Cheques que Trump exigiu assinar enviados a pessoas que já morreram

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Erik S. Lesser / EPA

Os cheques de estímulo financeiro, que Donald Trump exigiu que tivessem o seu nome, estão a ser enviados a pessoas que já morreram.

Em entrevista ao Wall Street Journal, o Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, admitiu que os cheques de estímulo financeiro do Governo estão a ser enviados para pessoas que já morreram.

“Estamos a verificar as nossas bases de dados, mas pode haver um cenário em que nos falhou alguma coisa, por isso sim, os herdeiros devem devolver esse dinheiro. Não é suposto ficarem com esse pagamento”, afirmou.

Segundo o semanário Expresso, os relatos começaram a surgir, há mais de uma semana, nas redes sociais. “O meu avô recebeu o cheque antes de os meus pais receberem. O meu avô morreu no ano passado”, cita o jornal.

Recorde-se que estes cheques foram alvo de polémica, uma vez que o Presidente norte-americano exigiu que o seu nome aparecesse neles, algo inédito na história do país e que terá atrasado os pagamentos. A exigência deu aso a muitas críticas, com muitos a considerar que Trump fez um aproveitamento político de um departamento do Estado.

Para evitar que esta situação se repita, Chuck Schumer, porta-voz dos democratas no Senado, já adiantou que vai submeter a votação um diploma para “pôr fim à exploração presidencial do dinheiro dos contribuintes para fins de promoção que só beneficiam a sua campanha para a reeleição”, cita o semanário.

Se for aprovado, o diploma irá proibir que o nome do Presidente ou do seu vice apareçam em pacotes de ajuda federal. No entanto, os democratas têm algumas dificuldades, uma vez que estão em minoria no Senado.

Trump não vai renovar diretrizes sobre distanciamento

O Governo considera que esta orientação de prudência, emitida há 45 dias, foi integrada nas recomendações dadas pelos estados sobre a forma como podem começar a aliviar gradualmente as restrições e reabrir as suas economias.

Estas diretivas vão desaparecer porque os governadores estão agora a fazê-lo”, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, aquando da reunião desta quarta-feira com o governador democrata pelo estado do Luisiana, John Bel Edwards.

A economia dos EUA contraiu-se 4,8% primeiro trimestre em termos anuais, um indicador que é precursor dos relatórios sombrios que se aguardam neste verão, uma vez que a pandemia de covid-19 levou ao encerramento de grande parte do país e provocou uma grave recessão.

Trump falou com confiança dos governadores que lideram a retoma nos seus estados, mas a fase de transição não está a correr bem em todas as regiões do país.

“Eu queria dar-lhe os parabéns”, disse Trump a Edwards, elogiando o governador pelo trabalho que fez em Nova Orleães, uma das zonas mais afetadas pelo novo coronavírus.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (59.446) e mais casos de infeção confirmados (mais de um milhão).

ZAP // Lusa

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