Cidades “anteriores a Cristo” descobertas na Amazónia – são as maiores e mais antigas já encontradas

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Stéphen Rostain Et al.

Dois mil anos de jardins urbanos na floresta amazónica

Cidades com cerca de 3.000 anos foram descobertas na Amazónia. São os maiores e mais antigos assentamentos descobertos naquela região.

Uma investigação, cujos resultados foram publicados esta quinta-feira na Science, revelou as maiores e mais antigas cidades alguma vez encontradas na floresta da Amazónia.

“Os assentamentos são muito maiores do que outros na Amazónia”, nota o líder da investigação Stéphen Rostain, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, citado pela New Scientist.

Esta é mais uma descoberta que vem contradizer a suposição de que a Amazónia se manteve intocada por humanos até ao século XV.

As cidades em causa – que terão existido entre 3.000 e 1.500 anos atrás – sugerem a existência de uma população amazónica pré-colombiana que podia chegar aos oito milhões de habitantes.

A equipa de investigação tem estudado sítios arqueológicos no vale de Upano no Equador desde a década de 1990.

Mas foi uma pesquisa aérea feita em 2015 que sugeriu a existência de mais de 6000 plataformas terrestres elevadas numa área de 300 quilómetros quadrados.

Nas tais “estruturas de assentamento sofisticadas” incluíam-se casas e grandes edifícios cerimoniais, rodeados por pequenos canais e campos com evidências de cultivo de milho, feijão, mandioca e batatas-doces.

Além disso, a pesquisa descobriu uma rede de estradas que, em alguns casos, se estendiam por mais de 25 quilómetros.

A equipa encontrou camadas de cinza vulcânica, apontando possíveis erupções como razão para o abandono.

A Amazónia não mesmo é uma região imaculada. Em outubro, outra investigação – também publicada na Science – apontou para a existência de mais de 10.000 lugares arqueológicos, debaixo da flora amazónica.

Os investigadores estimaram que poderão, naquela região, poderão existir ainda entre 10.272 e 23.648 “obras” por descobrir.

Miguel Esteves, ZAP //

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1 Comment

  1. Interessante como o cabeçalho da noticia mistura fantasia religiosa com ciência quando se trata se arqueologia. É como se o tal cristo fosse um facto relevante em ter em conta para datar.
    E se a data tivesse mais de 8000 anos como é que diriam? Se encontraram civilizações antes de que deus criasse o universo?

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