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Não há margem. Centeno prepara esquerda para cenário mais difícil

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d.r. partidosocialista / Flickr

O ministro das Finanças, Mário Centeno

O ministro das Finanças, Mário Centeno

Ministro das Finanças esteve esta quarta-feira reunido com os partidos de esquerda e o aviso foi claro: não há margem para medidas de apoio social ou à economia.

O Governo informou ontem os partidos de esquerda que no Programa de Estabilidade, que terá de ser entregue em Bruxelas até ao final do mês, a margem para reforçar medidas que ajudem a economia ou reforcem apoios sociais é quase nula, avança a TSF.

Segundo uma fonte do Governo, o ministro Mário Centeno, que teve reuniões separadas com Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, traçou um cenário “conservador” para a evolução da economia portuguesa nos próximos tempos.

Em causa estão dois fatores preponderantes como as medidas negociadas com Bruxelas para o Orçamento deste ano e a conjuntura externa, que puxou para baixo não só as previsões da economia portuguesa mas também da europeia.

Em declarações à rádio, a mesma fonte adianta que as regras do Tratado Orçamental da UE são muito rígidas, o que não permite ao Governo socialista esticar a corda ou ter expectativas demasiado otimistas.

Apesar das novidades não serem entusiasmantes, não haverá qualquer intenção entre os partidos de esquerda de levar a votos o documento do Programa de Estabilidade que vier a ser apresentado no Parlamento.

Em jeito de resposta ao aviso de Centeno, a bloquista Catarina Martins reagiu esta manhã, em declarações à SIC Notícias, avisando que o Bloco é sensível às dificuldades mas não está disponível para que o Estado pague a bancos falidos.

“Portugal não está a viver uma situação fácil. Nós temos um acordo de maioria parlamentar para ter uma estratégia diferente da que foi seguida nos últimos anos. E que em vez de resolver os problemas só fragilizou mais a economia portuguesa”, afirmou, citada pela TSF.

“Portugal já está a viver muitas restrições orçamentais. Se são mais restrições para salvar a banca, talvez seja má ideia. Temos feito assim até agora e sem grande resultado”, relembrou.

A coordenadora do Bloco de Esquerda lamentou ainda a forma como o nome de Elisa Ferreira foi anunciado ontem para o cargo de vice-governadora do Banco de Portugal.

“Estranho o anúncio feito pelo Presidente da República. Seria mais saudável para a democracia se houvesse uma indicação formal”. Sobre Elisa Ferreira, a deputada reagiu apenas dizendo que é um nome que “merece respeito”.

A segunda reunião entre o ministro e os partidos de esquerda ainda não está agendada, mas poderá acontecer já no início da próxima semana.

ZAP

8 Comments

  1. Então os milagreiros não conseguem milagres? quando estavam na oposição tudo era possível, mas como habitual chegam lá ao poleiro e tudo passa a ser difícil. Vira o disco e toca o mesmo, o que estes politicos querem é poleiro mais NADA.

  2. Já devia ter avisado há muito que não há margem de manobra!!! Aliás quem tem os pés no chão sabe disso há muito tempo, mesmo antes das eleições.

  3. Calma.O governo ainda tem muito onde ir buscar dinheiro para o Orçamento sem precisar de mexer nos bolsos de trabalhadores e reformados.
    Tem é de ter coragem para que a geringonça não desmorone antes do tempo.
    Sugestões???Aí vai
    1-Corte total aos subsidios/subvenções aos partidos politicos.
    2-Corte total ás subvenções vitalícias(já se esqueceram de alterar a Lei?)
    3-Corte aos subsídios de tudo o que anda há muitos anos a viver á custa dos impostos-Isenções ás empresas,subsidios ás fundações,corte no apoio financeiro ás Federações Desportivas,fim dos contratos de consultoria,corte mais agravado nas PPP da Saúde,Rodoviárias e outras.
    4-Redução de 10% nos Orçamentos da Presidência da República,da Assembleia da República,do Governo,das Forças Armadas,dos Tribunais,etc.
    Outros sectores existirão que sem grande esforço o Ministro das Finanças encontrará o dinheiro que diz que falta.
    SERÁ QUE É ISSO QUE VOU VER!?

    • Uma situação acabo de presenciar na declaração do IRS não minha mas de alguém familiar que anteriormente recebia normalmente quinhentos e tal euros de reembolso para este ano e com mais despesas com uma filha receber apenas noventa e tal euros, alguma coisa se está a passar e talvez mais contribuintes irão dar pelo diferença.

  4. Mais uma vez confirma-se a mentira como meio para enganar parvos e chegar ao poder a qualquer custo. Os parvos aqui são os portugueses que votaram neles.

  5. Não há margem! Mas disso qualquer analfabeto deste país perceberia imediatamente que começar a esbanjar para todos os lados um pouco à toa que depressa daria numa situação destas, sair do caminho que vinha a ser tomado mesmo se todos nós não o desejasse-mos a verdade é que tinha sido o governo socialista anterior que lá nos meteu e nem tão pouco isso tiveram em conta, vieram logo com a fanfarronice da esperteza e do esbanjamento e agora começam a ver que afinal não irá ser assim porque agora estão a ser observados quer pela UE quer pelo FMI que certamente não os deixarão fazer todas as tolices que desejam ou então se são assim tão fortes e espertos como pretendiam fazer crer vão à procura de outros financiadores que estejam dispostos a largar dinheiro sem condições, já o Tsipras ameaçava e acabou mansinho que nem um cachorrinho, reparem como anda agora sorridente e obediente perante o resto da comitiva europeia e ao Costa vai acontecer o mesmo; tudo isto por que iremos passar teremos que agradecer a toda a troika que representa a manutenção do governo.

  6. Também estes escolheram salvar banif e sacrificar as famílias com mais impostos. Abanam-se as moscas, vão umas vêm outras, mas o cheiro é o mesmo. Vergonha, chulos.

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