” uma esfera… isto tudo implica que a variação a mais ou a menos de energia recebida do Sol associada aos ciclos solares se situa na ordem dos cerca de 0,27W/m2… Mas… só por curiosidade… a quantidade de energia retida por unidade de área por unidade de tempo devido ao CO2 extra introduzido na atmosfera a partir da revolução industrial é “só” de cerca de 1,66W/m2…

    E já que se quer falar de Escalas de Tempo… é bom que se conte a história toda… Pois eu até fui bem claro em referir querer ver a influencia humana (ou não) nisto tudo…
    Claro que saber-se que num passado distante… numa altura em que a temperatura até foi mais elevada… que o brilho solar era menor (cerca e 30% menor), só que os níveis de CO2 eram bem mais elevados, levando à retenção de mais calor, o que justificava essas temperaturas mais elevadas… isso não interessa… Mas não… o CO2 não é um gás de efeito de estufa… que ideia…
    Já agora… onde estava a pressão nesta história???!!!…

    Já agora só um esclarecimento… na experiência que foi feita em laboratório para alunos e pelos alunos, as atmosferas dentro dos recipientes eram: uma contendo ar comum e a outra ar enriquecido em CO2 (e não apenas com CO2)… só para que conste… Embora na experiência dos vídeos o que se pretende ver mesmo é o efeito apenas desses gases de efeito de estufa… Agora a forma como o Simplório agarrou nos dados da experiência os retorceu e manipulou só para conseguir apoiar a sua “teoria”… é que foi algo fantástico… então no caso da Terra, tirar todos os outros gases, foi qualquer coisa… E nem vou argumentar contra os casos que para aí refere relacionados com a pressão, pois bastaria falar dos casos do gás nas botijas ou do azoto líquido… para quê…

    Existe Alteração Climática/Aquecimento Global e a contribuição antrópica é inegavel… aliás possível de rastrear pelo aumento do tipo de carbono com origem nos combustíveis fósseis que se encontra no CO2… pois… esses átomos de carbono (isótopos) são diferentes…
    “Não… Não existem alteração climática/ aquecimento global…” mas os efeitos em larga escala já se começam a sentir em várias partes do planeta e não só no caso dos ursos polares… Existem florestas de coníferas a serem dizimadas por um besouro que é seu parasita natural (e que por isso devia viver em “equilíbrio” com o seu hospedeiro) e apenas porque esses besouros das coníferas passaram a sobrevivem de um ano para o outro por causa das estações frias mais curtas…
    Mas chamar ao risco de extinção, num processo que incluiu a hibridação com outra espécie, como o Simplório faz em relação ao urso polar, é surreal… Já agora, a Wikipédia é uma óptima fonte de informação, com os devidos filtros…

    O facto de os eventos extremos/severos estarem a ser cada vez mais frequentes… nem assim dá para acordar???!!!… julgo que é fácil de perceber que uma atmosfera mais quente retém mais vapor de água o que leva mais tempo a satura-la… implica secas mais prolongadas… mas atingido a saturação existe mais vapor para condensar o que implica nuvens com mais matéria liquida… com nuvens mais vigorosas e temporais mais violentos… com impacto na segurança hídrica e alimentar… que infelizmente vai atingir com mais violência, ainda por cima, as populações mais vulneráveis no mundo…
    A desculpa do ganho de terras aráveis no hemisfério norte chega a ser ridícula… até porque não compensam as que se perdem no restante planeta… Por isso, com muita pena dos islandeses, mas ainda com mais preocupação pelo resto do planeta, ao contrário do Simplório, espero que as “investidas” dos islandeses na produção de cereal não se mantenha por muitos e muitos anos.

    É como um argumento a que acho piada, que é a história de que CO2 é “alimento de plantas”… só pode ser brincadeira… porque qualquer pessoa saberia que sem sais minerais e especialmente sem água não há absorção de CO2 para ser utilizado pelos seres fotossintéticos na produção de alimento…

    Simplório… que pena que o seu “ciclo natural em plena acção da evolução do manto de gelo no Árctico” não mostre por exemplo 2012 ou até anos mais recentes… é mesmo uma pena… possivelmente tiraria melhores conclusões…
    Outra coisa interessante… o aumento de gelo na Antártida que alguns tentam desassociar do aquecimento global, porque aumento de gelo seria equivalente a baixas temperaturas… que até compensaria a diminuição de gelo do Ártico… é uma falácia brutal… e “esquecem” ou omitem que ao contrário do Ártico em que temos um oceano, no Sul nós temos um continente… porque por incrível que pareça esse aumento do gelo na Antártida é mesmo devido a um aquecimento global… Passo a explicar… com o Oceano Antártico mais quente, evapora-se mais água que levam à formação de nuvens… e essas nuvens vão precipitar na Antártida sobre a forma de neve, que leva a que o nível de gelo deste continente aumente… é que parece haver gente que esquece que na Antártida não existe precipitação sobre a forma de chuva… E é mais que sabido que o aumento de gelo na Antártida não compensa as perdas no Ártico, porque o aumento é muito menor que a perda.

    Quanto à acidificação dos oceanos que juntamente com o aumento da temperatura estão a matar os recifes de coral já é algo de complexo que está a acontecer… e essa complexidade ao contrário do que tenta dizer tem a ver mesmo com o CO2 e não com outro factor… goste ou não…
    É muito fácil dizer… o aumento da temperatura das águas diminui a capacidade de dissolver CO2… e pronto… está resolvido o problema… a culpa não é do CO2… Só que não é assim…
    Por acaso sabe porque é que a fotossintese, sendo um processo biológico que foi “inventado” pela vida nos oceanos à cerca de dois mil milhões de anos não implicou que as rochas expostas à atmosfera sofressem oxidação e continuassem a apresentar redução como até aí por mais uns milhões de anos apesar da produção do O2, que como todos devem saber não se dissolve na água com a mesma facilidade que o CO2???… Não seria lógico que esse O2 ao ser libertado para a atmosfera e enriquecendo-a começasse a oxidar os minerais em contacto com ela??? Pois… mas não… enquanto o O2 não reagiu com todo o ferro existente nos oceanos, produzindo óxidos de ferro (que agora são explorados em minas) ele não começou a ser libertado para a atmosfera, só o sendo muito tempo depois do inicio da sua produção…
    Bom… estou com este palavreado todo, mas depreendo que acreditem que a Biosfera influencie a Atmosfera… embora não acreditem na influencia do Ser Humano nela… Mas vamos lá…
    Ora bem… no caso do dióxido de carbono toda a gente sabe que ele se dissolve melhor na água do que o O2… Existe aliás uma experiência muito simples que se pode fazer pondo a borbulhar CO2 e O2 num recipiente com água, dá para ver muito bem que as bolhas de CO2 à medida que sobem em direção à superfície diminuem de volume até chegarem mesmo a desaparecer, enquanto que as de O2 chegam até à superfície praticamente intactas.
    Também toda a gente deve saber que apesar do aumento da temperatura os oceanos ainda não estão saturados de de CO2… logo, se aumenta a concentração de CO2 na Atmosfera, isso implica que mais CO2 de vai conseguir dissolver nos oceanos… consequência… Acidificação Dos Oceanos (espero não precisar de explicar porque é que o aumento de CO2 nos oceanos implica a sua acidificação)… Simples e claro (se calhar não fui muito claro, mas o avançado da hora já não ajuda…)… essa acidificação dos oceanos leva ao desaparecimento do carbonato de cálcio fundamental para muitos destes seres vivos marinhos… aliás faça-se uma pesquisa sobre o que se tem passado com a aragonite…
    E também é claro, como todos devem imaginar, que se a capacidade de dissolução está dependente da temperatura, com o aquecimento dos oceanos para níveis perigosos a sua capacidade de dissolver CO2 diminui e ele será libertado para a atmosfera, juntando-se ao que já lá está e aumentado a “festa”… daí o aumento de CO2 seguido ao aquecimento que o Simplório refere…
    Qual é a parte que não foi percebida??? a do aumento do CO2??? a da dissolução do CO2 na água/acidificação??? a da razão de se verificar um aumento de CO2 libertado após aquecimento???…

    Achei piada ao comentário sobre o IPCC… Sinceramente não esperava outra coisa… e até estava à espera de algo do género… Claro… nem interessa o facto de que no IPCC os dados são submetidos a um processo intensivo de revisões e de os revisores serem por norma de grupos diferentes… isso não interessa para nada… Possivelmente ainda estarão agarrados ao “escândalo” do Climategate… que afinal não foi escândalo nenhum… já foi ampla e devidamente desmentido… e que resultou de uma divulgação indevida de e-mails, completamente fora de contexto… Mas, claro… é preferível perpetuar a mentira…
    Por isso nem vou comentar o que disse na sequência desse comentário… seria uma “conversa de surdos”…

    Como todos deviam saber, um cientista é, ou devia ser, naturalmente cético… Sendo assim que a comunidade cientifica funciona, o que é de estranhar é esse amplo consenso dentro da comunidade cientifica sobre as alteração climática/ aquecimento global… tirando o pequenino número dos cientistas “negadores”, cerca de 5% da comunidade científica, que negam as alterações climáticas por causa antrópica… que aliás se sabe bem por quem são maioritariamente patrocinados… Engraçado… quem paga aos defensores das alterações climáticas??? quem teria interesse em patrocina-los???…
    Toda esta conversa dos cientistas “negadores”, altamente patrocinada pela industria pelas empresas exploradoras dos combustíveis fósseis, ou agro-industria, etc.… parece a conversa de alguns anos atrás com o tabaco, chumbo, etc…

    Já agora… gostaria de saber quando é que em anteriores comentários eu desvalorizei a influencias do vapor de água no efeito de estufa do planeta???!!!… como o Simplório parece alegar a certa altura… agora, não vou desvalorizar também o CO2… e não adianta retorcer o que eu disse para para fazer parecer que você tem razão… é difícil eu cair nessa…
    Para além disso sei distinguir muito bem Efeito de Estufa Natural do Efeito de Estufa alterado por razões antropogénicas… como já disse, não adianta retorcer… Se não houvesse efeito de estufa neste planeta não tínhamos a temperatura média que temos e que já referi acima… simples…
    Quanto à discussão de porque uns gases são considerados de estufa e outros não… já o referi e não vou andar mais para aqui a discutir o “sexo dos anjos”…
    E não… não é à “vontade do freguês”, mais uma vez por muito que tente retorcer, não caio nessa… se não tem conhecimento que a composição de gases na atmosfera, varia de região para região, como por exemplo: litoral, interior, desertos, etc., lamento… (claro que estou a ironizar… porque mesmo você disse que havia entre o litoral e o interior… mas como tentou retorcer o que disse, não resisti à ironia)… Claro que essa composição diferente da atmosfera de região para região também tem efeitos nas temperaturas sentidas… E claro… juntando muitos outros factores…

    De certeza que conhece bem a história da Gronelândia???!!!…

    Essa de pegar nos resultados das medições feitas no “Mauna Loa Observatory” foi interessante… não pecasse por falta do resto da informação… como por exemplo o facto de não haver grandes diferenças entre as medições de CO2 do Havai e da Antártida… e já agora os facto de os vulcões também libertarem dióxido de enxofre que até tem o papel contrário… ou seja arrefecer em vez de aquecer… etc.…

    Não sei se tem descendentes… eu tenho… e preocupo-me com eles e dos que deles possam vir… é daquelas coisas…

    Jules… na minha modesta opinião quem parece que não leu bem o artigo que postou e que eu referi, foi você… mas quem sou eu…

    O problema das teorias da conspiração… como essa, dos “negadores”… é simples… os cientistas “negadores” não conseguem comprovar que a maioria está errada… e quando o tentam fazer é deturpando a realidade ou fazendo-se de coitadinhos/vitimas…

    Quando o Jules diz “…Todos os esforços para melhorar a relação homem-natureza-planeta são sempre bem vindos! Que ao menos sirva para impulsionar ainda mais o uso das energias alternativas, e ,o que era mesmo bom era o fim dos combustíveis fósseis, mas sabe bem o poder que essa indústria tem no mundo todo… E a mudança faz-se com boas acções e não com impostos…”… Assino em baixo…

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