As exéquias de Jonas Savimbi, líder histórico da UNITA, que chegaram a estar marcadas para sábado, foram adiadas até que sejam conhecidos os resultados das análises de ADN, disse à Lusa o porta-voz do partido, Alcides Sakala.
Sakala explicou que nenhum dos três relatórios das análises chegou à direção do partido, o maior da oposição angolana, nem à família, pelo que as cerimónias só podem decorrer depois de se cruzarem os dados dos exames feitos por instituições portuguesas, sul-africanas e angolanas.
“Logo que cheguem os resultados, e depois de se cruzarem as informações, a família e o partido divulgarão uma data”, disse Alcides Sakala, explicando que a “data de referência” – 6 de Abril era a data que a UNITA tinha fixado – tem que ser alterada.
Sakala, que é também secretário para as Relações Internacionais da UNITA lembrou que o partido criou, em janeiro, uma Comissão Nacional para as Exéquias Fúnebres, salientando que o trabalho “está praticamente concluído”.
A exumação e recolha de amostras dos restos mortais do fundador da UNITA, morto em combate a 22 de Fevereiro de 2002, realizou-se a 31 de Janeiro, em Luena, província do Moxico, onde estava sepultado desde a sua morte em combate.
O Governo angolano fez saber em janeiro que o funeral não terá honras de Estado, uma vez que o antigo presidente da UNITA “não pertencia à família governamental quando faleceu”. A UNITA declarou 2019 como “ano da consagração da memória” de Savimbi.
“Penso que, para figuras marcantes como ele, é o reconhecimento do povo em geral [que importa]. E é isso o mais importante, sobretudo, a sua contribuição”, disse em fevereiro Rafael Massanga Savimbi, filho de Jonas Savimbi.
As cerimónias fúnebres devem realizar-se em Lopitanga, província angolana do Bié, onde o resto da família do líder histórico do partido do galo negro está sepultada.
// Lusa