Chefe do Estado-Maior russo Valery Gerasimov também está desaparecido

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Kremlin / Wikimedia

Valery Gerasimov, novo comandante dos militares russos na Ucrânia

A rebelião encetada a semana passada pelo grupo mercenário Wagner parece continuar a fazer vítimas na hierarquia militar russa. Tal como Sergei Surovikin, também o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, está desaparecido desde sábado.

O general russo Valery Gerasimov não é visto desde sábado, data em que o líder do grupo paramilitar Wagner suspendeu a marcha de protesto contra o comando militar.

Ao contrário do general Sergei Surovikin, que desapareceu também no sábado mas que estará detido em Moscovo, não há qualquer informação acerca do paradeiro ou destino de Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia.

Gerasimov, que segundo a agência Reuters não aparece em público ou na TV estatal russa desde sábado, seria um dos alvos da rebelião de Yevgeny Prigozhin, que teria como objetivo raptar o Ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o general de 67 anos, que lidera as forças armadas russas.

Ainda segundo a Reuters, o nome do general Gerasimov não é referido em nenhum comunicado do Ministério da Defesa russo desde o dia 9 de junho.

Segundo alguns analistas militares ocidentais,  Valery Gerasimov tem o controlo de uma das três “malas nucleares” da Rússia, dispositivos portáteis que transmitem ao comando militar central os códigos necessários para lançar ataques nucleares.

A decisão final sobre o uso das armas nucleares russas cabe exclusivamente ao presidente Vladimir Putin, que viaja sempre acompanhado da sua “mala nuclear”.

Gerasimov era um dos principais alvos das ferozes críticas que Prigozhin lançou nas últimas semanas à hierarquia militar russa.

Em maio, o líder do grupo Wagner aparece ao lado de uma pilha de corpos num vídeo, no qual visa o diretamente o general: “Faltam-nos munições! 70%! Shoigu! Gerasimov! Onde estão a porra das munições?”

Prigozhin afirmou publicamente que a rebelião não procurava derrubar o governo de Vladimir Putin, mas destituir o ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior, a quem acusou reiteradamente de alta traição e incompetência na liderança da invasão da Ucrânia.

Segundo o Wall Street Journal, Prigozhin planeava capturar as chefias militares russas durante uma visita que fariam a uma zona de fronteira com a Ucrânia, mas os serviços secretos russos descobriram o plano dois dias antes da sua execução.

O desaparecimento de Gerasimov junta-se ao de Sergei Surovikin, conhecido como “General Armagedão” pela sua brutalidade nas campanhas militares na Chechénia e Síria, no rol de aparentes vítimas da fracassada rebelião de Prigozhin.

Em contrapartida, o ministro da Defesa russo, que Prigozhin exigiu que fosse destituído, fez várias aparições em público esta semana, o que sugere que a revolta dos mercenários terá saído pela culatra e reforçado a posição de Sergei Shoigu.

ZAP //

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5 Comments

  1. E andava a seita dos sargentos carecas comentadores de TV a dizer que tudo isto era uma manobra de ilusão. Manobra de ilusão é como é que esta gente conseguiu fazer carreira no exército. Isso é que foi uma grande manobra de ilusão. Se esta guerra serviu para alguma coisa em Portugal, foi para os portugueses saberem para onde vai o dinheiro dos seus impostos no que toca à defesa. É para pagar a génios destes.

  2. Obviamente que qualquer pessoa com cabeça, percebeu o que se tinha passado e que nunca seria possível estar apenas o Prigozhin envolvido. Tudo isto implicava necessariamente mais gente. Basta pensar que a coluna ficou apenas a 200 kms de Moscovo. Pouca ou nenhuma resistência teve pela frente. Quanto aos comentadores que refere, são de facto uma pobreza completa. Não têm qualquer intelecto, visão, capacidade de perceber o que os rodeia. Gente menor. Ainda bem que Portugal nunca esteve envolvido numa guerra. O que seria de nós, liderados por essa gente sem qualquer capacidade de compreender coisas básicas que todos entendemos, e nem militares somos.

  3. Esse senhores que referem são autênticos zeros à esquerda. Por vezes fico mesmo a pensar se não estarão a lutar pelo prémio do maior idiota do ano.

  4. A palhaçada acaba por virar ironia..
    O que dizer do Camarada Peskov?
    Figura erudita e sábia, principalmente no que concerne a assuntos relacionados com o “desaparecimento” de altas figuras de estado. Sendo ele, um “desaparecido”.
    É só fotos e áudio, e ninguém questiona.
    Palhaçada

  5. Esse prémio já foi atribuído a Putin-o pequeno, desde a invasão da Ucrânia.
    Um imbecil que andou a aproveitar 23 anos de progresso da Rússia para estourar tudo numa guerra de conquista que não tem lugar nos dias de hoje.
    O maior imbecil do século XXI que poderia ter ficado para a história da Rússia, mas que irá sair pela porta dos fundos de onde saem todos os elementos do antigo KGB.

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