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Chavismo irá a eleições parlamentares antecipadas mesmo sem participação da oposição

MinCI

Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela

As forças que apoiam o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estão preparadas para participar nas eleições parlamentares antecipadas, mesmo que a oposição decida não participar.

“Isso (não participação da oposição) não nos deterá. Nós, em 2020, vamos a eleições para a Assembleia Nacional. Vão (participar) os melhores revolucionários para que sejam a voz do nosso povo”, disse o presidente da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime).

Diosdado Cabello, que é tido como o segundo homem mais forte do chavismo, depois do Presidente do país, Nicolás Maduro, falava ontem numa iniciativa com simpatizantes no Estado venezuelano de Táchira.

As declarações de Diosdado Cabello têm lugar no mesmo dia em que o deputado opositor José Guerra denunciou que o regime está a tentar comprar parlamentares opositores, para que a oposição deixe de ter “maioria qualificada” na Assembleia Nacional, onde está em maioria.

Em várias oportunidades, políticos afetos ao regime têm insistido em propor que as eleições parlamentares sejam antecipadas para “recuperar” os espaços que a oposição conquistou nas legislativas de 2015 e afastar o opositor Juan Guaidó da presidência da Assembleia Nacional.

O atual período legislativo entrou em vigor em 05 de janeiro de 2016 e terminará em 04 de janeiro de 2021.

Nas últimas semanas a oposição venezuelana tem insistido de que é necessário atualizar as autoridades do Conselho Nacional Eleitoral, organismo que dizem estar dominado pelo regime.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou em janeiro último, quando o presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, jurou assumir as funções de presidente interino do país, até conseguir afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e transparentes no país.

// Lusa

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