China reduz para metade taxas alfandegárias sobre produtos dos EUA

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Dan Scavino / Wikimedia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente da China, Xi Jinping

A China vai reduzir para metade as taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos, no valor de 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) em importações anuais, anunciou esta quinta-feira Pequim.

Esta medida, que entrará em vigor a 14 de fevereiro, abrange as taxas alfandegárias aplicadas desde 01 de setembro, disse a Comissão dos Direitos Alfandegários do Governo chinês, citada pela agência Lusa. A decisão surge um mês depois da assinatura de uma trégua na guerra comercial iniciada há cerca de dois anos entre os dois países.

Taxas de entre 10% e 5% vão ser reduzidas para metade em 1.600 bens, como produtos marinhos, aves, soja e alguns tipos de aviões ou ainda lâmpadas de tungsténio usadas na investigação médica. Esta descida visa “promover um desenvolvimento são e estável das relações económicas e comerciais sino-americanas”, indicou a Comissão.

Nos termos do acordo preliminar de 15 de janeiro, a China comprometeu-se a comprar, durante os próximos dois anos, por 200 mil milhões de dólares (cerca de 182 mil milhões de euros), produtos suplementares norte-americanos, agrícolas e manufaturados.

Na terça-feira, o conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, declarou que o surto do novo coronavírus na China e que está a paralisar a economia do país ia atrasar a compra destes produtos norte-americanos.

No sábado, Pequim tinha anunciado a anulação de taxas alfandegárias aplicadas em alguns produtos médicos norte-americanos importados para combater a pneumonia viral, como desinfetantes, vestuário de proteção e veículos de socorro.

A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica terça-feira.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

Lusa //

3 Comments

  1. Duvido muito que esse alegado acordo tenha durabilidade, sabendo que o tio sam nunca foi de confiança e sua especialidade ser não cumprir acordos.

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