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Centeno poderá acabar o ano com mais 130 milhões de IRS do que o previsto

Os cofres do Estado deverão acabar o ano de 2019 130 milhões mais cheio do que Mário Centeno previu quando fez o Orçamento do Estado para 2019.

De acordo com os cálculos da consultora Deloitte, dados aos quais o Diário de Notícias teve acesso, o Tesouro deve conseguir arrecadar até 31 de dezembro 13.039 milhões de euros em IRS, mais 130 milhões do que a estimativa das Finanças.

No relatório do Orçamento do Estado para 2019 (OE 2019), a equipa de Mário Centeno aponta para 12,9 mil milhões. Este será um novo recorde de arrecadação de receita por via do imposto sobre o rendimento de pessoas singulares, ultrapassando a barreira psicológica dos 13 mil milhões de euros.

No ano passado, o montante que entrou nos cofres tinha ultrapassado os anos do “enorme aumento de impostos” de Vítor Gaspar, com uma execução de 12,9 mil milhões de euros.

Todos os meses, quando é divulgada a síntese de execução orçamental, o gabinete de Mário Centeno tem insistido, de acordo com o DN, em justificar o crescimento da receita por via do crescimento da economia e do emprego, com mais pessoas a pagar IRS e a descontar para a Segurança Social.

No mandato de Mário Centeno, o desvio – uma almofada para despesas inesperadas – tem sido constante. O maior desvio foi registado em 2018, com um crescimento da receita arrecada em sede de IRS a aumentar 6,3%. A exceção nos quatro anos do governo da geringonça só aconteceu em 2017, quando se registou um desvio negativo face à previsão, cuja explicação poderá residir no fim da sobretaxa para o grosso dos contribuintes com imposto liquidado.

ZAP //

 

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