Afinal, Centeno prevê que a inflação atinja o pico no início de 2023

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Stephanie Lecocq / EPA

O governador do Banco de Portugal acredita que o pico da inflação será atingido no início do próximo ano devido aos efeitos das atualizações de contratos.

Depois de ter dito que o pico da inflação já passou, Mário Centeno voltou agora atrás na previsão e antecipa que o máximo seja atingido no início do próximo ano, apesar das descidas registadas entre Outubro e Novembro.

Em entrevista à RTP, o governador do Banco de Portugal explicou que o pico deve ser atingido em Janeiro e Fevereiro.

“A inflação, em outubro, ultrapassou os 10% na área do Euro. Em novembro caiu ligeiramente, as primeiras boas notícias. É expectável que em dezembro volte a cair. Depois, em janeiro e fevereiro, alguns efeitos muito característicos de atualizações de contratos — que normalmente são feitos olhando para trás, usando a inflação passada –, podem levar a inflação a subir ligeiramente”, refere Centeno.

O governador frisa que “é a partir desse momento que toda a política monetária se tornará mais previsível“, o que permite que o Banco Central Europeu tome decisões sobre as taxas de juro “mais previsíveis e isso é o que mais precisamos neste momento”.

Sobre as quebras na inflação entre Outubro e Novembro, Centeno explica que esta foi causada “pela componente energética, ainda que esteja muito elevada neste momento”.

Tendo em conta todos estes fatores e antecipando que não haja grandes mudanças causadas pela evolução da guerra na Ucrânia, Centeno acredita que as taxas de juro de referência fixadas pelo Banco Central Europeu não vão ultrapassar os 3,5% e refere ainda que “a partir de determinado momento”, essa taxa deve começar a convergir “para os 2%”.

Mário Centeno foi ainda confrontado com as acusações de que é alvo no livro “O Governador”, em que relata vários casos polémicos que marcaram a passagem de Carlos Costa pela chefia do Banco de Portugal.

No livro é dito que enquanto Ministro das Finanças na altura em que foram conhecidas as dificuldades no Banif, Centeno negociou a venda do banco ao Santander durante vários dias sem avisar Carlos Costa.

“Isso, ou é uma calúnia, ou é um disparate. Como estamos perto do Natal, vamos só dizer que é um disparate. Tudo o que está escrito nesses dois parágrafos é falso”, refuta Centeno.

ZAP //

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1 Comment

  1. «…O sistema político da Constituição de 1976 está gasto, transformou a Democracia, Esperança do 25 de Abril, num “ancien régime”.
    Transformou-A numa partidocracia subordinada a várias oligarquias, onde impera o poder do dinheiro e não o Primado da Pessoa Humana, nem a soberania do Povo.
    O Estado Social vem sendo descaradamente destruído e agravam-se as desigualdades sociais.
    Os menos esclarecidos julgam que os centros de decisão mais importantes ainda estão nos Partidos, e não, como agora, nas sociedades secretas cujos interesses financeiros, protegidos por uma desregulação selvagem, dominam o Estado. Portugal, por culpa da passividade e da incompetência, foi transformado num protectorado de uma Europa sem coragem de se autoconstruir, afundada no Relativismo e rejeitando Princípios, Valores e Ideologias.
    Está assim comprometido o Interesse Nacional e o Bem Comum dos Portugueses.
    Também a posse das máquinas informativas pelos poderes aqui denunciados, ajuda a convencer os Portugueses de que não há outro caminho de Regeneração, de Democracia e de Desenvolvimento Integral da Pátria, a não ser o deste percurso de “apagada e vil tristeza” por onde nos forçam os “velhos do Restelo” do século XXI português.
    Os socialmente mais débeis são os mais covardemente atingidos e sofredores, porque assim o escolheram as oligarquias e as sociedades secretas.
    A crise tinha de ser enfrentada, mas não desta maneira de genocídio social…» – Alberto João Jardim in «A Tomada da Bastilha»

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