China e Rússia invadem espaço aéreo do Japão em patrulha aérea conjunta

Xi Jinping, Vladimir Putin

Aviões militares chineses e russos realizaram, esta segunda-feira, uma missão de patrulha conjunta sobre os mares do Japão e do Leste da China, informou esta terça-feira o ministério da Defesa da China.

Esta foi a sexta operação deste género a ser realizada, como parte de um acordo de cooperação anual entre Pequim e Moscovo, detalhou o ministério, através de uma nota difundida na sua conta oficial na rede social Weibo.

China e Rússia concordaram, em março, em fortalecer a cooperação a nível militar, visando aumentar a confiança mútua entre as suas Forças Armadas, de acordo com um comunicado conjunto, emitido após uma reunião no Kremlin entre os presidentes chinês e russo, Xi Jinping e Vladimir Putin, respetivamente.

“As duas partes vão realizar regularmente patrulhas conjuntas no mar e no espaço aéreo, exercícios conjuntos, intercâmbios e cooperação no âmbito de todos os mecanismos bilaterais existentes”, lê-se no documento.

Desde o início da guerra na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua, na qual apelou ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, em referência à Rússia.

A 29 de novembro de 2022, aviões militares russos e chineses entraram em espaço aéreo da Coreia do Sul, na sequência de uma patrulha conjunta no Pacífico.

Na mesma altura, a Força Aérea de Autodefesa do Japão também mobilizou caças na sequência da entrada dos bombardeiros chineses no Mar do Japão a partir do Mar da China Oriental onde, de acordo com comunicado do Ministério da Defesa japonês, se fizeram acompanhar de dois drones russos.

Em fevereiro de 2022, uma semana antes do início da invasão russa, Putin e Xi proclamaram uma “amizade sem limites” entre os dois países, durante um encontro em Pequim.

A visita do Ministro da Defesa chinês à Rússia confirmou que os dois países iriam reforçar a realização de exercícios conjuntos, bem como o comércio de armas.

ZAP // Lusa

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