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Cidade australiana está coberta de teias de aranha. Fenómeno tem explicação

Uma região australiana está a ser inundada por teias de aranha, após se deparar com severas inundações que obrigaram os habitantes – e os aracnídeos – a procurar terras mais secas para se estabelecerem.

A região de Gippsland, em Victoria, tem sido alvo de ventos muito fortes e chuvas torrenciais desde a semana passada. O fenómeno tem causado vários estragos, já fez dois mortos e forçou vários habitantes a abandonarem as suas casas.

Contudo, os problemas não ficam por aqui. A cidade pode estar a enfrentar uma “praga” de aranhas após as inundações.

Dieter Hochuli, um ecologista da Universidade de Sydney, explicou ao 7 News que as aranhas que vivem no solo estão a fazer exatamente aquilo que as pessoas fazem em situações em que as suas casas deixam de ser habitáveis: mudam-se para terras mais altas.

Os aracnídeos acabaram por se mudar para junto da população, numa altura em que o seu habitat natural está demasiado húmido para a sua sobrevivência.

O The Washington Post refere que estas aranhas são inofensivas para os humanos e são conhecidas por construir teias horizontais sob as rochas.

Para Hochuli, este fenómeno tem a capacidade de mostrar aquilo que acontece na natureza e que nem sempre está diante dos nossos olhos. “Nós não percebemos o que está a acontecer na camada do solo até que essas coisas apareçam à vista de todos”, refere.

A situação acabou por surpreender os habitantes da região, que se têm mostrado cativados com o fenómeno nas redes sociais, porém, há quem não se sinta tão confortável em ver milhares de aranhas espalhadas pela cidade – pode até ser um verdadeiro inferno para um aracnofóbico.

Andrew Crisp, responsável pela gestão de emergência, disse ao Yahoo News Australia que cerca de 98 casas estavam inabitáveis ​​e que 84 sofreram danos significativos devido às inundações.

Este é um problema que está a preocupar as autoridades, pois pode perdurar muito mais tempo do que a presença das aranhas na cidade.

Ana Isabel Moura, ZAP //

 

 

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