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CGD: Levantar dinheiro com caderneta passa a custar 2,86 euros

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André Kosters / Lusa

A partir desta quarta-feira, levantar dinheiro com caderneta nos balcões da Caixa Geral de Depósitos passa a custar 2,86 euros. Este é um custo quase três vezes superior ao antigo.

Com isto, a Caixa Geral de Depósitos pretende levar os clientes a trocarem a caderneta por cartões eletrónicos ou pela aplicação do banco para telemóvel. A caderneta ainda é usada por cerca de 300 mil clientes da CGD com idade superior aos 65 anos.

A notícia avançada pelo Correio da Manhã fala ainda de um agravamento de comissões nas contas pacote e universitárias. O aumento dos tarifários abrange o levantamento de dinheiro ao balcão e as comissões da conta pacote S, a mais básica. A comissão sobe 30 cêntimos, chegando ao custo mensal de 2,80 euros.

As contas M e L não vão sofrer alterações, pelo que apenas 1,5 milhões dos 3,2 milhões de clientes serão afetados pelo aumento do preçário.

As contas de estudantes, professores e funcionários de universidades também serão afetadas. Os estudantes e docentes com mais de 26 anos terão agora de pagar uma comissão mensal, que representa um custo de 24 euros ao final do ano, segundo informa o Jornal Económico.

O banco desvaloriza estes aumentos e defende que mantém a confiança dos clientes: “Apesar deste aumento, a Caixa continua a ser um dos bancos mais competitivos em termos de comissões dos grandes bancos a operar em Portugal, como pode ser comprovado através do Portal do Cliente Bancário do Banco de Portugal, no Comparador de Comissões”.

O exemplo da Caixa Geral de Depósitos não é único e outros bancos também subiram ou adicionaram taxas recentemente. O BPI começou a cobrar uma comissão de 1,248 euros por transferências MB Way.

Cerca de dois meses após o BPI, foi a vez de também o BCP dar conta no início de abril de que no preçário a entrar em vigor a 17 de junho também iria passar a aplicar uma comissão sobre as transferências MB Way. No caso do banco liderado por Miguel Maya, o custo a cobrar vai variar consoante a plataforma utilizada.

ZAP //

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27 Comments

    • A CGD era o ultimo refugio dos “velhotes”. Agora não há mais fuga aos torcionários.
      Sim, isto é o mesmo modelo de negócio, tipo “cobrança de protecção em relação a eles próprios”, usado pelos Don corleone e amigos. Não existe diferença.
      Qual o motivo porque no século passado não passava pela cabeça de banco (quase) nenhum “cobrar comixões”? Porque não são devidas. É simples: NÃO SÃO DEVIDAS! É como quando um gajo qualquer te cobra pelo “estacionamento”.

      O que é que os impede de ir aumentando, adicionando, aumentando, inventando palavreado só para roubar, (sim, extorsão = roubo) com o beneplácito alegre de uns tais de “políticos” (bando de vendidos)? NADA! Sim, Nada, enquanto não aparecer o medo. Medo de quem?
      O tempo dos brandos costumes já durou e durou. Estamos a ser invadidos recto acima, por termos o perfil de cobardes sem espinha dorsal. É isso que somos? Um bando de fedelhas assustadas e indefesas? É isso que é um “Português”? Um molusco que serve para fazer ruido nos cafés e nada mais? Se Não é, têm muito, muito, muito o que provar…

  1. Não consigo perceber como é que isto não é ilegal ou anti-constitucional. As pessoas são obrigadas a ter uma conta num banco porque as empresas e o Estado se recusam a pagar em dinheiro. E depois as pessoas tem de pagar para tirar o dinheiro do Banco??? Não estará na altura de dizer já chega aos bancos e ao Estado que alinha nesta fraude???

  2. Piratas!!! Ou melhor: corsários (que estes roubam com autorização)!!!
    O dinheiro é dos depositantes. Não chega já aquele que sacaram a todos nós (clientes ou não) para empréstimos ruinosos e criminosos (Berardo, Vale do Lobo, etc…).
    Há um tempo vi que na Alemanha tinha quadruplicado a venda de cofres domésticos. Talvez tenhamos também que regressar ao colchão….

    • Olhe que essa!!! Então a CGD é uma imposição a alguém?! Só é lá cliente quem quer. E se não quiser, que mude. Acho muito bem que paguem forte e feio. E até acho que deviam subir ainda mais o preçário dos serviços e operações.

      • Meu caro, não é bem assim. Está a ver mal a questão!
        Não sou e nunca fui cliente da CGD. Mas convém lembrar, por exemplo, quem contratou empréstimos à habitação, por 20, 30, 40 anos com umas condições (comissões e afins), que entretanto mudam a bel-prazer dos srs.. É sacarem dinheiro porque sabem que as pessoas não podem mudar facilmente o empréstimo (custos, chatices, burocracias, etc.).

        E o que dizer dos velhotes que não estão informados a respeito das contas de serviços mínimos e não sabem/podem/têm condições para mudar de instituição.

        E o que dizer das povoações onde só há um balcão (CGD ou outro). As pessoas são “quase” obrigadas a trabalhar com esta ou aquela instituição.

        Vai desculpar-me mas o seu discurso é condizente com o típico lisboeta, que desconhece o país real. Muito limitado e redutor o seu argumento.

        Acha muito bem que paguem forte e feio e que até deviam subir!?!? Porque razão? Se o raciocínio anterior é limitado, este é claramente idiota!

        Que serviço é que justifica que o Sr. pague para que lhe devolvam aquilo que é seu?

        O dinheiro que é confiado aos bancos é dos depositantes. Com esse dinheiro (que depois perdem em operações ruinosas e criminosas) os bancos fazem negócios e empréstimos. Já são remunerados pelas comissões de manutenção, pela emissão de cartões e cadernetas e pelos juros que cobram. Logo não têm de cobrar para devolver aquilo que é nosso!

        Não compreendo, de todo, a sua lógica!

        • Olhe a minha lógica é a seguinte. A CGD não deveria existir enquanto entidade pública. É essa a minha lógica. Sempre a defendi. A CGD sempre serviu para o poder político fazer o que quisesse na economia. É um sorvedouro de dinheiro público porque mais tarde ou mais cedo temos de ir tapar buracos e apenas serve para orientar amigos, empresários que joguem com o poder político e para influenciar de um modo ativo a sociedade, a economia e até os media. Enfim, uma vergonha completa.
          Qualquer empresa nacional sabe que mais facilmente o santander, o millenium ou o bpi lhe apoiam os seus investimentos do que a CGD.
          Tudo o que o amigo disse não faz qualquer sentido. Atualmente ninguém é obrigado a ter conta na CGD. Se querem ser clientes que o sejam mas depois não reclamem. Paguem ou mudem! Se não, serão seguramente masoquistas. E quanto aos balcões anda muito enganado. Corra lá esse país que diz que conhece tão bem (e posso assegurar-lhe que sem o conhecer a si, conheço muito melhor todo o país do que o caro amigo seja pela idade, seja pela minha profissão), e veja por exemplo o número de balcões que o santander possui espalhados por todo o lado.
          Deveria procurar sair mais e sobretudo compreender os motivos que conduzem a que grande parte dos políticos não queiram abrir mão da CGD.

          • Claramente não entende português, ou não entendeu o que eu escrevi.

            Desde logo porque parte do que defende foi o que eu advoguei. Também não vejo qualquer utilidade num Banco público que faz o mesmo que fazem os privados (idem para as televisões).

            Por outro lado, quem tem créditos está amarrado e não consegue mudar assim de conta como refere.

            Finalmente, acredite que conheço muito bem o país. Posso não o conhecer tão bem como você mas conheço-o muito bem.

  3. Lamento ser cliente da Caixa pois além de ser um roubo acho melhor receberem o dinheiro de quem lhes deve milhões. E deixar as pessoas a vontade pois esses ainda gozam com eles e dizem que não lhes devem nada
    Só lamento os directores dessa altura não terem apreciado isso e concederem tais financiamentos obrigando agora as pessoas a pagar indirectamente

  4. É tão fácil gerir assim uma empresa…
    Tem buraco, inventa nova maneira do cliente pagar mais e está feito!
    Onde é que eu também já vi isto!? Ah… no estado.
    Os tugas estão a ser sugados até ao tutano, mas desde que haja novelas e futebol está tudo bem!

  5. Assim qualquer um tira a Caixa do buraco. Paga Zé! Já não basta a taxa de “manutenção” ainda têm de, quase, triplicar o valor do serviço de nos darem aquilo que é nosso e do qual eles se servem para os maiores desvarios e que, ainda por cima, somos todos chamados a “resolvê-los”. Queiramos ou não!
    Parece-me que abuso deveria ter limites. (Menos para o Berardo que pode abusar à vontade)

  6. Como é que o Banco de Portugal permite este assalto (para não dizer “roubo”), sobretudo se repararmos que os que mais utilizam a caderneta são os mais idosos e, na sua maior parte, pensionistas com parcas reformas?
    HAJA VERGONHA Sr.!

    • E esse banco tem agências em qualquer lugar? E os velhotes que nem a internet têm nem sabem trabalhar com ela, como é que fazem?? É que mandar bitaites qualquer manda…!

      • Compreendo que você seja desiludido pois só arranja problemas, não procura soluções.
        Os “velhotes” devem ter filhos ou outras pessoas que podem ajudar.
        Uma conta pode ser aberta online, qualquer junta de freguesia ou posto de GNR pode ajudar a resolver essa questão.
        Este banco usa a rede Millennium, que é uma das maiores redes de balcões bancários no país.
        Este banco fornece gratuitamente um cartão de débito que funciona em qualquer caixa MB para os “velhotes” poderem utilizar.
        Se uma grande quantidade de clientes “não velhotes” utilizar esta plataforma ou plataformas idênticas, que as há, os outros bancos vão ter que ter soluções idênticas, até a CGD, para não perderem clientes.
        Eu não ganho nada em publicitar esta gente, se quiser saber mais e não for “velhote” ligue-se ao site que enviei e leia as condições, caso lhe agrade ou não nem é preciso fazer nada, apenas deixei uma solução sem custos que eu e os meus amigos utilizamos.
        Mas há aqueles também que preferem pagar para depois terem motivos para criticar, é uma solução muito inteligente.

  7. Alguém tem de pagar as centenas de milhões, do golpe que o Berardo deu à CGD.Afinal o homem só tem uma garagem,não dá para grande coisa…!

  8. É sempre a mesma mer… Os mais pobres de dinheiro e de conhecimentos é que pagam mais, é que ficam sempre com menos para as suas despesas com medicamentos, renda, água, luz e telefone. Nos séculos passados eram os nobres (com bens) e sacerdotes (com conhecimentos) exploravam os trabalhadores e continua.
    É necessário outro 25 de Abril… ou que as pessoas tirem o dinheiro dos bancos e o guardem em casa. Assim nem os “gestores, ou os espertinhos” podem usar o dinheiro dos pobres. Assim ficavam ser saber quanto dinheiro os pobres têm.

  9. Nada mal e sobretudo para um Banco público que quanto a mim deveria ser o garante de alguma lógica proteccionista do consumidor sobretudo dos mais frágeis, mas como os demais ou pior ainda esbanjaram dinheiro nas mãos de vigaristas agora para recuperarem algum são mais ferozes ainda e contra inocentes, que certos Bancos privados.

  10. Tenho conta de serviços mínimos na CGD desde 2017. Uso cartão MB. E sabe bem só ver sair para mim o dinheiro da conta. Mas atenção, não funciona com pagamentos tipo via verde. Mas funciona com PayPal e com serviços da caixa online. Para se ter uma conta de serviços mínimos é necessário não ser titular de mais contas. No entanto é permitido ter conta de Aforros no IGCP.

  11. É o efeito “pós-Joe Berardo” – ele faz a dívida e nós pagamos. O coitadinho diz que é disléxico vejam lá, cá para mim é analfabeto pois nem sabe falar. Afinal, têm mesmo que ser os advogados a dizer tudo por ele, eu diria também que é deficiente porque para além de não saber falar ainda lhe devem dar comidinha à boca e limpar o rabinho.

  12. Há portugueses que sentem prazer em ser roubados e continuam a reclamar! Porquê ? Só pode ser por ignorância. Existem soluções como por exemplo Banco CTT onde tudo é grátis até um limite aceitável e indispensável. Ainda hoje só é roubado nestas situações porque quer.

  13. “O banco desvaloriza estes aumentos e defende que mantém a confiança dos clientes”
    deveria ser:
    “Os clientes valorizam estes aumentos e não mantêm a confiança nos bancos”

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