Cheias causam mais de mil mortes no Paquistão. Um terço do país está “debaixo de água”

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António Sampaio / Lusa

As cheias no Paquistão já causaram 1061 mortes desde meados de junho, informaram no domingo as autoridades, com a ministra para as alterações climáticas, Sherry Rehman, a classificar a estação das monções como “uma catástrofe climática grave”.

As cheias causadas atingiram as aldeias e as colheitas, num cenário em que os residentes foram evacuados por soldados e equipas de salvamento e transportados para campos de apoio, noticiou a agência Associated Press.

Rehman disse que o país está a passar por “uma das mais duras” catástrofes climáticas “da década”. “Estamos numa implacável cascata de ondas de calor, incêndios florestais, cheias repentinas, múltiplas explosões de lagos glaciares, inundações e, agora, a monção da década está a causar estragos em todo o país”.

A época das monções afetou as quatro províncias do país. Cerca de 300 mil casas foram destruídas, estradas ficaram intransitáveis e houve falha generalizada de eletricidade, afetando milhões de pessoas.

Ao noticiário turco TRT World, Rehman indicou que, quando as chuvas baixarem, é possível que “um quarto ou um terço do Paquistão [esteja] debaixo de água”.

Em maio, disse à BBC Newshour que tanto o norte como o sul do país estavam a assistir a eventos climáticos extremos devido ao aumento das temperaturas.

ZAP //

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