Rússia declara cessar-fogo total na Ucrânia durante 3 dias

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SPUTNIK POOL/EPA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

De 8 a 10 de maio, por causa das celebrações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi. Ucrânia questiona: “porquê esperar” até lá?

A presidência russa declarou esta segunda-feira um cessar-fogo total na Ucrânia de 8 a 10 de maio quando a Rússia celebra o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi.

A trégua terá início às 00:00 de 8 de maio (22:00 de 07 de maio em Lisboa) e prolongar-se-á até 10 de maio, numa altura em que os EUA pressionam por um acordo para pôr fim à guerra que já dura há mais de três anos.

Segundo o Kremlin, o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a cessação total das hostilidades por “razões humanitárias” para o Dia da Vitória — o maior feriado secular da Rússia —  a 9 de maio.

A Ucrânia rejeitou a medida de Putin, classificando-a como uma jogada política.

“Se a Rússia realmente deseja a paz, deve cessar o fogo imediatamente”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, citado pela agência AP. Kiev está pronta para um “cessar-fogo duradouro, confiável e completo” por pelo menos 30 dias completos, enfatizou.

“Porquê esperar até 8 de maio? Se podemos cessar o fogo agora, a partir de qualquer data e por 30 dias — para que seja real e não apenas para um desfile”, disse ainda o responsável ucraniano.

Na Páscoa, a Rússia tinha anunciado um cessar-fogo de 30 horas, e a Ucrânia mostrou abertura, mas ambos os lados denunciaram violações do acordo. O mesmo aconteceu com a suspensão de 30 dias acordada para ataques à infraestrutura energética.

Putin continua sem aceitar um cessar-fogo completo e incondicional, apesar de ter mostrado abertura, pela primeira vez, na semana passada, para negociar a paz diretamente com o lado ucraniano.

“O lado russo declara novamente a sua disponibilidade para negociações de paz sem pré-condições, com o objetivo de eliminar as causas profundas da crise ucraniana e cooperar de forma construtiva com os parceiros internacionais”, disse o Kremlin.

Esta semana será “muito crítica”, declarou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Os EUA precisam “tomar uma decisão sobre se este é um esforço no qual queremos continuar envolvidos”, disse o responsável norte-americano na NBC.

ZAP //

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