O Governo chinês também se deixou conquistar pelo metaverso. Recentemente, o Partido Comunista Chinês lançou uma escola no mundo virtual.
De acordo com o South China Morning Post, que cita o Governo chinês, a escola virtual será uma forma mais eficaz de educar os atuais e futuros camaradas a “construir o partido”.
A iniciativa é decorrente do crescente interesse no metaverso, “que explodiu durante a pandemia de covid-19, quando jogos como Fortnite, Roblox e Animal Crossing: New Horizons se tornaram destinos populares para interações pessoais” na China.
Como consequência, a Academia Chinesa de Governação – uma instituição dedicada à formação de funcionários públicos dentro da doutrina e princípios do Partido Comunista – acredita que um mundo virtual será “uma forma mais flexível e poderosa de fazer um trabalho de construção de partidos”.
Ainda não é claro quem serão os alunos desta escola. O comunicado de imprensa, publicado na rede social chinesa WeChat, refere apenas que será um mundo de realidade virtual acessível que transportará os estudantes para “atividades virtuais, incluindo palestras e lições de história“.
“Os participantes aparecem como avatares digitais tridimensionais e podem estudar relíquias históricas e montar instalações, tudo em 3D”, lê-se.
Esta não é a primeira vez que o Partido Comunista Chinês adota a realidade virtual como uma forma de “evangelizar” as virtudes do pensamento de Mao e daqueles que o seguiram.
Segundo o diário, um ramo do partido numa cidade no leste da China utilizou realidade virtual para “reforçar a lealdade dos quadros ao partido“, pedindo às pessoas que colocassem óculos de RV “para responder a uma série de perguntas baseadas num documentário que lhes foi mostrado sobre os heróis comunistas”.
Esta experiência será ligeiramente diferente: a escola virtual será um mundo mais “persistente”, que tornará mais fácil doutrinar e ensinar os estudantes.