Chega não entra no Governo, mas AD vai negociar com os “novos socialistas” – que são do Chega

19

Partido Social Democrata / Flickr

Conselho Nacional do PSD

Hugo Soares diz que a AD vai dialogar com “todos, todos, todos”. Mas a palavra de Montenegro mantém-se. Leitão Amaro reforça disponibilidade para negociação.

Quase 6 milhões de eleitores foram votar em Portugal e decidiram reforçar o número de deputados da AD – Coligação PSD/CDS.

No entanto, os 89 deputados (para já) são insuficientes para maioria absoluta. Por isso, surge a pergunta óbvia: como será o próximo Governo?

“Vamos fazer o que sempre fizemos, que é dialogar com todos, todos, todos“, começa por responder o até aqui líder parlamentar do PSD, Hugo Soares.

Na SIC Notícias, o deputado comentou que a AD deve ter “maturidade democrática”.

O que também se mantém é o “não é não” ao Chega. Ou seja: o Chega não entra no Governo. “Integrar um elemento do Chega no governo seria o mesmo que dizer que o primeiro-ministro não tem palavra”.

“Se há uma coisa que este primeiro-ministro habituou o país, é que é de palavra. Ele disse ‘não é não’ ao Chega há um ano e manteve a mesma posição agora“, assegurou Hugo Soares.

Hugo reforça que “o que se coloca hoje em cima da mesa é o que as oposições vão fazer. Vão ser responsáveis e deixar governar uma legislatura aqueles que foram escolhidos pelo povo?”, perguntou.

E atirou sobretudo para o lado socialista: “O PS contribuiu de forma absolutamente gritante para a instabilidade política em Portugal. Em 11 meses, o Partido Socialista derrubou o Governo, em cumplicidade com o Chega, e o resultado está agora à vista”.

Pedro Nuno Santos já anunciou que vai deixar a liderança do PS. Se José Luís Carneiro avançar, o partido pode entrar numa nova fase, admite o social-democrata.

Paulo Rangel seguiu a mesma linha: não há Governo com Chega. “A AD não irá fazer nenhuma coligação governamental com o Chega. Isto é bastante claro. Por isso temos que negociar cada dossier“, disse à Euronews.

Leitão Amaro e “novos socialistas”

António Leitão Amaro explicou na RTP que o “não é não” é válido para o Chega (não) entrar no Governo. E também não haverá Governo com PS.

“A governação não deve estar assente, nem numa solução de bloco central, nem numa solução com o Chega” – o partido de André Ventura é composto por alguns “novos socialistas”, segundo Leitão Amaro.

O até aqui ministro da Presidência, que foi o primeiro deputado eleito no domingo passado, avisou no entanto que “há disponibilidade para negociação”.

O Chega pode falar com a AD, se isso for “para bem do país”, segundo o deputado Bruno Dias – mas os compromissos devem ser formais e a AD não deve chamar “socialistas” aos deputados do Chega.

Revisão? Não

Outra novidade que surgiu nestas eleições legislativas foi a maioria de dois terços conseguida pelos partidos de direita. Ou seja, não precisam de acordo com a esquerda para mudar a Constituição.

Mas a revisão constitucional não deve avançar nesta legislatura: “Não está nas nossas prioridades”, comentou Leitão Amaro.

Hugo Soares confirmou: “Ninguém lá fora está preocupado se vai haver uma revisão constitucional ou não. Não estão os portugueses, nem estou eu”.

ZAP //

19 Comments

  1. O Partido Chega não precisa de entrar no Governo do dr. Luís Esteves porque já faz parte do bando do dr. Pedro Coelho ao qual também pertence o dr. Luís Esteves e restante camarilha do seu Governo.
    O Chega foi criado para perseguir, prejudicar, e destituir o Presidente Rui Rio na época em que este foi líder do Partido Social Democrata e da oposição: «André Ventura lança movimento para destituir Rui Rio» (https://www.publico.pt/2018/09/22/politica/noticia/andre-ventura-lanca-movimento-para-destituir-rui-rio-1844970).
    Na altura o auto-denominado «movimento Chega» representava o dr. Pedro Coelho e o seu bando, ou seja a facção liberal/maçónica do PSD que é contra a linha de Francisco Sá Carneiro, a social-democracia, a regionalização, o Interesse Nacional, e o republicanismo, sendo estes princípios e valores representados pelo Presidente Rui Rio.
    Mais tarde o movimento dá origem ao Partido Chega com o objectivo de roubar votos ao Partido Social Democrata – que se tornou uma força política completamente moribunda e descredibilizada pelo dr. Pedro Coelho – prejudicando assim o PSD e o Presidente Rui Rio nas Eleições Legislativas de 2022.
    O Partido Chega é uma fraude, uma força política liberal/maçónica criada para tentar manter este ilegítimo, criminoso, corrupto, e anti-democrático regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 assim como o sistema político-constitucional ainda em vigor.
    O Partido Chega representa os interesses do dr. Pedro Coelho e seu bando, do Partido Socialista e os seus aliados (vejam a votação que teve no Alentejo e Algarve).
    Os Portugueses ingénuos ou mais distraídos (não me refiro aos votantes da esquerda que agora votam no Partido Chega por conveniência) têm de perceber que estão a ser enganados.

    4
    6
    • Meu Caro quem está completamente enganado é vocemecê, quem votou no Chega foram as pessoas que pagam impostos e que não querem que o governo continue a dar subsídios a quem não quer trabalhar, mas enfim, continue na sua cruzada de D. Quixote e Sancho Pança.

      8
      3
      • Podem começar pelo dinheiro que os partidos recebem à nossa custa. Mais as subvenções vitalícias para quem andou a brincar aos deputados na AR.

        Querem brincar à politica, paguem do próprio bolso!

        1
        0
      • O dr. Carlos Mota escreveu «…não querem que o governo continue a dar subsídios a quem não quer trabalhar…», concordo plenamente, quero é ver-vos então a defender e a tomar iniciativa política e legislativa para acabar de imediato com todo e qualquer subsídio/financiamento público aos partidos políticos, instituições particulares de solidariedade social (ipss), associações, federações, fundações, desporto, ensino privado, sindicatos, cultura, outras entidades/iniciativas, e principalmente acabar com os subsídios que são dados aos negócios/empresas privadas sejam elas grandes, médias, ou pequenas, os Portugueses não podem continuar a pagar e a manter as empresas e os negócios dos outros que têm de passar a viver à custa do seu trabalho e não de chulanço, andámos a dar subsídios às empresas que não fazem nada, pouco ou nada produzem, não contratam, são inviáveis, e não querem trabalhar.

    • Enganadissimos! Presumo que, em sua opinião, a Ad deva governar sozinha, contra a maioria do Parlamento!
      Inteligentissimo, também.

      António Araujo

  2. Está tudo espantado com o resultado das recentes eleições???

    Os partidos da Esquerda têm que perceber porque razão os portugueses estao dar força à Direita e em particular, ao partido CHEGA.
    Basta fazer o simples exercício de perceber no que o Chega diz de diferente e no que o CHEGA defende e que nenhum outro o faz.
    – da Esquerda à Direita, todos têm em comum a defesa de alguns problemas da sociedade. Porém, só o CHEGA é que fala num verdadeiro controlo da migração e expulsão de quem não faz falta cá estar, só o CHEGA é que fala na defesa de valores culturais e religioso portugueses, identidade de portugal preservada, controlo nas fronteiras terrestres, segurança das populações, bandidos estrageiros, mesmo que legais, rua com eles, cumprimento de regras para todos, os apoios financeiros e sociais só para quem realmente precisa e que os portugueses que estejam em primeiro lugar!

    Se AD quiser “esvaziar” o CHEGA, terá que ser muito mais pragmático no controlo dos migrantes, dar condições de segurança e atuação das forças policiais e impor quota máxima de migrantes em Portugal, para que nunca seja possível a ocupação do país por parte de outros!

    Isto não é ser radical, é amar portugal, proteger portugal, proteger os nativos portugueses, proteger a soberania nacional…é aprender com os erros dos outros paises da Europa que agora se vêm a braços com problemas sérios de segurança, identidade e qualidade de vida das populações.

    12
    2
      • Está enganado, quem deu cabo do País foi o XIX Governo liberal/maçónico liderado pelo dr. Pedro Coelho e o seu bando do qual faz parte o Partido Chega, os Governos liberais/maçónicos do dr. António Costa e do dr. Luís Esteves limitaram-se e limitam-se a dar continuidade à mesma agenda política, económica, e de engenharia social.

        2
        1
    • Só tem mesmo um discurso populista… e quais valores culturais e religiosos? Como é possível alguém cair na cantiga dum partido que tem deputados a “gamar” malas no aeroporto, outro que prostituiu um jovem de 15 anos (e que era a favor da castração química de violadores de menores), outro que tem um processo de violência doméstica, outro que traficava esteróides e que foi detido por posse ilegal das armas mais variadas, etc… e que se arvora em defensor da moral e dos costumes?

      5
      3
      • Como é possível?
        Da mesma forma que andam a cair na cantiga de partidos com gente envolvida em casos das malas de Macau, Casa Pia, Tutti Frutti, BES, Novo Banco, etc, etc…
        As pessoas fartaram-se, e, se os partidos do costume não fazem por “resolver” e apresentar trabalho, ie, resultados e justiça que se veja, então o POVO dará o seu veredicto nas urnas…depois não chorem, é o resultado da DEMOCRACIA! Ou o resultado só é válido quando agrada a alguns?

        1
        1
      • Gostar de “fotocópias” é que é bom. E por falar em prostituir jovens, lembro-me duma estória do início deste século. Está lembrado? Resultados sérios?

        1
        1
  3. Começam novamente bem os comentadores da sic/cnn, ainda não perceberam nada do que está e vai acontecer!
    A AD/PS2 cresceu “pocochinho” com os votos de PS, até o meu vizinho filiado no PS foi a correr votar na AD…porque será?
    Os votos do Chega, alguns vieram da esquerda (CDU), mas muitos vieram do PS2, como em minha casa, 3 (vivo em Leiria)…
    Façam uma análise fina dos resultados, se quiserem…para mim está tudo bem. Quanto a licenciados ou não, haveria muito a dizer… em minha casa foram 100% dos votos (5) de licenciados no CHEGA….

    6
    2
  4. Fiz um “grande estudo”, sobre o eleitorado que vota no Chega, e cheguei ás seguintes conclusões:
    – São eleitores “pouca alfabetizados” (só cerca de 23% licenciados, segundo a sondagem da pitagórica, sic), em Portugal há 70% de licenciados?
    – Não vivem nas freguesia mais envelhecidas e das elites de Lisboa, Porto e Coimbra. Estão mais nas outras zonas todas.
    – Quando saem de casa para ir trabalhar ou vão a pé, bicicleta, mota, carro, ou transportes públicos . Não têm motorista privado e têm que trabalhar.
    – E são maioritariamente homens (57%), e jovens (até os 55 anos ) cerca de mais de 75%….Segundo a pitagórica sic.
    Sabem o que isto vai dar… façam um estudo… e o burro sou eu…
    Posso acrescentar que não é um voto de protesto, é mesmo para derrubar o sistema!

    4
    1
  5. Chega, o partido dos que estão zangados com a vida. Vou avisar, não vai mudar nada na vossa vida, a não ser se comerem as migalhas que caem da mesa do Ventura.

    3
    4
    • Por onde andaram os deputados do Partido Chega e o dr. André Ventura durante 45 anos? Porquê que só ficaram muito indignados com o grave estado em que o País e o regime se encontram nos últimos 5 anos quando o mal já vinha de trás? Porquê que o dr. André Ventura cria um movimento para perseguir, prejudicar, e destituir o Presidente Rui Rio na época em que este foi líder do Partido Social Democrata (https://www.publico.pt/2018/09/22/politica/noticia/andre-ventura-lanca-movimento-para-destituir-rui-rio-1844970), quando era o próprio Presidente Rui Rio o único com um Projecto para o País e o mais activo e bem preparado na defensa do Interesse Nacional, assim como para implementar as reformas que o País precisa?

    • Para si mudou muito? … mais 9 avençados no parlamento.
      “zangados com a vida” a sua tia, este ano em vez de 1 semana, já marquei 3 semanas no Algarve! …aconselho rennie …

Responder a Jorge Cancelar resposta

Your email address will not be published.