O anúncio da descoberta de vida fora da Terra está eminente, diz a conceituada astrofísica Lisa Kaltenegger. E o Telescópio Espacial James Webb vai ser o responsável pela descoberta.
Uma das maiores especialistas mundiais na procura de inteligência extraterrestre acredita que, com a ajuda do Telescópio Espacial James Webb (JWST), os humanos estão mais perto do que nunca de descobrir vida fora do nosso planeta.
Segundo a astrofísica Lisa Kaltenegger, que dirige o Instituto Carl Sagan em Cornell, como o Webb foi concebido para detetar bioassinaturas, a palavra científica para “sinais de vida”, incluindo o gás metano produzido por organismos, podemos muito bem encontrar vida extraterrestre muito em breve.
“A grande surpresa seria não encontrar nada“, afirmou esta quinta-feira a professora de astronomia, em declarações ao The Telegraph.
Kaltnegger, cujo novo livro “Alien Earths: Planet Hunting in the Cosmos” foi publicado este mês, mostrou-se entusiasmada com o salto tecnológico que o JWST representa para a procura de vida fora do nosso planeta.
“A Humanidade entrou numa nova era dourada da exploração espacial, com milhares de outros mundos à nossa porta, que agora podemos realmente explorar”, diz a astrobióloga de 47 anos.
A conceituada astrofísica e professora universitária é conhecida pelo seu trabalho na área de exoplanetas e na busca por vida extraterrestre, sendo frequentemente mencionada pelas suas contribuições para o estudo de planetas com potenciais condições de vida.
A cientista está particularmente interessada no potencial dos planetas que rodeiam a estrela Trappist-1, uma anã vermelha localizada a apenas 40 anos-luz de distância, com 7 planetas do tamanho da Terra que se suspeita que podem conter água e, potencialmente, vida.
Descoberto em 2017, o sistema Trappist-1 parece ter vários planetas na chamada “zona habitável”, que podem albergar água líquida – e, segundo Kaltnegger, é provavelmente aqui que encontraremos vida.
“Com o Webb, temos a oportunidade de identificar os gases que existem nestes mundos”, explica Kaltnegger. “E, nos próximos, digamos, cinco a dez anos poderemos descobrir se há bioassinaturas nestes planetas”.
“Se a vida está em todo o lado, pode estar nesse sistema“, continua Kaltnegger. “Pode ser que precisemos de observar 100 sistemas, ou 1000 sistemas, antes de encontrarmos vida. Mas também pode acontecer que só precisemos de observar um sistema. Se tivermos sorte, pode ser apenas daqui a um par de anos“.
«A cientista está particularmente interessada no potencial dos planetas que rodeiam a estrela Trappist-1, uma anã vermelha localizada a apenas 40 anos-luz de distância…»
a apenas 40 anos luz… APENAS!! ^_^
Para quem se quiser divertir a fazer contas: Como todos sabemos, a luz percorre 300.000Km em 1 segundo. Sabendo que a velocidade máxima que um ‘veiculo’ (na realidade é uma sonda) feito pelo homem, atingiu, foi de 0.059% da velocidade da luz, quanto tempo, tendo como referencia estes 0.059%, demoraríamos a chegar a este sistema, a ‘apenas’ 40 anos luz de distancia?
Saquem lá das máquinas de calcular 🙂
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, mas o uso da expressão “apenas” referente à distância de 40 anos luz é absolutamente correto.
Na escala das distâncias no Universo, 40 anos luz é um fio de cabelo. É aqui ao lado.
Ainda hoje demos a notícia “Astrónomos descobrem a Super Terra mais próxima em zona habitável” — que está, também, apenas a 55 anos-luz.
Em contrapartida, por exemplo, em junho de 2022 demos a notícia “Sinal de rádio misterioso e invulgar descoberto a três mil milhões de anos-luz da Terra“.
E provavelmente, teremos dados notícias de coisas divertidas que se passam no Universo a distâncias ainda maiores do que 3 mil milhões de anos-luz — que, sacando da máquina de calcular, é 75 milhões de vezes maior do que 40 🙂 .