Joshua Browder, CEO da DoNotPay, diz que entregou toda a sua vida financeira ao modelo de linguagem GPT-4 da OpenAI, numa tentativa de poupar dinheiro.
A DoNotPay chegou às bocas do mundo em fevereiro depois de o seu robô fazer história numa audiência em tribunal ao tornar-se o primeiro a aconselhar um cliente através de uns fones, num caso em que estava em causa uma multa de excesso de velocidade.
No entanto, uma ação judicial foi movida contra a DoNotPay nos Estados Unidos da América. A empresa é acusada de exercer advocacia sem autorização, o que viola a legislação do estado da Califórnia.
Browder contou que decidiu subcontratar o GPT-4 para tratar de toda a sua vida financeira pessoal. O modelo de linguagem é uma melhoria em relação ao clássico ChatGPT, uma vez que aceita inputs não só de texto, mas também imagem.
“Dei ao AutoGPT acesso ao meu banco, extratos bancários, relatórios de crédito e email”, revelou o CEO, numa série de tweets publicados na semana passada.
Browder diz que já conseguiu lucrar 217,85 dólares desde que começou a usar a tecnologia para lidar com as suas finanças pessoais.
A inteligência artificial encontrou 80,86 dólares que saíam da conta de Browder todos os meses devido a subscrições inúteis. Depois, ofereceu-se para cancelá-las. O GPT-4 tratou de tudo sem que Browder precisasse de fazer nada.
Embora a tecnologia tenha um grande potencial, há alguns senãos. Entregar a um chatbot todas as suas credenciais de login bancário é dúbio.
“Estamos a construir o DoNotPay Chat para estar disponível como um Plugin ChatGPT, no nosso site e até mesmo via iMessage”, prometeu ainda Browder. “Os direitos dos consumidores são o trabalho perfeito para a IA!”.
Nem todos pareceram empolgados. De acordo com a Futurism, um utilizador do Twitter respondeu que isto “cheira a um esquema de extração de informações pessoais”.