A cidade de Providence, capital do Estado norte-americano de Rhode Island, entrou na Justiça com um processo contra a Petrobras, contra a presidente da petrolífera, Graça Foster, e contra outros executivos, além de 15 bancos que vendiam ações da empresa.
A entrada com o processo, feita pelo escritório Labaton Sucharow, na véspera de Natal, foi divulgada esta sexta-feira pelo jornal O Estado de São Paulo.
A cidade quer ser ressarcida pelos prejuízos que terão resultado compra de obrigações “listadas a preços artificialmente inflacionados para ocultar o envolvimento da empresa num velho esquema de pagamentos ilícitos, dissimulados no valor dos activos apresentados nos relatórios da empresa”.
A ação judicial envolve também duas subsidiárias internacionais da Petrobras, e o atual diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa.
Esta é pelo menos a quarta ação coletiva movida contra a petrolífera brasileira, na qual a cidade de Providence afirma ter tido prejuízos ao investir em títulos entre janeiro de 2010 e novembro de 2014.
Com as atuais denúncias de corrupção contra a empresa, e o atraso da publicação do balanço financeiro, as ações perderam valor.
A ação alega que a companhia petrolífera não informou o mercado sobre as suspeitas de branqueamento de capitais e inflacionou valores de ativos para esconder a corrupção, o que colocou os investidores em risco. Citada pelo diário brasileiro, a Petrobras afirmou que não foi informada oficialmente sobre a ação.
Assim como as anterior ações coletivas, o processo de Providence correrá num tribunal de Nova Iorque.
Esta é a primeira vez que, além da companhia, uma queixa judicial nos Estados Unidos cita também a administração, executivos e os bancos que emitiram as ações.
ZAP / Lusa
Quem se mete em negocios com zucas, escalda-se